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domingo, 22 de dezembro de 2013

A SANTA MISSA DE NATAL DO SENHOR JESUS.

 Natal do Senhor
Neste dia especial, em que toda a Igreja celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhemos o testemunho da Palavra de Deus a respeito deste acontecimento que transformou a história da humanidade:
“…José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: ‘Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor’.” (Lc 2,4-11)
Por isso hoje celebramos a eterna solidariedade do Pai das Misericórdias que, no seu plano de amor, quis o nascimento de Jesus, que é o verdadeiro Sol, a Luz do mundo. Este não é um dia de medo e nem de desespero, é dia de confiança e de esperança, pois Deus veio habitar no meio de nós, e assim encher-nos da certeza de que é possível um mundo novo. Solidário conosco, Ele nos quer solidários neste dia de Glória que refulge ao redor de cada um de nós!
Sendo assim, tudo neste dia só tem sentido se apontar para o grande aniversariante deste dia: o Menino Deus! Presépios, árvores, enfeites, banquetes e os presentes natalícios representam os presentes que os Reis Magos levaram até Jesus, mas não são estes símbolos a essência do Natal. O importante, o essencial, é que Cristo realmente nasça em nossos corações de uma maneira nova, renovadora, e que a partir daí, possamos sempre caminhar na sua luz solidária deste Deus Único e Verdadeiro, que nos quer também solidários uns com os outros!
Vivamos com muita alegria este dia solidário, que o Senhor fez para nós!
Um Santo Natal para você e para a sua família!


25.12.2013
NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO  MISSA DO DIA
BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DA SOLENIDADE )
__ "Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor. Deus se faz homem por nós." __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: É Natal! Jesus nasceu! As promessas de Deus se cumprem: um menino nasceu para nós! No Natal não só recordamos o fato histórico do nascimento de Jesus Cristo, mas o celebramos, isto é, o fazemos presente, o fazemos fato nosso. Assim, a festa do Natal é a festa de Deus que veio “armar sua tenda entre nós” e é, ao mesmo tempo, a festa nossa, porque hoje nascemos para a vida divina. O Filho de Deus entrou na vida humana e nós entramos na vida divina. Por isso, o Natal não é uma festa para ser assistida como convidados. É uma festa para ser vivida. Somos parceiros e protagonistas desta festa. Somos a massa fermentada pelo Cristo e juntos formamos o pão. Massa e fermento inseparáveis. Quando tomamos consciência desse feliz e vital encontro, podemos dizer com São Paulo: “Já não sou que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Hoje a Igreja celebra a encarnação do Verbo divino e se alegra pelo nascimento de Jesus. A alegria que tomou conta dos pastores de Belém é também nossa alegria. Nossa comunidade participa, por meio desta celebração, do mistério que fez desta noite um dia iluminado pela glória de um recém-nascido que nos trouxe a plenitude do amor de Deus. Aclamemos com o salmista: Este é o dia que o Senhor fez para nós; alegremo-nos e nele exultemos.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Para reconquistar os homens, para elevá-los a sí, para falar com eles, Deus veio a este mundo como uma criança; como um balbucio que é fácil de sufocar. E, de fato, o sufocam. Sufocam-no fazendo do Natal a festa da sociedade de consumo, do esbanjamento institucionalizado; festa dos presentes e das decorações luminosas, do décimo terceiro salário e dos champanhes e panetones; festa de certa poesia e bondade generalizada, de um difuso sentimentalismo com verniz de generosidade e emoção. Outrros sufocam o Deus-Menino impedindo-o de crescer: Deus permanece criança por toda sua vida; uma frágil estatueta de terracota, relegada a uma caixa, que se coloca no presépio uma vez por ano; é preciso um pretexto para dar certa aparência religiosa a esse natal pagão. As palavras que essa Criança trouxe aos homens não são ouvidas; são exigentes demais e inoportunas, enquanto um cristianismo adocicado e conveniente à nossa vida sem a presença real dEle pois é muito mais cômodo...
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo entoemos alegres cânticos ao Senhor!

JESUS É A NOSSA LUZ!
Antífona da entrada: Um menino nasceu para nós: um filho nos fai dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado “mensageiro do conselho de Deus” (Is 9,6).
