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terça-feira, 10 de junho de 2014

ACIDENTE NA OBRA DO MONOTRILHO NÃO DEVE GERAR MAIS ATRASOS,DIZ GOVERNADOR ALCKMIN.


Governador de SP cobrou apuração rigorosa após queda de viga.
MP e polícia investigam as causas do acidente que matou um operário.

Do G1 Ribeirão e Franca
Governador Geraldo Alckmin durante visita a Barretos nesta terça-feira (10) (Foto: Fernanda Testa/G1)Governador Geraldo Alckmin durante visita a
Barretos nesta terça (Foto: Fernanda Testa/G1)
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na tarde desta terça-feira (10) em Barretos (SP) que espera uma “apuração rigorosa” sobre as causas da queda de uma viga da obra do monotrilho, que matou um operário e feriu outros dois na tarde de segunda-feira (9) na Zona Sul da capital paulista.  O governador disse também que o acidente não deve atrasar o andamento das obras.
A Polícia Civil de São Paulo investiga três hipóteses para tentar explicar a queda da viga. O caso foi registrado como homicídio e lesão corporal culposos (sem intenção). A investigação policial quer saber se houve imperícia, imprudência ou negligência na colocação da estrutura de cerca de 90 toneladas que despencou. O Ministério Público Estadual vai instaurar inquérito para apurar a situação da obra, se ela oferece segurança ou não.
Durante visita a Barretos, Alckmin afirmou que um processo de sindicância já está aberto. “O consórcio [Monotrilho Integração] é responsável pela segurança da obra e já foi instaurada apuração rigorosa para verificar a razão do acidente”, disse. O Governador afirmou que o Estado presta atendimento à família do operário morto e dos outros dois trabalhadores que ficaram feridos na queda da viga.
Alckmin disse também que o acidente não deve atrasar o andamento das obras. Durante seu anúncio, foi cogitada a possibilidade de a obra ser entregue durante a Copa do Mundo, mas atrasos impediram a conclusão. A previsão é que o monotrilho seja entregue até o fim de 2014.

Queda de uma viga em uma obra do monotrilho da Linha 17 Ouro do Metrô, deixa uma pessoa morta e outras duas feridas, na Avenida Washington Luís, zona sul de São Paulo (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press)Queda de uma viga em uma obra do monotrillho
deixa um morto e dois feridos
(Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press)
Operário morto
Segundo a investigação, outros operários teriam visto o momento em que um lado da viga se movimenta sobre uma coluna, se deslocando e caindo primeiro. Depois, o outro lado da viga onde estavam operários teria deslizado, atingindo Juraci Cunha dos Santos, de 27 anos. Ele fazia ajustes na viga e ficou prensado entre com a pilastra, morrendo no local. A vítima fatal era do Piauí (PI) e trabalhava havia um ano na empresa.
Os dois operários feridos no acidente são Carlos Vieira de Souza e Manoel Cristiano da Silva. Eles também estavam em cima da viga no momento que ela despendou. Um deles ficou pendurado. Carlos teria sido levado ao Hospital Saboya, e Silva para o Hospital da Luz. As unidades médicas ficam na Zona Sul. Segundo os bombeiros, os dois machucados estavam em estado grave.

O consórcio informou que esses funcionários que se feriram no acidente foram socorridos, mas não correm risco de morte. Imagens de uma câmera de segurança gravaram o momento da queda da viga da obra do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô.
Investigação
A Polícia Civil de São Paulo investiga três hipóteses para tentar explicar as causas da queda de uma viga da obra do monotrilho. O delegado Marcos Gomes de Moura, titular do 27º Distrito Policial, Campo Belo, informou nesta terça-feira ao G1 que também será apurada eventual responsabilidade pelo acidente com morte e lesões. “Tenho informação preliminar e não oficial de que parte do ferro que dava sustentação a viga se rompeu, mas isso ainda precisa ser apurado”, disse. 
Imagem mostra momento em que a viga despenca e mata operário em obra do monotrilho em São Paulo (Foto: Reprodução/GloboNews)Imagem mostra momento em que a viga despenca
(Foto: Reprodução/GloboNews)
Entre as questões que o delegado quer saber, estão, por exemplo, qual o tipo de material foi empregado na estrutura da viga, se a peça foi colocada corretamente, como foi encaixada e quem realizou esse procedimento. “Mas para isso precisamos ter noção de engenharia. Nesse caso, a investigação vai depender mesmo dos laudos técnicos que serão feitos pela Polícia Técnico-Científica”.
Ministério do Trabalho e Emprego
O Ministério do Trabalho e Emprego irá interditar o trecho da obra onde ocorreu o acidente, segundo informou o superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), Luiz Antônio Medeiros.
Ministério Público Estadual
O Ministério Público Estadual vai instaurar inquérito para apurar a situação da obra, se ela oferece segurança ou não. "O MPE vai pedir um laudo para atestar isso", disse o promotor de Habitação e Urbanismo, José Carlos de Freitas. "Se o laudo não apontar deficiência, ok, mas se apontar, poderá ser pedida a paralisação da obra".
Monotrilho
O Consórcio Monotrilho Integração é formado pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE Montagens e Projetos Especiais. O monotrilho é uma espécie de trem elevado, que transita num único trilho.

A linha 17 do monotrilho terá 18 km de extensão e ligará os bairros do Morumbi e Jabaquara, passando pelo Aeroporto de Congonhas. O primeiro trecho deverá ter 7,7 km e contará com as estações Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=8099599293330585123
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