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domingo, 27 de maio de 2012

ROQUE FAZ "BODAS DE OURO"COM SILVIO SANTOS.



Silvio Santos já se casou duas vezes. Mas quem está comemorando bodas de ouro a seu lado é Gonçalo Roque, 75. Neste ano, o eterno assistente de palco completa 50 anos servindo ao patrão.

A parceria começou nos anos 1960, na antiga Rádio Nacional, onde Roque era um faz-tudo e Silvio começava na carreira artística.
"Quando ele montou o SBT, chegou dizendo que ia me levar embora da Globo. Eu tinha muitos anos de casa, mas topei ir com ele", conta Roque, o primeiro funcionário da emissora paulista.
"O Silvio me deu um dos cargos mais importantes do SBT: disse para cuidar do que era mais precioso para ele, o público, que foi quem tinha deixado ele rico", lembra.
Foi assim que Roque virou diretor de auditório do SBT. Ele comanda um departamento que supervisiona 180 caravanistas espalhadas pelo país, mulheres que trazem o público para os estúdios.
Nas gravações do "Programa Silvio Santos", Roque organiza e controla as "colegas de auditório". Antes de o programa começar, explica as regras: "Nada de gritar 'lindo' que o Silvio não gosta".
Marcelo Justo/Folhapress
Roque em sua sala no SBT
Roque em sua sala no SBT
CLUBE DA LULUZINHA
Uma das normas é que só entra mulher. "Homem só atrapalha", brinca Roque. Nas horas vagas, ele faz bicos como agitador de multidões.
"Políticos e cantores já me contrataram para lotar os eventos deles de macacas de auditório de mentira", conta o assistente. "Elas gritam, se rasgam, desmaiam, agarram, fazem o que eu pedir."
Dos momentos mais divertidos ao lado do patrão, Roque se lembra do dia em que Silvio foi testar uma prova do programa e acabou caindo num tanque d'água. "Achei que todos iriam ser demitidos", conta. "O Silvio perdeu até a dentadura", diverte-se.
Ele conta que viu o homem do baú triste poucas vezes. Uma delas foi durante o sequestro da filha Patrícia, em 2001. Também diz que SS não acusou o baque quando da saída de Gugu e Hebe do SBT. "Silvio sente falta mesmo é do Lombardi [locutor que morreu em 2009]."
Sem pretensões de ser artista, Roque afirma que, como o patrão, não pensa em aposentadoria. "Nunca quis deixar o Silvio. Se quiser, vamos ficar velhinhos andando por aí. Ele fala, e eu bato palmas. É a minha vida. Há 50 anos, bato palmas para ele.".fonte:folha de sp/camocim belo mar blog

OAB:APLICA PRIMEIRA FASE DO EXAME DE ORDEM PARA MAIS DE 111 MIL CANDIDATOS.


Brasília - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aplica na tarde de hoje (27) a primeira fase do seu 7º Exame Unificado, com a participação de pouco mais de 111 mil candidatos em todo o país. A prova é necessária para habilitar bacharéis em direito a atuar como advogados.
Criado em 1994, o chamado Exame de Ordem foi alvo de questionamentos na Justiça, mas em 2011 o Supremo Tribunal Federal (STF) pôs fim à briga judicial decidindo, de forma unânime, pela constitucionalidade da prova. A Corte se manifestou sobre a questão ao rejeitar o recurso de um bacharel em direito contra o exame.
Apesar da decisão do STF, alguns candidatos consideram a prova um instrumento de reserva e não de seleção de bons profissionais, como argumenta a bacharel em direito Ione Parcianello, que está fazendo o Exame de Ordem pela terceira vez. “O controle tem que ser feito pelo cliente, pelo mercado. A prova é desnecessária”, avalia.
Na  última edição, apenas 25.912 dos 101.936 inscritos foram aprovados, o que corresponde a 25,4% dos candidatos. Para a bacharel Raildes Gusmão, que já fez a prova duas vezes e não passou, o alto índice de reprovação se deve à má qualidade do exame.
“As provas mal elaboradas deixam o candidato em dúvida. Além de não ser um instrumento válido para selecionar, conheço muitos maus profissionais que passaram na prova. Não é um instrumento de avaliação, virou um mercado, a inscrição custa R$ 200”, critica.
Formado em direito pela Universidade de Brasília, Sérgio Murilo Gonçalves Marello também está na terceira tentativa de passar na prova da OAB, mas acredita que as exigências do exame melhoram a formação dos futuros advogados.
“Acho o exame necessário. Querendo ou não, é preciso ter um controle de qualidade, inclusive outras profissões deveriam ter esse tipo de controle também, há muitos profissionais sem competência”, pondera.
Para o professor Asdrúbal Júnior, que dá aulas em um curso preparatório específico para o Exame de Ordem, a prova é necessária para selecionar novos advogados, mas precisa ser aperfeiçoada continuamente para garantir a qualidade do processo.
“Há um certo descompasso entre o que exigem a prova e a vida profissional. A faculdade prepara mais para a vida profissional e menos para o exame, e por causa desse descompasso, as pessoas têm dificuldade de aprovação.  A prova testa muito a memória, o que não é  necessariamente útil no dia a dia da profissão”, avalia.
A melhor forma de se preparar para o exame, segundo Júnior,  é combinar o aprendizado na sala de aula, ainda durante a faculdade, com estudo direcionado para a OAB. “Ideal seria que, durante a faculdade, o candidato desenvolvesse uma metodologia de estudo que fosse acompanhando a vida acadêmica toda, e quando chegasse ao final teria uma formação mais qualificada”, recomenda.
A próxima fase do exame está marcada para o dia 8 de julho. O Exame de Ordem foi criado em 1994, com a aprovação da Lei do Estatuto da Advocacia e da OAB. Anualmente, os cursos de direito formam cerca de 90 mil bacharéis.
Edição: Davi Oliveira/fonte:agenciabrasil/camocim belo mar blog

