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sábado, 22 de fevereiro de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 23 DE FEVEREIRO DE 2014.

 São Policarpo – Bispo da Igreja primitiva
Discípulo de São João, Policarpo testemunhou o amor a Cristo com sua própria vida
O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.
São Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.
Com a perseguição aos cristãos, o santo Bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: “Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador”.
Condenado à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: “Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos”. São Policarpo viveu o seu nome – poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio no ano de 155, regado também com sangue.
São Policarpo, rogai por nós!


23.02.2014
7º DOMINGO DO TEMPO COMUM — ANO A
VERDE – OFÍCIO DO DIA )
__ "Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito!" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Todos somos chamados a viver a santidade em nossas vidas, porque nascemos para ser santos e santas. Ser santo é um processo de conversão de vida para Deus e para a realização de seu Reino aqui na terra. Trata-se de um esforço para uma vida de liberdade, de libertação dos preconceitos e até de certos preceitos legalistas. É uma caminhada que vai se firmando no dia-a-dia e, ao mesmo tempo, vai exigindo mais de quem assume esse propósito. Este caminho acontece pelo crescimento no amor fraterno e pelo encontro com o Senhor, na Liturgia, na Palavra e na oração.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo, a liturgia continua apresentando Jesus na perspectiva messiânica da plenitude do cumprimento da Lei e dos mandamentos de Deus. Sendo assim, o seguimento de Jesus exige inteira dedicação ao Reino de Deus. No entanto, não devemos nos esquecer de que essa perfeição depende da graça de Deus e não exatamente do esforço humano. Por isso Jesus pode exigir de nós um amor radical e transformador.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O mandamento de amor ao próximo não era desconhecido antes de Jesus. De fato, no Antigo Testamento nunca se havia pensado em amar a Deus sem se interessar pelo próximo. Nos Provérbios encontra-se até uma passagem que ressoa quase com as mesmas palavras do mandamento de Cristo: "Se teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer; se tem sede, dá-lhe de beber..." (Pr 25,21). Em sua formulação, em seu conteúdo e em sua forte exigência, o mandamento de Jesus é novo e revolucionário, pois nos propõe amara por amor de Deus, pelas mesmas finalidades de Deus; exclusivamente desinteressado; com amor puríssimo; sem sombra de compensação. Ensina a amar-nos como irmãos, com um amor que procura o bem daquele a quem amamos, não o nosso bem. Amar como Deus, que não busca o bem na pessoa a quem ama, mas cria nela o bem, amando-a.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo entoemos alegres cânticos ao Senhor!

AMAR ATÉ OS INIMIGOS
Antífona da entrada: Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: As leituras de hoje, e principalmente o Evangelho, com suas funções próprias, inspiram-se na busca da santidade, revelando-nos alguns de seus instrumentos. Abramos os nossos ouvidos às leituras que a liturgia nos apresenta como alimento salutar para a nossa santificação.
Primeira Leitura (Levítico 19,1-2.17-18)
Leitura do livro do Levítico.
19 1 O Senhor disse a Moisés: 2 “Dirás a toda a assembléia de Israel o seguinte: ‘sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
17 Não odiarás o teu irmão no teu coração. Repreenderás o teu próximo para que não incorras em pecado por sua causa.
18 Não te vingarás; não guardarás rancor contra os filhos de teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor!’"
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 102/103
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
pois ele é bondoso e compassivo.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!
Pois ele te perdoa toda culpa
e cura toda a tua enfermidade;
da sepultura ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão.
O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
Não nos trata como exigem nossas faltas
nem nos pune em proporção às nossas culpas.
Quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
Segunda Leitura (1 Coríntios 3,16-23)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 3 16 não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?
17 Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós.
18 Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio,
19 porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois diz a Escritura "ele apanhará os sábios na sua própria astúcia".