Oração do dia
Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou a assumir a nossa humanidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura (Isaías 52,7-10)
Leitura do livro do profeta Isaías.
52 7 Como são belos sobre as montanhas os pés do mensageiro que anuncia a felicidade, que traz as boas novas e anuncia a libertação, que diz a Sião: “Teu Deus reina!”
8 Ouve! Tuas sentinelas elevam a voz, e todas juntas soltam alegres gritos, porque vêem com seus próprios olhos o Senhor voltar a Sião.
9 Prorrompei todas em brados de alegria, ruínas de Jerusalém, porque o Senhor se compadece de seu povo, e resgata Jerusalém!
10 O Senhor descobre seu braço santo aos olhares das nações, e todos os confins da terra verão o triunfo de nosso Deus.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 97/98
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa
e da cítara suave!
Aclamai, com os clarins e as trombetas,
ao Senhor, o nosso rei!
Segunda Leitura (Hebreus 1,1-6)
Leitura da carta aos Hebreus.
1 1 Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas.2 Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas.3 Esplendor da glória (de Deus) e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus,4 tão superior aos anjos quanto excede o deles o nome que herdou.
5 Pois a quem dentre os anjos disse Deus alguma vez: “Tu és meu Filho; eu hoje te gerei”? Ou então: “Eu serei seu Pai e ele será meu Filho”?
6 E novamente, ao introduzir o seu Primogênito na terra, diz: “Todos os anjos de Deus o adorem”.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Despontou o santo dia para nós: ó nações, vinde adorar o Senhor Deus, porque hoje grande luz brilhou na terra!

Evangelho (João 1,1-18 ou 1-5.9-14)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
1 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio junto de Deus.
3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.
4 Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
7 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
8 Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
9 era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.
10 Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu.
11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
12 Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus,
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.
15 João dá testemunho dele, e exclama: “Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim”.
16 Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça.
17 Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
18 Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Sejam de vosso agrado, ó Pai, as oferendas da festa de hoje, que nos trazem a perfeita reconciliação e a plenitude do culto divino. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O mundo inteiro viu o salvador que nos foi enviado por Deus (Sl 97,3).
Depois da comunhão
Ó Deus de misericórdia, que o salvador do mundo hoje nascido, como nos fez nascer para a vida divina, nos conceda também sua imortalidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (NATAL DE JESUS)
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória..." (Jo 1,14).
A encarnação do Verbo de Deus assinala o início dos "últimos tempos", isto é, a redenção da humanidade por parte de Deus. Cega e afastada de Deus, a humanidade viu nascer a luz que mudou o rumo da sua história. O nascimento de Jesus é um fato real que marca a participação direta do ser humano na vida divina. Esta comemoração é a demonstração maior do amor misericordioso de Deus sobre cada um de nós, pois concedeu-nos a alegria de compartilhar com ele a encarnação de seu Filho Jesus, que se tornou um entre nós. Ele veio mostrar o caminho, a verdade e a vida, e vida eterna. A simbologia da festa do Natal é o nascimento do Menino-Deus.
No início, o nascimento de Jesus era festejado em 6 de janeiro, especialmente no Oriente, com o nome de Epifania, ou seja, manifestação. Os cristãos comemoravam o natalício de Jesus junto com a chegada dos reis magos, mas sabiam que nessa data o Cristo já havia nascido havia alguns dias. Isso porque a data exata é um dado que não existe no Evangelho, que indica com precisão apenas o lugar do acontecimento, a cidade de Belém, na Palestina. Assim, aquele dia da Epifania também era o mais provável em conformidade com os acontecimentos bíblicos e por razões tradicionais do povo cristão dos primeiros tempos.
Entretanto, antes de Cristo, em Roma, a partir do imperador Júlio César, o 25 de dezembro era destinado aos pagãos para as comemorações do solstício de inverno, o "dia do sol invencível", como atestam antigos documentos. Era uma festa tradicional para celebrar o nascimento do Sol após a noite mais longa do ano no hemisfério Norte. Para eles, o sol era o deus do tempo e o seu nascimento nesse dia significava ter vencido a deusa das trevas, que era a noite.
Era, também, um dia de descanso para os escravos, quando os senhores se sentavam às mesas com eles e lhes davam presentes. Tudo para agradar o deus sol.