INSCRIÇÕES PARA O ENEM COMEÇAM NESTA SEGUNDA-FEIRA DIA 28.05/2012.


Brasília – A partir das 10h de amanhã, candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já poderão se inscrever para participar das provas que serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro. O prazo termina em 15 de junho e as inscrições serão feitas exclusivamente pela internet. Em 2011, o exame recebeu mais de 6 milhões de inscrições.
A taxa de inscrição permanece em R$ 35. Alunos que estejam cursando o 3º ano do ensino médio em escola pública estão isentos do pagamento, que deverá ser efetuado até 20 de junho por meio do boleto que será gerado durante a inscrição.
Desde 2009, o exame ganhou importância porque passou a ser usado por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. O Enem também é pré-requisito para quem quer participar de programas de acesso ao ensino superior e de financiamento público, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e as bolsas de estudo no exterior do Ciência sem Fronteira.
A prova é feita durante o fim de semana. No primeiro dia do exame, sábado, os participantes terão quatro horas e meia para responder às questões de ciências humanas e da natureza. No domingo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação, com um total de cinco horas e meia de duração. A divulgação do gabarito está prevista para o dia 7 de novembro, e o resultado final deve sair em 28 de dezembro.
Para 2012, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) anunciou mudanças nos critérios de correção da redação com o objetivo de tornar o processo mais objetivo e reduzir a margem de erros. Oedital com todos os detalhes do exame foi publicado na sexta-feira (25) no Diário Oficial da União.
Edição: Talita Cavalcante/fonte:agenciabrasil/camocim belo mar blog

CHEFE DE COZINHA ENSINA A RECEITA DE CARNEIRO COZIDO COM LEGUMES E PIRÃO.


Prato é referência da comida regional cearense.
Carneiro com pirão e legumes vai à mesa com jeitão de refeição completa.

O chefe de cozinha Ronaldo Martins, que nasceu em Fortaleza, mas se especializou em sabores do sertão, ensina a fazer um dos pratos de mais sucesso da comida regional: carneiro cozido acompanhado com pirão e legumes.
O prato vai à mesa com jeitão de refeição completa. Confira o passo a passo desse sabor do sertão cearense que conquistou a capital.

Modo de fazer
Ingredientes

- ½ kg de carne de carneiro
- 1 litro de caldo de carne pronto
- 3 colheres de azeite
- 2 cebolas picadas
- ½ cabeça de alho amassado
- pimenta do reino a gosto
- 60 gramas de pimenta de cheiro picada
- coentro e cebolinha picados a gosto
- ½ pimentão
- 2 xícaras de farinha de mandioca
- 1 cenoura cozida
- 1 chuchu cozido
- 1 batata  cozida
- 3 maxixes cozidos
- 100 gramas de repolho cozido
Coloque a carne de carneiro para cozinhar no caldo de carne já pronto. A carne precisa de uma hora no fogo para ficar no ponto certo. Refogue e adicione os legumes e verduras. Em seguida, deixe o carneiro apurar o gosto por mais dez minutos. Está pronto o carneiro. Com o caldo que restou prepare o pirão, adicionando a farinha de mandioca no caldo.fonte:g1 ce/camocim belo mar blo
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O CANTOR JOSÉ RICO EXIBE SUA SEPERCAMINHONETE EM SANTA HELENA.




