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domingo, 17 de junho de 2012

MUNDIAL,ONDE A COPA JÁ COMEÇOU.


Onde a Copa já começou

A rotina de Fortaleza mudou. Em 2014, a capital cearense será uma das sedes a abrigar a Copa do Mundo no Brasil. Investimentos têm sido feitos em vários setores. Ao redor do estádio Castelão, por exemplo, o setor imobiliário ganha com as obras de infraestrutura
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A dois anos da Copa do Mundo de 2014, a rotina de Fortaleza, uma das cidades-sede do Mundial, mudou. Boa parte das iniciativas para atender aos padrões estabelecidos pela Fifa está em andamento. Os investimentos cobrem desde as áreas de capacitação, equipamentos, tecnologia, mobilidade urbana e rede hoteleira. A expectativa do Ministério do Turismo é receber cerca de 8 milhões de visitantes no Brasil.

Tendo o futebol como atração, as obras da Copa de 2014 – presentes na Matriz de Responsabilidades que inclui itens como aeroportos, portos, mobilidade urbana e estádios - irão representar investimentos da ordem de R$ 1,577 bilhão só em Fortaleza. Desse total, R$ 819,6 milhões serão investidos pelo Governo do Estado do Ceará, R$ 261,4 milhões pela Prefeitura de Fortaleza e R$ 496,8 milhões pela União. O Estado tem ainda 38 obras de suporte à Copa do Mundo que, somadas às contidas na Matriz de Responsabilidade, totalizam R$ 8,9 bilhões.

Dentre elas, a reforma e a modernização do estádio Arena Castelão. E é a aproximação com o estádio Castelão que tem gerado o aumento na oferta de imóveis na área. As imobiliárias dão conta da valorização dos imóveis no entorno do Castelão. O metro quadrado da região já varia de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil e força as construtoras a verticalizar cada vez mais os bairros do local. Um apartamento novo, no bairro Passaré, um dos mais disputados, já está 70% mais caro. Em 2008, saía por R$ 70 mil. Hoje, não é vendido por menos de R$ 120 mil.

Para o presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE), Marcos Novaes, a Copa do Mundo e as consequências desse evento, como maior infraestrutura urbana, geraram mudanças no comportamento do mercado imobiliário de Fortaleza. “As regiões próximas às vias de acesso ao estádio Castelão e a outros equipamentos, como os terminais do VLT, já tiveram e ainda terão uma valorização significativa no metro quadrado”, afirma. Há quem acredite que valorização mesmo virá depois da Copa.

O vice-presidente da Associação das Administradoras de Imóveis do Ceará (AADIC), Germano Belchior, argumenta que a valorização dos imóveis dos bairros próximos ao Castelão é efeito da logística que passam a ter com as obras de infraestrutura da região. Mas vê com cautela o aumento de preços. “Depois da Copa é que a valorização sustentável se mostrará”, destaca.(Colaborou Luar Maria Brandão)

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Dentre as obras do Estado, de mobilidade urbana, destacam-se: a duplicação da CE-040, iniciando no entroncamento da CE-453 até Beberibe (concluída), duplicação da CE-040 no trecho de Beberibe/Lagoa do Uruaú e Fortim/Aracati (em andamento).

NÚMEROS

8
milhões de visitantes é o previsto pelo Ministério do Turismo de pessoas que virão ao Brasil

3,5 mil
reais é quanto tem custado, em média, o metro quadrado na área do entorno do Castelão.fonte:O povooline/camocim belo mar blog

'NOIVA' FAZ LIPO E GASTA R$ 2,5 MIL EM VESTIDO PARA DANÇAR QUADRILHA NO CEARÁ.



Maquiagem, dieta e cuidado com cabelo fazem parte da preparação.
Vestido custou cerca de R$ 2,5 mil, segundo ‘noiva’. 

Noiva de quadrilha junina, Rachel passa por uma maratona para se preparar para as apresentações. (Foto: Arquivo pessoal)
Noiva de quadrilha junina, Rachel passa por uma
maratona para se preparar para as apresentações.
(Foto: Arquivo pessoal)
Para fazer o papel de noiva em uma quadrilha junina de Fortaleza, a enfermeira Rachel Sombra passou por uma lipoaspiração, além de investir em cuidados especiais com roupa, maquiagem e cabelo. Foram investidos mais de R$ 15 mil  para chegar ao terceiro ''casamento matuto'' com a beleza em dia neste mês de junho. Ela diz que só o vestido para ''subir ao altar'' custou R$ 2,5 mil, tudo custeado por ela. Rachel é tão dedicada ao personagem que até esquece de uma festa de casamento de verdade. “Caso todo ano”, brinca.

Rachel, 25 anos, dá vida pela terceira vez à noiva do grupo junino Cumpade Justino. Todo ano, ela faz pelo menos 10 apresentações. O ''casamento'', embora de ficção, é o centro das atenções dela. A escolha da noiva é feita pelos organizadores da quadrilha, e ter dedicação é um dos critérios de seleção. “Requer tempo, dedicação, interesse. E talento é fundamental”, afirma Rachel.
A “noiva" explica que, como engravidou em 2011, ficou um pouco acima do peso e precisava entrar em forma para se apresentar no São João. Então, decidiu, além de buscar o acompanhamento de um nutricionista, passar por uma cirugia que custou R$ 12 mil. “Recentemente fiz uma lipo para a preparação do São João e estou sendo acompanhada por uma nutricionista e pelo médico”, afirma.
Preços do 'look' da noiva de quadrilha cearense (Foto: Editoria de Arte/G1)
noiva de quadrilha (Foto: Rachel Sombra/Arquivo Pessoal)Rachel e o noivo na quadrilha Cumpade Justino
(Foto: Rachel Sombra/Arquivo pessoal)
“Por baixo. Em 2010, eu gastei mais de R$ 3 mil, sem contar o sapato, o arranjo do cabelo”, lembra. De acordo com Rachel, o valor é todo custeado por ela e a roupa é feita por uma costureira. “Neste ano, meu orçamento já estourou. Estou tirando dinheiro de onde não é para tirar”, disse. Para conseguir dar conta da preparação, a “noiva” vai comprando aos poucos o material para fazer o vestido.
Forma física em dia, a preocupação será com o cabelo, maquiagem e roupa. “A mudança de cabelo é um processo sobre a cor que vai ficar melhor para o São João. Dentro do que eu vou utilizar como arranjo”, explica. Com isso, argumenta que todo o trabalho tem de ser profissional, até por envolver muito dinheiro. “Foi-se o tempo em que quadrilha era só chita. A indumentária é muito cara, não é tão acessível como há um tempo atrás”, disse.

Casamento de verdade
A enfermeira “casou” na quadrilha junina Cumpade Justino em 2009, 2010 e ‘sobe ao altar’ neste ano pela terceira vez. Ela se diz tão “louca” pelo São João, que nem faz questão de ter festa de casamento de verdade. “Para mim, hoje, casar não seria prioridade. Eu não caso todo ano? O pessoal diz que quem é noiva de quadrilha não casa. Eu já estou começando a desencantar”, diverte-se Rachel, que diz estar em uma união estável.

Quanto ao “noivo”, Rachel explica que é tão dedicado quanto ela e tem participação fundamental em diversos setores da preparação do grupo. “Ele faz as coreografias, que requerem muito dos brincantes. Ele é o responsável pelas roupas, arranjos e sapatos. É o criador”, considera.fonte:G1 cE/camocim belo mar blog