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sexta-feira, 27 de junho de 2014

PROTESTOS TERMINAM EM CONFRONTO COM A POLÍCIA EM FORTALEZA-CE.

GREVES

Manifestação no Papicu teve dois trabalhadores feridos. Já no Pecém, foi contabilizado prejuízo de R$ 25 milhões


protestos
No Papicu, a manifestação dos trabalhadores da construção civil acabou em confronto com policiais nas proximidades de um shopping
FOTO: ÉRIKA FONSECA
Grevistas e policiais militares entraram em confronto, na manhã de ontem, na Capital e Região Metropolitana (RMF). O protesto, no Porto do Pecém, dos trabalhadores que atuam na construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) gerou prejuízos, e 65 manifestantes acabaram detidos. No Papicu, a manifestação dos trabalhadores da construção civil acabou em confronto com policiais nas proximidades do Shopping RioMar.
Na manifestação do Pecém, que começou por volta de 8h e se encerrou somente às 11h, segundo a Polícia Militar (PM), três carros da CSP foram queimados e mais de dez veículos foram depredados, inclusive um carro autobomba-tanque (de maior porte) do Corpo de Bombeiros, causando um prejuízo de R$ 25 milhões. Dois militares do Corpo de Bombeiros e um policial do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) ficaram feridos.
Segundo a PM, os manifestantes tentaram invadir a Companhia Siderúrgica do Pecém, e a Polícia precisou intervir, agindo na "legalidade, na razoabilidade e na proporcionalidade", para restabelecer a ordem e manter a segurança.
No Papicu, um manifestante quebrou o braço e outro a perna. Ambos foram encaminhados para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), segundo a Polícia. Um dos manifestantes foi detido durante o protesto, mas, após negociação, foi liberado no local.
Travadas
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem do Estado do Ceará (Sintepav-CE), Raimundo Nonato Gomes, as negociações travaram há 20 dias. "Estamos tentando de tudo. Abrimos um oficio no Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE). Mas, ainda ão tivemos resultados", explicou.

A assessoria do Sindicato da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF) diz que o diálogo foi interrompido após o sindicato patronal sair da mesa de negociação. Agora eles esperam o retorno das conversas.
Em nota, a Posco Engenharia & Construção do Brasil, empresa responsável pelas obras da CSP, diz entender que a greve é abusiva e ilegal, por não cumprir requisitos da Lei de Greve 7783/89. A empresa ressalta não ter sido notificada pelo Sintepav sobre possíveis falhas no cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), em nota, lamentou a postura violenta das manifestações do STICCRMF. Além disso, o sindicato impede as negociações ao insistir em uma pauta de reivindicações fora da realidade econômica, que inclui a criação de estacionamento nos canteiros de obra, auxílio combustível para veículos e outros benefícios que, somados, chegam a representar mais de 50% de reajuste.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=2977455181764378362

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