O cantor José Rico fez questão de anunciar durante seu show neste fim de semana que a maior picape do Brasil que estava exposta em Santa Helena era dele. Durante o show na praia, que comemorava com mais de 10 mil pessoas o aniversário de 45 anos do município, José Rico anunciou aos quatro ventos:"Sou vaidoso e adquiri aqui perto, em Marechal Rondon, uma grande caminhonete, que está sendo fotografada por milhares de pessoas! Guardem esta data: 25 de maio é o dia em que José Rico recebeu a sua grande picape em Santa Helena"fonte:O presente/camocim belo mar blog

REDE DO CE FAZ SUCESSO COM LANCHES COM SABORES NORDESTINOS.



Após estranhamento inicial, 1ª unidade em SP recebe fila de clientes.
No cardápio estão ingredientes como carne de sol e queijo coalho.

Uma rede de fast food no Ceará faz sucesso com lanches com sabores nordestinos. No cardápio estão ingredientes como carne de sol, queijo coalho e hambúrguer de carneiro.
O franqueador Rony Ximenes é o proprietário da rede, que tem 48 lojas. Hoje, a vida dele é bem diferente daquela de tempos atrás, em que vendia lanches em um carrinho de rua, em Fortaleza.
O negócio se espalha por outros estados brasileiros. “É um produto que está sendo muito bem aceito no Norte e Nordeste e está vindo para o Sul e Sudeste e está sendo bem aceito. E nós temos perspectivas de abrir mais de 40 lojas nos próximos dois anos. Nossa indústria tem capacidade para 300 lojas”, diz Ximenes.

O franqueado Roberto Hayashi abriu a primeira franquia da rede na cidade de São Paulo. Escolheu um dos shoppings mais movimentados da Zona Leste, por onde passam mais de 4 milhões de pessoas por mês. Mesmo assim, os sanduíches nordestinos demoraram a cair no gosto do paulistano.

Não é todo o dia que se gente encontra na capital um lugar que vende macaxeira frita, sanduíche de carne de sol com fruta, hambúrguer de carne de carneiro. No começo, o pessoal estranhou, tanto que a loja teve prejuízo no primeiro ano. Até que resolveu fazer degustação: oferecer de graça para quem passa. Eles provaram e a história mudou.

Aos poucos, o movimento aumentou. Os clientes aprovaram a novidade e hoje a unidade de São Paulo é uma das que mais vendem. São 9 mil sanduíches por mês: um faturamento de R$ 120 mil.