No século IV da era cristã, com a conversão do imperador Constantino, a celebração da vitória do sol sobre as trevas não fazia sentido. O único acontecimento importante que merecia ser recordado como a maior festividade era o nascimento do Filho de Deus, cerne da nossa redenção. Mas os cristãos já vinham, ao longo dos anos, aproveitando o dia da festa do "sol invencível" para celebrar o nascimento do único e verdadeiro sol dos cristãos: Jesus Cristo. De tal modo que, em 354, o papa Libério decretou, por lei eclesiástica, a data de 25 de dezembro como o Natal de Jesus Cristo.
A transferência da celebração motivou duas festas distintas para o povo cristão, a do nascimento de Jesus e a da Epifania. Com a mudança, veio, também, a tradição de presentear as crianças no Natal cristão, uma alusão às oferendas dos reis magos ao Menino Jesus na gruta de Belém. Aos poucos, o Oriente passou a comemorar o Natal também em 25 de dezembro.
Passados mais de dois milênios, a Noite de Natal é mais que uma festa cristã, é um símbolo universal celebrado por todas as famílias do mundo, até as não-cristãs. A humanidade fica tomada pelo supremo sentimento de amor ao próximo e a Terra fica impregnada do espírito sereno da paz de Cristo, que só existe entre os seres humanos de boa vontade. Portanto, hoje é dia de alegria, nasceu o Menino-Deus, nasceu o Salvador.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. NATAL DO SENHOR (Missa do Dia)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O VERBO DIVINO SE FEZ HOMEM E HABITOU ENTRE NÓS” Jo 1, 1-18
Mais do que um teólogo, acho que o evangelista João era um poeta dos melhores, essa frase é a palavra chave do seu evangelho, proclamado na Missa do dia de Natal, mais parece uma poesia, coisa de quem sentiu um encantamento com o nascimento de Jesus. O evangelho da missa da vigília mostra-nos como Deus vai se movendo em meio a situações desencontradas na vida de duas pessoas: Maria e José. O noivado com José, a gravidez inesperada, a reação de José, que abre mão do seu direito de denunciar Maria, para não lhe causar nenhum mal e resolve abandona-la. Um amor que quer o bem da esposa, ainda que isso signifique viver longe dela, um amor que não quer dominar ser o dono da verdade, ter toda a razão, mas um amor que quer preservar a vida de quem ama, ainda que isso lhe traga dores, dúvidas e amarguras. Deus escolheu o homem certo, José era justo, mesmo que não entendesse os fatos envolvendo sua noiva, fez prevalecer o amor. O amor a Deus e aos irmãos não explica, mas aceita e só quer o bem do outro.
E por trás de um amor puro e devotado, está à vontade de Deus, que vai realizar tudo o que os profetas haviam falado – eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa “Deus conosco”. José aceita, não porque compreende racionalmente os fatos, mas porque sabe que Deus está agindo e isso lhe basta.
Costuma-se dizer sempre que “Deus escreve sempre certo, por linhas tortas” e isso é mesmo a mais pura verdade, o grande rei Davi havia nascido em Belém, e seria lá também que o messias haveria de nascer, José e Maria não são pessoas especiais, diferentes das demais, mas vivem em meio a história, dentro das estruturas do mundo, o cristão não pode alienar-se do mundo e fugir do seu destino humano, José e Maria, sujeitos às leis do império romano, sobem até Belém para serem recenseados, e lá Jesus acaba nascendo em uma estrebaria, nas grandes cidades nem sempre há um cantinho para o migrante que tem de se virar em qualquer canto, no banco de uma praça ou em baixo de uma ponte, nos barracos e favelas e assim, do mesmo modo que os moradores de rua partilham suas alegrias, quando as tem, Deus quis partilhar com uma classe marginalizada a grande alegria do nascimento do seu filho – e assim, os pastores são os primeiros a serem informados. Logo eles, que tinham fama de serem brigões e mentirosos, homens sem palavra que jamais seriam ouvido como testemunhas nos tribunais, foram os privilegiados.
Para gente simples o sinal é também simples, encontrareis um menino envolto em faixas e deitado nas palhas de uma estrebaria. Não é uma criança sobrenatural, mas excluído e rejeitado igual eles, que eram proibidos de entrarem no templo ou na sinagoga.
