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sábado, 20 de abril de 2013

SANTA MISSA DESTE DIA 21/04/2013


—Santo Anselmo
Bispo e Doutor da Igreja. É dele a frase: “Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada.” O santo de hoje é chamado de teólogo-filósofo.

Nasceu em Piamonte no ano de 1033. Seu pai era Conde e devido ao mau relacionamento com ele, saiu de casa, apenas com um burrinho e um servo.

Foi em busca da ciência, mas também se entregando aos prazeres. Era cristão, mas não de vivência. Devido aos estudos, 'bateu' no Mosteiro de Bec e conheceu Lanfranc, um religioso e mestre beneditino. Através dessa amizade edificante, descobriu um tesouro maior: Jesus Cristo.

Nesse processo de conversão, abriu-se ao chamado à vida religiosa e entrou para a família beneditina. Seu mestre amigo foi escolhido para ser bispo em Cantuária e Anselmo ocupou o lugar do Mestre, chegando a ser também Superior. Um homem sábio, humilde, um formador para as autoridades, um pai. Um verdadeiro Abade.

Por obediência à Mãe Igreja, foi substituir seu amigo, que havia falecido, no Arcebispado de Cantuária. Viveu grandes desafios lá, retornando a Piamonte, onde faleceu, com esta fama de santidade e testemunho de fidelidade e amor à Cristo e à verdade.

Santo Anselmo, rogai por nós!


14.04.2013
4º Domingo de Páscoa — ANO C

DOMINGO DO BOM PASTOR E
JORNADA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS E RELIGIOSAS

(BRANCO, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO)

__ "O CORDEIRO-PASTOR DA HUMANIDADE: Eu conheço as minhas ovelhas e elas me seguem!" __

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
(Sugestões: Neste domingo do Bom Pastor, na procissão de entrada ou das oferendas, pode-se apresentar símbolos da caminhada pastoral da comunidade: cajado, sandálias, instrumentos de trabalho das várias pastorais.)
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A Liturgia deste domingo nos mostra Jesus como o Bom Pastor, como o único Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Por isso, hoje, somos convidados por Jesus, Bom Pastor, a fazer parte de seu rebanho e aprender dele o jeito de ser Igreja. O Pastor dá a vida pelas ovelhas, de modo que ninguém as arranque de suas mãos. Assim foi a vida de Jesus no trato com os discípulos. Deu-se sem reservas, a ponto de doar a própria vida, convicto de que ninguém seria tão forte a ponto de desencaminhá- los. Deixemos que Jesus, nesta Missa, entre no nosso coração e nos guie pela mão. Neste domingo, a Igreja também nos convida a celebrar a jornada mundial pelas vocações. Um dia no qual devemos pedir a Deus que envie muitos e santos pastores, para que seu rebanho nunca pereça. No próximo dia 23, celebraremos os 200 anos de nascimento de Frederico Ozanam e os 180 anos da criação da conferência dos vicentinos. Frederico Ozanam como Vicente de Paulo foi pioneiro numa visão de igreja que o Vaticano II marcou fortemente em seus documentos. Um conceito de igreja predominantemente laical que Frederico Ozanam herdou de São Vicente de Paulo. Uma igreja na qual o pobre é o espelho de Cristo e que precisamente por isso é uma igreja viva e que se manifesta aos olhos dos seguidores de Cristo.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebramos o Domingo do Bom Pastor e a Jornada Mundial pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, que neste ano têm um sentido especial para os jovens, por causa da jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro. Fazer discípulos entre todas as nações é um chamado que precisa da presença de sacerdotes, religiosos e religiosas, os quais devem ser os pioneiros na evangelização. Além disso, nos preparamos para a 112ª Romaria da Arquidiocese a Aparecida, no dia 05 de maio próximo. Então, enquanto romeiros em busca da Terra Prometida, procuremos aprofundar a nossa intimidade com Cristo ressuscitado, a fim de sermos seus verdadeiros discípulos e missionários e atuar como sal e luz na cidade de São Paulo.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na realidade da pessoa do Cristo se identificam as imagens do cordeiro-servo de Javé e do pastor-guia do povo em seu contínuo êxodo religioso. Na primeira imagem é expressa a proximidade conosco, pela qual o Filho de Deus quer assemelhar-se em tudo a seus irmãos, partilhar seu destino até à morte, derramando seu sangue inocente para nos resgatar. Na outra, é expresso o amor misericordioso de Deus que o Cristo nos deu a conhecer, vivo em sua pessoa, diversamente dos outros chefes religiosos e políticos do povo, que também se apresentavam como pastores em nome de Deus. O pastor supremo das nossas almas percorreu pessoalmente o itinerário que nos indica: a "grande tribulação" que tem como termo - dom gratuito de Deus - uma felicidade paradisíaca simbolizada nas "fontes das águas da vida".
Sintamos em nossos corações a alegria da Ressurreição e entoemos alegres cânticos ao Senhor!