“Ano a ano tem aumentado as vendas e do último ano pra cá aumentou cerca de 30% mês a mês. E está indo tão bem que eu estou com um planejamento de abrir mais duas lojas. Já tenho duas e tenho planejamento de abrir mais duas em outras cidades”, diz Hayashi.
Na cozinha, a criatividade impera. Carne com abacaxi, banana, uva passa. Hambúrguer metade carne de boi, metade de frango. Hambúrguer de picanha e uma dose de manteiga nos sanduíches. Para acompanhar, sucos de frutas nordestinas: sapoti, açaí e graviola.
Se existe uma receita de sucesso, ela está no sanduiche que vende 2,5 mil unidades por mês. Nele vão carne de sol, queijo coalho e salada, tudo no pão árabe.
“É o nosso um campeão de vendas. Da junção do nosso pão árabe levemente doce, com a carne de sol levemente salgada e seca, dá consistência do queijo coalho. Ficou um produto final com uma textura muito gostosa e excelente”, diz o franqueado.
Até o nome do sanduíche é curioso: pai d’égua - uma expressão típica do nordeste. “É um sanduiche muito nordestino e ninguém sabia como dizer um nome que sugerisse nordestino. Pai d’égua quer dizer um cara legal. É um produto bacana, ‘o produto pai d´égua, o produto legal’”, explica.
Outro prato com nome curioso é o sanduíche de hambúrguer de carneiro com macaxeira frita: berro burguer. “Bota um nome que qualquer carneiro faz. E ficou ‘berro burguer’. Na nossa loja chama: ‘me dá um berro burguer’”, diz.
A rede tem uma central de produção. E as franquias já recebem todos os ingredientes semiprontos e ensacados. É só tirar do saquinho e por direto na chapa. Em quatro minutos está pronto. Na hora do almoço, dois funcionários dão conta do recado. Fazem 120 sanduíches por hora.
“Eu monto. Então nós dois temos que entrar em sintonia nós dois. Porque se demorar aqui o meu pão acaba queimando. Então, eu tenho que apressar ele para o lanche sair rápido da chapa dele lá, e na minha aqui o pão não ressecar”, diz o chapeiro Antonio Marinho.
Hambúrguer a partir de R$ 2,99
Os sanduíches são caprichados. Têm até de 350 gramas. Mas nem por isso pesam no bolso. Como a rede produz quase tudo no Nordeste, sem intermediários, o preço cai. Aqui tem hambúrguer a partir de R$ 2,99.
“Lá o custo é muito baixo, de mão de obra, de energia. Então nós conseguimos com isso baratear, nós diminuímos muito a nossa margem na indústria para que o preço feche 30% a 40% mais barato que o mercado. Então por nós produzirmos tudo, o pão, a carne, tudo, nós conseguimos ter custo baixo.”
Para montar uma franquia da rede, o investimento é a partir de R$ 185 mil. Inclui a loja montada, em um espaço de 40 metros quadrados ou mais, com bancadas e equipamentos como chapa, fritadeira e geladeira. A franquia treina os franqueados e os funcionários.
E se no começo os clientes estranharam, hoje fazem fila na loja, com água na boca. Não há dúvida: o sabor nordestino pegou. “Eu comi e achei uma delícia. Porque eu já comi pastel de carne seca com queijo essas coisas, mas esse daqui é a primeira vez (...). É um sanduiche ‘pai d’égua’”, afirma o consumidor Ricardo de Morais.
“O Nordeste hoje está na febre do turismo. As pessoas vão lá, conhecem nossas lojas, quando chegam em São Paulo procuram o nosso sabor. Eu acredito não só em São Paulo, Brasília, tudo. Então é isso que está se espalhando. Hoje, não existe mais um produto do Sul, um produto do Nordeste. Hoje o Brasil é um todo”, conclui Ximenes.fonte G1 CE/camocim belo mar blog

TENHO CERTEZA DE QUE FUI UM DOS MELHORES DO MUNDO,DIZ NELSON NED.



Ele revela que foi muito difícil ser anão e cantor de brega no Brasil.
‘Lá fora eu não tinha estatura, cor, raça ou classificação musical', recorda.