20 E em outro lugar: "O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, e ele sabe que são vãos".
21 Portanto, ninguém ponha sua glória nos homens. Tudo é vosso:
22 Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro. Tudo é vosso!
23 Mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
É perfeito o amor de Deus em quem guarda sua palavra (1Jo 2,5).

EVANGELHO (Mateus 5,38-48)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 5 38 "Tendes ouvido o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’.
39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra.
40 Se alguém te citar em justiça para tirar-te a túnica, cede-lhe também a capa.
41 Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil.
42 Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te quer pedir emprestado.
43 Tendes ouvido o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo’.
44 Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem.
45 Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos.
46 Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos?
47 Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos?
48 Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas narrarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 9,2s).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
CONCILIO VATICANO II - DOCUMENTO:
GRAVISSIMUM EDUCATIONIS (Princípios para a Educação Cristã)
O corpo principal do documento conciliar (nn 8 a 12), trata das escolas católicas. Ao longo da história da Igreja, a escola teve um papel de destaque , “surgindo sempre como resposta às exigências das classes menos favorecidas do ponto de vista social e econômico” e caracterizando-se “como lugar de educação integral da pessoa humana através de um projeto educativo claro, que tem o seu fundamento em Cristo”, como afirma a Sagrada Congregação para a Educação Católica”.
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto: http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta nada só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 24 DE FEVEREIRO A 02 DE MARÇO DE 2014:
2ª Vd - Tg 3,13-18; Sl 18(19b); Mc 9,14-29
3ª Vd - Tg 4,1-10; Sl 54(55); Mc 9,30-37
4ª Vd - Tg 4,13-17; Sl 48(49); Mc 9,38-40
5ª Vd - Tg 5,1-6; Sl 48(49); Mc 9,41-50
6ª Vd - Tg 5,9-12; Sl 102(103); Mc 10,1-12
Sb Vd - Tg 5,13-20; Sl 140(141); Mc 10,13-16
Dom.-Vd: 8º DTC. Is 49,14-15; Sl 61(62); 1Cor 4,1-5; Mt 6, 24-34 (Confiança no Pai)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Sedes Perfeitos como o Pai...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A nossa equipe de Teólogos da comunidade, abriu o debate perguntando se esse pedido de Jesus, aos seus discípulos é possível de atender, e o Jucão, zelador da igreja, já foi logo dizendo que é impossível. A catequista Vera emendou “Se pensarmos na perfeição moral, é mesmo impossível”.
Dona Rosinha, que ornamenta a igreja, também deu a sua opinião, ela acha que Jesus não iria pedir algo que a gente não pudesse cumprir. Pronto! Com essas opiniões já podemos aprofundar a reflexão. A frase encontra-se ao final do evangelho, precedida do advérbio “portanto”, significando que ela fecha todos esses ensinamentos agrupados no evangelho, e que apresenta cada um deles, um amor mais aprimorado, que o homem ainda não conhecia e nem praticava.
O jeito de amar humano, que também tem seu valor, apresenta um pequeno problema: é limitado e finito, ama, mas impõe condições, ama, mas coloca medidas, ama, mas tem objeções, no fundo é um amor que sempre cobra e exige do outro....Não são assim certos amores, entre um homem e uma mulher? Não são assim certos amores de alguns namorados? Não são assim certos amores da vida em comunidade, na relação com as pessoas? Não são assim os amores do BBB, que manda para o “paredão” quem não merece ser amado? É muito doloroso admitir isto, mas mesmo na vida em comunidade, sempre esperamos que o irmão ou a irmã, nos dê motivos para que possamos amá-los..
Nosso amor, não só acaba, mas pode também virar ódio. Um bom e piedoso judeu, que cumpria toda a lei, amava desse jeito. Do mesmo modo, tem cristão dos nossos tempos, que acha que amar assim, já está bom demais, não vamos dizer que não é amor, mas é um amor “Meia Boca”, que não chega nem perto do que é o verdadeiro amor, que um dia brotou do coração de Deus e atingiu o coração do homem, através de Jesus. A experiência desse amor na vida do homem é sempre uma busca, um constante aprimoramento, sem dúvida que amamos, mas sempre de um jeito imperfeito, diante do Amor de Deus, experimentar o amor de Deus é colo chegar no horizonte, descobrimos que não chegamos e que o horizonte por nós vislumbrado, está mais longe...