IV DOMINGO DA PÁSCOA

Antífona da entrada: A terra está repleta do amor de Deus; por sua palavra foram feitos os céus, aleluia! (Sl 32,5s)
Oração do diaDeus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Jesus, Messias e Filho de Deus, é fonte perene de vida para todos aqueles que o seguem. Na origem da missão de Jesus, o Bom Pastor, está a ação do Pai que entregou as ovelhas a seus cuidados. Como pastor fiel, não se poupa em se tratando de defender o rebanho. Cristo ressuscitado é o Bom Pastor e o Cordeiro imolado que governa a terra e o céu. Ouçamos com atenção.
Primeira Leitura (Atos 13,14.43-52)
Leitura dos Atos dos Apóstolos. 
13 14 Mas eles, deixando Perge, foram para Antioquia da Pisídia. Ali entraram em dia de sábado na sinagoga, e sentaram-se.
43 Depois que a assembléia terminou, muitos judeus e prosélitos devotos seguiram Paulo e Barnabé, os quais com muitas palavras os exortavam a perseverar na graça de Deus.
44 No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
45 Os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e puseram-se a protestar com injúrias contra o que Paulo falava.
46 Então Paulo e Barnabé disseram-lhes resolutamente: “Era a vós que em primeiro lugar se devia anunciar a palavra de Deus. Mas, porque a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os pagãos.
47 Porque o Senhor assim no-lo mandou: ‘Eu te estabeleci para seres luz das nações, e levares a salvação até os confins da terra’”.
48 Estas palavras encheram de alegria os pagãos que glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam predispostos para a vida eterna fizeram ato de fé.
49 Divulgava-se, assim, a palavra do Senhor por toda a região.
50 Mas os judeus instigaram certas mulheres religiosas da aristocracia e os principais da cidade, que excitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e os expulsaram do seu território.
51 Estes sacudiram contra eles o pó dos seus pés, e foram a Icônio.
52 Os discípulos, por sua vez, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo responsorial 99/100
Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,  nós somos seu povo e seu rebanho.

Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
servi ao Senhor com alegria,
ide a ele cantando jubilosos!

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
ele mesmo nos fez e somos seus,
nós somos seu povo e seu rebanho.

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,
sua bondade perdura para sempre,
seu amor é fiel eternamente!
Segunda Leitura (Apocalipse 7,9.14-17)
Leitura da primeira carta de são João. 
7 9 Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão,
14 Respondi-lhe: “Meu Senhor, tu o sabes”. E ele me disse: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro.
15 Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e noite, no seu templo. Aquele que está sentado no trono os abrigará em sua tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará,
16 porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor (Jo 10,14).

EVANGELHO (João 10,27-30)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
27 Disse Jesus: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um”.
– Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)


Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida por suas ovelhas e quis morrer pelo rebanho, aleluia!
Depois da comunhão
Velai com solicitude, ó bom pastor, sobre o vosso rebanho e concedei que vivam nos prados eternos as ovelhas que remistes pelo sangue do vosso Filho Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
LUMEN GENTIUM (Novo modo de ser Igreja)
Os capítulos III e IV da Lumen Gentium descrevem a estrutura orgânica da Igreja. Todos os batizados, fiéis ou pastores, têm a mesma vocação fundamental e são associados à mesma missão. Primeiramente fala-se da constituição hierárquica da Igreja, especificando a função dos bispos (pregar o Evangelho, governar e santificar o rebanho), presbíteros e diáconos, que estão ao serviço do povo de Deus. A seguir trata dos leigos, aos quais, "compete por vocação procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando- -as segundo Deus" (LG n. 31). Os leigos, cada vez mais valorizados, são chamados à santidade a partir de sua inserção no mundo. Para tal, é sempre atual a necessidade de se investir na formação e participação dos leigos na vida eclesial.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Br - At 11,1-18; Sl 41(42), 2-3;42(43),3-4; Jo 10,1-10
3ª Br - At 11,19-26; Sl 86 (87); Jo 10,22-30
4ª Br - At 12,24-13,5a; Sl 66 (67); Jo 12,44-50
5ª Br - At 13,13-25; Sl 88 (89); Jo 13,16-20
6ª Br - At 13,26-33; Sl 2; Jo 14,1-6
Sb Br - Gn 1,26-2,3 ou Cl 3,14-15.17.23-24; Sl 89 (90); Mt 13,54-58
5º DOMINGO DA PÁSCOA. At 14,21b-27; Sl 144 (145),8-9. 10-11. 12-13ab (R/ cf. 1); Ap 21,1-5a; Jo 13, 31-33a.34-35 (Glorificação e amor)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. NINGUÉM VAI ARRANCÁ-LAS DE MIM...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Vivemos em um tempo em que infelizmente somos muitas vezes dominados pelo medo e a insegurança porque vemos a ação do mal por todos os cantos.
Olhamos para nós mesmos e sentimos que embora nos esforcemos por viver bem, inúmeras vezes pecamos, por falta de amor, de fidelidade, de perseverança, de confiança em Deus, na própria igreja só olhamos a instituição, a igreja humana e às vezes o desânimo é tanto que não enxergamos a igreja divina, instituída por Jesus, e da qual participamos pelo nosso Batismo, apesar de sermos indignos. Sentimo-nos ameaçados a todo o momento e o medo de sucumbir no mal, é muito grande e diante do avanço das forças do mal, sentimo-nos impotentes.
Possivelmente era também esse o estado de espírito das comunidades de João no primeiro século da era cristã, por causa das intensas perseguições do império romano e dos próprios judeus ao cristianismo. O medo e a insegurança podem fazer–nos render diante do mal.
“Elas jamais hão de perecer e ninguém as roubará de minha mão. Meu pai que mas deu, é maior que todos; e ninguém as poderá arrebatar do meu pai. Eu e o pai somos um” - é uma afirmativa de Jesus no evangelho desse domingo, que refletido em profundidade irá nos tirar a todos desse marasmo, do comodismo e conformismo diante do mal.
A primeira idéia é de proteção, estamos nas mãos do Pai e do seu Filho Jesus e nada de mal irá nos ocorrer, podemos ficar tranqüilos e basta apenas que cumpramos nossas obrigações religiosas para com Deus e a igreja de Cristo. Esse pensamento é nefasto porque nos conduz a passividade e perdemos a capacidade de nos indignar diante de fatos ocasionados pelo mal. A outra idéia errada que podemos ter, é de que o nosso Deus é possessivo quando fala que ninguém nos arrancará de suas mãos.
Mas a mensagem é bem outra e aqui podemos nos lembrar das narrativas do livro dos reis, que enfoca a bravura e a coragem de Davi quando ainda pastor, que quando via o seu rebanho atacado pelo lobo, se atirava sobre ele e o estraçalhava com a força do seu braço e dos seus dentes. Talvez nos falte hoje essa bravura e esta coragem diante das forças do mal, temos medo do que vemos e assistimos no dia a dia, não queremos nos envolver ou nos comprometer com algum posicionamento mais radical contra a maldade presente no coração de muitos que matam, roubam, enganam, manipulam.
Temos medo de testemunhar o evangelho e sermos taxados de antiquados, retrógrados, preferimos muitas vezes nos deixar levar pela onda, “é melhor não falar, é melhor não dar a minha opinião, alguém pode não gostar”. Agimos assim no trabalho, na política, no ensino, na comunidade e na família. Preferimos ficar rezando para que Deus toque no coração dos que estão dominados pelo mal, fazemos a nossa parte rezando.
