A chuva que caiu na Região Metropolitana durante a madrugada deste sábado fez o asfalto ceder em São Gonçalo. Por volta das 7h, um Gol preto passava na Avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Avenida Maricá), na altura do supermercado Guanabara, quando uma cratera se abriu no chão. O veículo foi totalmente engolido pelo buraco. Segundo um morador do local, que viu o acidente, as duas pessoas que estavam no carro sofreram apenas escoriações.
- Eram dois rapazes. O motorista teve pequenos arranhões e o passageiro estava com o braço inchado - contou Edis José Barcelos.
O problema no asfalto teria sido causado por uma obra de drenagem feita às pressas em novembro. Segundo a prefeitura de São Gonçalo, um trecho de dois quilômetros da Avenida Jornalista Roberto Marinho, entre os bairros Columbandê e Rocha, está interditado porque também corre risco de desabar. O Gol preto que caiu no buraco foi retirado da via por volta das 13h.
Na Rua Major Januário Ribeiro, no bairro Lindo Parque, o Rio Madeira transbordou, e casa foram invadidas por água e lixo. A moradora Terezinha Porto Lisboa, de 80 anos, precisou acordar às 5h para limpar o quintal.
- Se chovesse mais um pouco, entrava água na casa. O rio não é dragado há dez anos. E está cheio de garrafas ali perto, se chover mais vai alagar tudo de novo - disse.
Por causa do transbordamento do rio, as duas pistas da Rua Alonso Faria estão interditadas. A via dá acesso ao Pronto-Socorro do município. Na Rua Visconde de Itaúna, no Gradim, comerciantes passaram a manhã retirando água das lojas. Casas, escolas e postos de saúde também ficaram alagados, e há muito lixo nas ruas.
Equipes da prefeitura estão nos bairros do Engenho Pequeno, Barro Vermelho e Boassú, onde há áreas de encostas que correm risco de deslizamento.
Niterói e Zona Oeste também são afetados
No bairro Caramujo, em Niterói, a aposentada Maria da Conceição Pereira, de 50 anos, teve móveis e eletrodomésticos danificados depois que a água da chuva invadiu sua casa, na Rua Coelho.
- Tirei lama até do motor do freezer. A água subiu três palmos - disse Maria da Conceição que, em abril de 2010, já tinha enfrentado situação parecida com as chuvas que causaram a tragédia do Morro do Bumba.
Moradores de Campo Grande também reviveram o transtorno de perder objetos após uma enchente. Segundo o vendedor Ailson Lessa, 50 anos, muitas residências ficaram alagadas na Rua Inajá, no bairro Augusto Vasconcelos, devido ao transbordamento de um valão.
- No quintal da minha sogra, a água batia quase no peito, subiu mais de um metro de altura. A pressão da água era tanta que o portão de ferro abriu e não deu tempo de salvar as coisas. Todos os cômodos foram afetados. A geladeira e a máquina de lavar tombaram. Os móveis de cozinha estavam novinhos e estragaram - lamentou Ailson.
Sirenes acionadas em quatro comunidades do Rio
A população do Rio enfrentou forte chuva na madrugada deste sábado - o município estava em estado de atenção desde a 0h35m. A situação só foi revertida às 8h45m, quando retornou ao estado de vigilância, o primeiro nível em uma escala de quatro.
Na madrugada, a Defesa Civil acionou as sirenes de quatro comunidades, que corriam risco de deslizamento: Rocinha, Vidigal, Chácara do Céu, Sítio Pai João e Rio das Pedras. Bairros da Zona Norte e Oeste foram os mais atingidos. Não há informações sobre feridos.
fonte:O Extra/camocim belo mar blog
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