Deram glória a Deus porque sentiram a alegria de serem lembrados por ele, chegou enfim a salvação, que não vem da corte ou dos palácios, que não vem das pomposas cerimônias do templo, mas de uma criancinha deitada em uma humilde estrebaria.
Infelizmente o natal do consumismo vai por um outro caminho, e só leva boas notícias aos ricos e poderosos, que podem se banquetear na noite de natal, e trocar ricos presentes, pois ainda temos entre nós tantos “pastores” banidos da sociedade e das igrejas, gente desprezada e deixada de lado por um sistema injusto e pecaminoso, gente que não conhece e nem faz idéia de que Deus os ama apaixonadamente e que essa declaração de amor acontece e é renovada na noite de natal. A igreja é por excelência portadora desse anúncio onde os últimos da sociedade deverão ser os primeiros a receber esta boa nova.
2. O anúncio de uma grande alegria
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
O texto do evangelho desta noite de Natal se oferece mais à nossa contemplação que à nossa reflexão, mesmo porque não dispomos de espaço suficiente para comentar o texto. Somente duas ideias, mais pastorais que exegéticas.
“Não havia lugar para eles na hospedaria” (v. 7). Depois de longa viagem de Nazaré a Belém, o que mais se poderia desejar seria um bom lugar para descansar, ainda mais quem está nos dias de dar à luz. Uma das tantas grutas que abrigava o rebanho dos pastores será o lugar que irá acolher o Filho de Deus, que se fez carne no seio da Virgem Maria. Este fato, certamente, prepara o anúncio de “uma grande alegria” aos pastores (cf. v. 10). Mas a notícia de que não havia lugar para eles na hospedaria deveria despertar, no leitor ou no ouvinte do evangelho desta noite santa, o desejo de acolhê-lo, o desejo de que ele tenha abrigo e proteção, o desejo de contemplá-lo e servi-lo, o empenho de abrir espaço na vida para que ele permaneça conosco, ele que é o Emanuel.
“Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (vv. 10-11). De pecadores e impuros, em razão da própria profissão, os pastores são os primeiros destinatários da Boa-Nova. O que hoje acontece mais tarde, Jesus, tendo o poder da palavra, vai esclarecer: “O Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10). Num período posterior ao Novo Testamento, os pastores passam a ser símbolos da Igreja portadora desta grande alegria e enviada a proclamar as maravilhas que Deus fez por seu povo em Jesus Cristo. “Glória a Deus no mais alto dos céus…” (v. 14).
ORAÇÃO
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.
3. O VERBO SE FEZ CARNE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Pelo mistério da Encarnação, estabeleceu-se uma comunhão indissolúvel entre a divindade e a humanidade. Jesus foi o ponto de encontro deste movimento que ligou a Terra ao Céu, o homem a Deus, a história à eternidade.
Vindo de junto do Pai, Jesus é a Palavra de Deus que se tornou visível na história humana. Sua existência iria manifestar os desígnios divinos, tanto no seu falar quanto no seu agir. A vida que haveria de transmitir, mediante gestos poderosos, provinha da abundância da vida herdada do Pai. Sua presença se constituiria em luz para orientar a humanidade dacaída, ansiosa de salvação. Por meio dele, seria possível chegar até Deus e experimentar a comunhão divina.
Todavia, este Jesus era plenamente humano, excluindo-se apenas a experiência do pecado. Não lhe foram concedidas regalias, pelo fato de ser o Filho de Deus. Por isso, experimentou a rejeição exatamente daqueles para os quais fora enviado. Sua não-acolhida revelar-se-ia em forma de perseguição, hostilidades e abandono, para culminar na morte de cruz. Na medida em que descia aos porões da humanidade, Jesus ia comunicando ao ser humano, ferido pelo pecado, o lenitivo da salvação. Desta forma, as pessoas reconciliavam-se com Deus e recuperavam sua dignidade original. Nisto consiste o mistério do Natal!
Oração
Senhor Jesus, vieste ao mundo para reconciliar a humanidade com Deus. Que eu saiba colher os frutos de teu gesto de amor, deixando a divindade transparecer em mim.fonte:NPD Brasil/camocim belo mar blog

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