Técnico da seleção brasileira no ouro do Pan de Indianápolis em 1987, morre no Rio de Janeiro, após enfarto
Faleceu ontem o ex-técnico da seleção brasileira de basquete Ary Vidal, de 77 anos. Há pouco mais de três meses ele havia sido internado em estado gravíssimo em um hospital do Rio de Janeiro por conta de um enfarte e um acidente vascular. Desde então, estava com a saúde fragilizada. O enterro será realizado hoje, em local e horário ainda não confirmados pela família.
Ary Vidal ficou marcado, principalmente, pela conquista da medalha de ouro em Indianápolis, em 1987, comandando uma seleção brasileira que tinha craques do brilho de Oscar e Marcel FOTO: AGÊNCIA O GLOBO
Ary Vidal teve sua carreira marcada pela conquista da medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, em 1987, comandando um time que tinha, entre outros, os craques Oscar e Marcel. A conquista é uma das principais da história do basquete brasileiro por ter sido a primeira derrota de uma seleção norte-americana, ainda que desfalcada de grandes nomes, em seu próprio país.
O treinador começou a carreira ainda jovem, no Tijuca Tênis Clube, ajudando a revelar uma geração que fez história no basquete carioca. Aos 31 anos ele já era técnico da seleção brasileira masculina, tendo estreado em um torneio amistoso em Cosquin, na Argentina.
Durante a década de 1960, ele também teve passagens pela seleção feminina, tendo comandado a equipe no título sul-americano de 1965 e no Mundial da Tchecoslováquia em 1967, obtendo um oitavo lugar.
Ele voltaria ao comando do time masculino no fim da década de 1970, faturando um bronze no Mundial das Filipinas, em 1978, última grande conquista do Brasil em Mundiais, além de um terceiro lugar no Pan de San Juan (Porto Rico), em 1979. No total, comandou o Brasil em duas Olimpíadas (Seul/1988 e Atlanta/1996) e em dois Mundiais, levando a equipe ao quarto lugar na Espanha, em 1986.
Clubes
Pelos clubes, passou por Flamengo, Fluminense, Vasco, Sírio-SP e Uberlândia, mas a principal conquista foi o Brasileiro de 1994, pelo gaúcho Corinthians/Santa Cruz. Depois, ele treinou o Brasil nas Olimpíadas de Atlanta e se aposentou da seleção.
"É um momento muito triste para o esporte brasileiro. O Ary foi um dos melhores profissionais que o basquete já teve, um técnico que deixou sua marca", declarou o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Carlos Nunes. fonte:Diário do Nordeste/camocim belo mar blog
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