O evangelho de hoje é um incentivo e um grito de esperança e de ânimo para quem quiser ir à luta, combatendo abertamente o mal, não as pessoas, presente em todos os lugares. Cristo Jesus nosso único pastor nos deu a vida eterna, nos libertou e nos redimiu com seu sangue, fomos assim resgatados das forças do mal, pertencemos a Deus e o Pai nos confiou a seu Filho Jesus, “ninguém conseguirá nos arrebatar de suas mãos poderosas” , Jesus e o Pai são um, e com ele nós somos a Igreja, com a missão de evangelizar, de anunciar a verdade, a justiça e a paz, o Shalom que evoca a presença de Jesus em nosso meio. Não há o que temer! Mas é preciso ser discípulo, seguidor de Jesus, não tremer, não vacilar e nem recuar diante do mal.
É preciso conhecer a sua voz, sua palavra de ordem do evangelho, diante de tantas falsas palavras que nos iludem, oferecendo-nos um mundo novo que não passa de uma fantasia. Só Jesus é o nosso pastor e mais ninguém.
Ele é a nossa rocha, nossa fortaleza e segurança, o mal presente em nós, o pecado dos nossos irmãos, o mal presente na sociedade de tanta morte e violência, não conseguirá nos arrancar de suas mãos. Basta crer e se comprometer com o seu reino. E assim podermos rezar na firmeza do salmo 99 “sabei que o Senhor, só ele é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho”.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. O pastor dá a vida por suas ovelhas
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
As palavras de Jesus eram, ao mesmo tempo, sedutoras e desconcertantes, e causavam divisão entre os judeus: para alguns Jesus era um endemoninhado e louco, outros tinham dúvida (cf. Jo 10,19-21).
O texto do evangelho deste domingo nos oferece a possibilidade de composição de lugar: era inverno por ocasião da festa da Dedicação do Templo (1Mc 4,52-59); Jesus está no Templo, caminhava no Pórtico de Salomão (vv. 22-23). Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: “Até quando nos manterás em suspense? Se és o Messias, dize-o claramente!” (v. 24). No entanto, nenhuma resposta seria convincente (ver: Lc 22,68).
Lembremo-nos de que para os judeus a afirmação da messianidade deveria vir acompanhada de gestos espetaculares: “Que sinal realizas para que creiamos em ti?” (Jo 6,30). Em nenhum dos evangelhos Jesus diz claramente ser o Messias. Como sói acontecer, Jesus não irá responder com a clareza pretendida por eles. Ao invés de responder diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas (vv. 27-30).
Lembremo-nos de que, em todo o Antigo Testamento, o povo de Israel é comparado a um rebanho, e Deus a um pastor (ver: Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referida às suas ovelhas, “eu lhes dou a vida eterna” (v. 28), estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna, a não ser Deus? Mas é em Jesus que Deus nos faz viver plenamente. As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai (v. 29). É nas mãos do Filho e do Pai que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança. Nas mãos fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão.
O autor do Deuteronômio diz: “Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um” (v. 30). Para quem todo dia recitava o Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.
ORAÇÃO
Espírito de proteção, nunca me falte teu amparo, especialmente nos momentos em que os adversários tentam afastar-me do Mestre Jesus.
3. AS OVELHAS PROTEGIDAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O relacionamento de Jesus com seus discípulos articulava-se na base do diálogo, do conhecimento e da proteção. O imenso amor do Mestre era o pano de fundo deste relacionamento.
O ministério de Jesus consistiu em orientar seus discípulos sobre o Reino do Deus e suas exigências; falar-lhes do Pai, revelando seu perdão e sua misericórdia; ensinar-lhes o mandamento do amor mútuo. 
É próprio do discípulo escutar as palavras do Mestre, ou seja, aderir a elas, transformando-as em projeto de vida.
Os evangelhos referem-se à capacidade que Jesus tinha de conhecer o íntimo das pessoas. Ele sabia o que se passava no coração de seus interlocutores, mormente, do seu grupinho de seguidores. Não lhe passava despercebido a personalidade de cada um, com suas limitações e suas possibilidades. Tinha consciência de como suas palavras eram recebidas, às vezes, de maneira deturpada. Mantinha-se, contudo, otimista quanto à possibilidade de vê-los crescer, apesar dos altos e baixos. O seguimento, portanto, acontecia, sem ilusão por parte de Jesus.
O pequeno grupo de discípulos era uma espécie de sementinha, plantada com muita esperança. Era preciso ampará-los, e não deixá-los perecer diante das investidas do adversário. Eles constituíam o presente do Pai para Jesus. Por isso, o Mestre assim os tratava, consciente de ter recebido do Pai uma tarefa que devia ser cumprida com total dedicação.

OraçãoEspírito de proteção, nunca me falte teu amparo, especialmente nos momentos em que os adversários tentam afastar-me do Mestre Jesus.fonte:NPD Brasil/camocim belo mar blog

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