A presidente Dilma Rousseff convocou senadores da base aliada para discutir onovo plano de ajustes - que consolida um pacote de medidas impopulares cuja cereja do bolo é a ressurreição da CPMF, o imposto do cheque. Depois de discutir o novo imposto com governadores de 19 Estados na noite de segunda-feira, e com deputados da base na manhã desta terça, à tarde a presidente tentou convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros, da necessidade da aprovação do pacote que eleva impostos e corta gastos. Renan acenou com a possibilidade de apoio, mas deixou claro que a aprovação não será fácil e que o Congresso cobrará "metas, resultados e eficiência" do setor público. Dois pontos são vistos com extrema animosidade por aliados: além da ressurreição da CPMF, o uso de emendas parlamentares para suprir os cortes no Minha Casa Minha Vida. Parlamentares petistas ouvidos pelo site de VEJA afirmaram, nos bastidores, que duvidam que o governo consiga articular um acordo para amarrar a aprovação do pacote, ainda mais com a iminência da reforma ministerial, que deve sacrificar cargos, em especial de aliados como o PSD de Gilberto Kassab e o PMDB.
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), está disponível para consulta pública até o dia 7 de outubro. O documento, que reúne as projeções para o setor elétrico do país pelos próximos dez anos, prevê expansão de 55% na capacidade instalada de geração de energia no Brasil até 2024.
O volume de investimentos previstos para essa expansão chega a R$ 1,4 trilhão nos próximos dez anos, dos quais 70% virão do setor de petróleo e gás, 27% do setor elétrico e cerca de 3% do setor de biocombustíveis. O plano ficará disponível para consulta pública no site do Ministério de Minas e Energia.
A maior parte da expansão deverá vir de projetos de energia renovável. Dos 73 mil megawatts (MW) em novos empreendimentos, 62,1 mil MW serão de energias renováveis, sendo 27,2 mil MW de hidrelétricas, 18,9 mil MW de energia eólica e 16,4 mil de outras fontes, como pequenas hidrelétricas, biomassa e solar.