nelson ned (Foto: Arte G1)
Para Nelson Ned, ser anão é apenas uma caracteristica física, como a cor da pele ou dos olhos. “Minha mãe fazia questão de mostrar que eu não tinha diferença nenhuma. Minha avó até quis que eu estudasse em casa para não ser motivo de chacota, mas eu cresci como uma criança normal. Não pedi para ser desse jeito. Mas sou anão assim como o Pelé é negro. É somente um detalhe."
(Ao longo desta semana, o G1 publica uma série de entrevistas com sete ícones da música brega. Famosos há cinco décadas, eles permanecem lançando CDs e hoje são reverenciados pela nova geração de cantoras da MPB)
Primogênito dos 7 filhos de Nelson de Moura Pinto e Ned d´Ávila Pinto, ele saiu de Ubá (MG) para tentar a vida no Rio de Janeiro aos 17 anos. Começou bem distante dos palcos, trabalhando em uma linha de montagem de uma fábrica de chocolates. Cantou em boates paulistas e cariocas antes da maioridade e era escondido embaixo do balcão das casas quando o Juizado de Menores passava para fiscalizar.
Tempos depois, passou a ser figura recorrente no programa do Chacrinha, que ele considera o “pai de sua carreira artística”. Foi na televisão que conquistou espaço e sucesso com o hit "Tudo passará", uma de suas primeiras músicas.“Ele foi um divisor de águas na minha vida. Me deu oportunidade e comida. Devo muito ao falecido amigo. Foi muito difícil ser cantor de brega e anão neste país.”
Retrospectiva
O cantor tem intacta a memória dos tempos de fama. Mantém o humor e o senso crítico apurado, mas esquece rapidamente o que acabou de fazer. É incapaz de lembrar que tomou um café durante a entrevista. A sequela foi deixada pelo acidente vascular cerebral, sofrido em 2003. Hoje, ele está sob a guarda e cuidados de Neuma, uma de suas irmãs, com quem mora em São Paulo. (No vídeo, Nelson Ned canta no programa TV Mulher, em outubro de 1984)
O AVC também comprometeu a parte vocal de Nelson, que agora desafina ao cantar. A falha aos 65 anos, entretanto, não compromete a interpretação: ele estufa o peito e ergue os braços em pose de apresentação no Canecão, extinta casa de show no Rio de Janeiro e uma de suas boas lembranças no Brasil. “Tenho certeza de que fui um dos melhores cantores do mundo. Fiz muito sucesso aqui e lá fora em uma época nada globalizada. Fui o primeiro artista brasileiro a cantar no Canecão sozinho”, gaba-se.
A apresentação mais inesquecível, porém, foi longe de casa. Nelson chora ao recordar dos shows que fez no Carnegie Hall e no Madison Square Garden, ambos em Nova York. “Eu tremia demais quando pisei nesses palcos. Foi grandioso. Falar disso me emociona demais.”
No exterior, ele sentia que era tratado com respeito e pouco preconceito. Aqui, diz que foi estigmatizado por ser um anão que fazia do amor um sofrimento musical. "Lá fora eu não tinha rosto, era só uma grande voz", afirma.
“Muitos iam aos shows para vê-lo sem nem saber que ele era anão, descobriam lá, ao vivo. Gostavam demais da voz dele. O tamanho era secundário”, complementa a irmã.
Nelson Ned se diz emocionado ao recordar sua carreira na música brasileira  (Foto: Caio Kenji/G1)Nelson Ned se diz emocionado ao recordar sua carreira na música brasileira (Foto: Caio Kenji/G1)
Galã
Embora tenha sofrido o que hoje foi patenteado de “bullying”, as chacotas e rótulos não o impediram de fazer sucesso com o público feminino. Ao saber que o amigo e cantor Agnaldo Timóteo o considera “um anão tarado, terror das mulheres”, Ned gargalha e confirma a definição. “Elas queriam me carregar no colo, era uma coisa maternal. Viam-me como uma teteia, como se eu fosse inofensivo”, diverte-se.
As aventuras foram incontáveis, mas os amores verdadeiros ele resume a três mulheres. A  primeira paixão foi Eliciane, filha de um gerente na fábrica de chocolates. Depois veio Marly, com quem teve três filhos e, por fim, Cida, sua segunda e atual mulher, com quem deixou de viver desde que sofreu o AVC. Os três romances subsidiaram sofrimentos e foram usados como matéria-prima para compor. “Sou um cantor romântico apaixonado. Sempre precisei de solidão, dor e amor para escrever.”
Família de Ned guarda recortes de jornais e discos do cantor em um síto no interior de São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)Família de Ned guarda recortes de jornais e discos
do cantor em um síto no interior de São Paulo
(Foto: Caio Kenji/G1)
Multicultural
Com 32 discos gravados em português e espanhol, ele se considera um poliglota. Diz que, assim como os jogadores de futebol, aprendeu a falar inglês, espanhol e italiano de tanto frequentar os EUA, a Europa e América Latina. “De tanto cantar, eu acabei pegando rapidamente o sotaque. Aprendia as letras em diferentes nacionalidades, e isso facilitava. Em espanhol, até pareço nativo, é perfeito.”
Ned não desgosta de ninguém. Admira o cantor Roberto Carlos, mas acha que ele conseguiu se descolar do estigma de brega, feito não alcançado por ele e os demais cantores de boleros românticos. “Ele é tão bom quanto eu, gosto muito dele. Talvez tenha dado mais sorte, foi mais fácil pra ele do que para mim.”
Das canções mais lindas que já escutou na vida, tem como preferida uma de suas primeiras composições: “Tudo passará”.“É a que mais gosto. Quando cantei em um programa fui aplaudido de pé no meio da música. Isso é ser brega? Quem não é brega quando fala de amor? É o amor que é brega, não a minha música.”
Principais discos: 1999 - Tudo passará/Meu jeito de amar, 1999 - Os melhores tangos e boleros, 1998 - Seleção de ouro/20 sucessos, 1997 - Jesus está voltando, 1993 - El romantico de América, 1992 - Penso em você , 1979 - Meu jeito de amar, 1970 - Nelson Ned, 1969 - Tudo passará, 1960 - Eu sonhei que tu estavas tão linda/Prelúdio à volta.fonte:g1 SP/camocim belo mar blog