Frases que marcam os limites do nosso amor ao próximo “Paciência tem limites”, “olha, desta vez perdoo, mas que isso nunca mais se repita”, “Sou cristão, mas não sou bobo”,“não levo desaforo para casa”, “Daqui para a frente, não respondo mais por mim”, Estão querendo me pegar para Cristo” “Sou muito bom, mas...não me contrarie”, “Você ainda não sabe do que sou capaz...” “ essa não dá prá engolir, vai ter troco”. Poderíamos citar uma centena de frases como esta, que dizemos no ambiente de trabalho, na escola, na política, na vida conjugal e familiar, e até na comunidade. São frases que falamos com raiva, exaltados, mas que mostram o quanto nosso amor é pequeno e limitado, perto do amor que Jesus nos propõe.
Um amor perfeito, que rompe com qualquer barreira, que ama quem nos magoa ou nos fere, um amor que dá, além do que o outro pede, um amor capaz de amar até quem nos odeia, de amar quem não merece o nosso amor e nem nunca vai merecê-lo. Talvez lá no fundo do nosso coração, relutemos em acatar esse ensinamento, que parece ser o mais difícil de Jesus, entretanto, não temos escolha, a nossa Identidade Cristã é esse jeito de amar, não há outro caminho, as pessoas buscam mil e uma justificativas para não ter que amar dessa maneira, porém, quando nos defrontamos com o Cristo na Cruz, nossos argumentos e justificativas para não amar, caem todos por terra, a vida toda de Jesus, seus gestos e palavras, as atitudes que tomou, até no derradeiro instante da sua morte na cruz, revela exatamente esse amor, que deve ser escrito com “A” maiúsculo.
Nossas liturgias pomposas, nossos louvores e atos de adoração a Deus, nossas orações e clamores, até mesmo em alta voz, em nada prova que somos cristãos, mas um pequenino gesto de amor, em nosso dia a dia, totalmente gratuito, incondicional, feito, quem sabe, a quem nem mereça, e nem vá ter como retribuí-lo, vale por mil pregações...
Dizia um irmãozinho de rua, visitado por alguns jovens que levavam refeição “Nunca acreditei em Jesus Cristo, agora acredito, não por que vocês me falaram dele, mas porque vocês conversaram comigo, e me deram atenção, valorizando-me como gente, saciando não só a minha fome de alimento material, mas a minha fome de afeto, atenção e amizade”.
“Ah... Então matamos a charada, a perfeição que Jesus nos exorta, para sermos iguais ao Pai do Céu, não é a perfeição moral, mas a perfeição do amor!” – exclamou eufórico Jucão, com o aval dos demais.
Exatamente, por isso o apóstolo Paulo escreveu em uma de suas cartas, que o amor é a plenitude de toda Lei, Concluída a reflexão, minha equipe se dispersou rapidamente. Jucão foi correndo pedir perdão á mulher que cuida da chave da igreja, porque andava furioso com ela, Dona Rosinha disse que ia visitar um neto que estava preso e que não via há 10 anos, porque não aprovava sua vida errada, Vera a Catequista, disse que iria juntar-se ao grupo que assiste os irmãozinhos de rua.
Quanto a mim, fiquei pensando nas motivações que tenho, para amar algumas pessoas, e desprezar outras, e no carro, indo para casa após a reflexão, balbuciei o canto do “Kirie”, clamando por misericórdia... Chorando a dor do meu pecado.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. A novidade de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
À luz da santidade de Deus, o trecho deste domingo do livro do Levítico interpela o povo de Deus a tirar as consequências para a vida de sua vocação à santidade. É em relação ao próximo que essa vocação se realiza. “Próximo”, aqui, é o membro do povo de Deus (cf. Lv 19,18).
