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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

FECHADA DO AFROREGGAE É ATINGIDA POR TIROS NA VILA CRUZEIRO, NO RIO DE JANEIRO.


Tiroteio acontece um dia após ONG reabrir atividades no Alemão.
Coordenador do projeto, José Júnior, disse que fachada foi destruída.

Do G1 Rio

A sede do AfroReggae da Vila Cruzeiro, no Conjunto de Favelas da Penha, Subúrbio do Rio, foi alvejada por tiros por volta das 18h desta quinta-feira (1º). A fachada do imóvel foi destruída, mas ninguém ficou ferido. O tiroteio acontece um dia após o AfroReggae voltar com suas atividades no Conjunto de favelas do Alemão. A sede havia sido fechada porque o grupo recebeu ameaças.

Segundo a UPP da Vila Cruzeiro, duas motos com dois homens cada passaram pela sede da ONG e efetuaram os disparos. Os policiais perseguiram os criminosos, que fugiram em direção à favela da Chatuba, também no Conjunto de Favelas da Penha. Houve troca de tiros.

Segundo o coordenador do AfroReggae, José Junior, não havia funcionários no prédio no momento do tiroteio. Ele já entrou em contato com o secretário de segurança do estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. "É uma insatisfação dos traficantes com a reabertura e presença dos moradores dentro das atividades do AfroReggae", disse ele.

Na noite de terça-feira (30), uma pousada mantida pelo grupo no Conjunto de Favelas do Alemão, Subúrbio do Rio, já havia sido alvejada por oito tiros de fuzil, José Junior. O mesmo imóvel pegou fogo no dia 16. A polícia apura se o incêndio foi criminoso.

Em nota à imprensa, o secretário de segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou como "covarde" o ataque contra a sede do AfroReggae na Vila Cruzeiro. Segundo ele, o policiamento no local será redimensionado. Ainda segundo o comunicado, Beltrame vai acompanhar de perto as investigações do ataque com a 22ª DP (Penha).

Junior acusa Pastor Marcos
Para Junior, os recentes ataques à sedes do AfroReggae foram premeditados e comandados pelo pastor Marcos Pereira, preso acusado por estupro. A polícia investiga se o incêndio foi criminoso.

Procurado pelo G1, o advogado do pastor Marcos Pereira, Marcelo Patrício, respondeu: “Isso é impossível. Só se o pastor for telepata, porque ele não se comunica com ninguém lá dentro. Ele está recebendo visitas da família uma vez por semana só. Essas acusações são ridículas. Nem com outros presos ele tem contato, porque ele está em uma cela isolada”.
Após o incêndio, o AfroReggae resolveu encerrar seus núcleos no Alemão. A Prefeitura do Rio assumiu a responsabilidade pelo novo espaço na comunidade, dando um caráter mais oficial e estatal às atividades sociais desenvolvidas no conjunto de favelas.
Na inauguração, o comandante das UPPs, coronel Paulo Henrique de Moraes confirmou que uma rajada de tiro atingiu a pousada do AfroReggae por volta das 20h de terça. Segundo ele, os tiros foram dados de longa distância. Além do oficial, o governador Sergio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame participaram.
Coordenador do AfroReggae acusa pastor Marcos Pereira de ter encomendado disparos  (Foto: Mariucha Machado / G1)Coordenador do AfroReggae acusa pastor Marcos Pereira de ter encomendado disparos (Foto: Mariucha Machado / G1
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