O reconhecimento da santidade de Deus implica da parte do povo de Deus atitudes em relação ao próximo: não permitir que o ódio e o desejo de vingança tomem conta do coração e sejam a motivação de uma ação em relação ao próximo; ao contrário, a atitude que deve caracterizar a relação entre os membros do povo de Deus é o amor.
O texto do evangelho deste domingo parte do longo “sermão da montanha” (Mt 5–7), apresenta duas antíteses, entre outras presentes no capítulo 5 do primeiro evangelho (vv. 21-26; 27-32; 33-37; 38-42; 43-48), que dão conteúdo ao que significa a justiça dos discípulos, a qual deve superar a dos escribas e fariseus (cf. Mt 5,20).
Na primeira antítese de nosso trecho, trata-se de superar a lei do talião (talis = tal). Em resumo, a lei do talião era a reparação exigida do criminoso e devia ser proporcional ao mal causado por ele a alguém. Para os discípulos de Jesus, essa superação da lei do talião exige a capacidade de perdoar, assim como do alto da cruz, no mais absoluto abandono, Jesus o fez: “Pai, perdoai-lhes…” (Lc 23,33).
“Não resistir ao malvado” significa não se deixar levar pela sede de vingança, não pagar o mal com o mal. A antítese seguinte (vv. 43-48) amplia em muito a exigência do amor. A “nova justiça” exige o amor aos inimigos. É a atitude própria de quem é misericordioso (cf. Mt 5,7) e promove a paz (cf. Mt 5,9).
A conclusão do conjunto das antíteses (v. 48) pode servir à conclusão de todas as demais: a perfeição de Deus está na universalidade de seu amor. O amor de Deus não tem nenhum tipo de fronteira. Sendo assim, o povo de Deus deve, na sua vida, imitar o modo como ele é amado por Deus.
É no amor, do qual o perdão é um imperativo, que se realiza a justiça superior exigida dos discípulos.
ORAÇÃO
Pai, cria em mim um coração dócil ao Espírito, modelando-o segundo o teu modo de ser, e coloca-me no caminho da verdadeira perfeição
3. PERFEITOS COMO O PAI CELESTE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O modelo de perfeição apresentado por Jesus a seus discípulos visava preservá-los da mediocridade em que viviam tantas pessoas religiosas da época. Satisfeitas consigo mesmas, julgavam ter alcançado toda a perfeição possível a um ser humano. Em geral, tais pessoas estão sempre a um passo da soberba e, se auto-comparando com as demais, julgam-se superioras a todas.
Tendo Deus como modelo de perfeição, o discípulo não é exortado a ser tornar um outro deus e sim a ter sempre diante de si as virtudes próprias de Deus, deixando-se guiar por elas. Com isso, estará em condições de cultivar ideais mais elevados, sem correr o risco de se tornar mesquinho. Por outro lado, haverá de cultivar sempre a humildade, ao tomar consciência do quanto está longe da perfeição divina. Deixar-se dominar pelo desânimo seria uma atitude inconveniente ao discípulo, uma vez que desconfia de sua capacidade pessoal de seguir adiante. Isto não corresponde ao desejo de Jesus.
A busca da perfeição, inspirada em Deus, acontece na obediência ao mandato de Jesus. Entretanto, ela será infrutífera se o discípulo pretender alcançá-la por própria iniciativa, excluindo qualquer ajuda.
A perfeição é uma ação de Deus no coração do discípulo. Quanto maior for sua docilidade, tanto mais o Espírito poderá conformá-lo como o modo de ser divino.
Oração
Pai, cria em mim um coração dócil ao Espírito, modelando-o segundo o teu modo de ser, e coloca-me no caminho da verdadeira perfeição.

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