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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 24 DE AGOSTO DE 2014.

 São Bartolomeu, modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor
Neste dia, festejamos a santidade de vida de São Bartolomeu, apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na Bíblia é citado com o nome de Natanael (que significa dom de Deus). Os três Evangelhos sinópticos chamam-lhe sempre Bartolomeu ou Bar-Talmay (filho de Talmay em aramaico). Nasceu em Caná da Galiléia, naquela pequena aldeia onde Jesus transformou a água em vinho.
Bartolomeu é modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor, pois, assim encontramos no Evangelho de São João: “Filipe vai ter com Natanael e lhe diz: ‘É Jesus, o filho de José de Nazaré’”. Depois de externar sua sinceridade e aproximar-se do Cristo, Bartolomeu ouviu dos lábios do Mestre a sua principal característica: “Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento” (Jo 1,47).
Pertencente ao número dos doze, São Bartolomeu conviveu com Jesus no tempo da vida pública e pôde contemplar no dia-a-dia o conteúdo de sua própria profissão de fé: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. Depois da Paixão, glorificação do Verbo e grande derramamento do Espírito Santo em Pentecostes, conta-nos a Tradição que o apóstolo Bartolomeu teria evangelizado na Índia, passado para a Armênia e, neste local conseguido a conversão do rei Polímio, da esposa e de muitas outras pessoas, isto até deparar-se com invejosos sacerdotes pagãos, os quais martirizaram o santo apóstolo, após o arrancarem a pele, mas não o Céu, pois perseverou até o fim.
São Bartolomeu, rogai por nós!

24.08.2014
21º DOMINGO DO TEMPO COMUM — ANO A
VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "E vós, quem dizeis que seu sou?" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: .................
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo refletimos sobre a vocação para os ministérios e serviços na comunidade. Trata-se geralmente de leigos, servidores do amor, que se dedicam com afinco aos trabalhos pastorais. Sem esse batalhão de mulheres e homens engajados, a Igreja não teria braços suficientes para levar o Evangelho até os confins da terra.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Nós, cristãos, que constituímos parte da Igreja de Cristo e nos reunimos todos os domingos para a eucaristia, devemos ser os primeiros a perguntar-nos: “quem é Jesus para mim?”. Para responder, não será preciso procurar na memória alguma fórmula de catecismo, pois só pode responder a esta pergunta quem se encontrou com ele, quem fez uma experiência pessoal com ele. O encontro pessoal com Cristo é a resposta às nossas perguntas, e ele se dá através do testemunho dos cristãos, que devem despertar o interesse pela busca do Senhor.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, cantemos cânticos jubilosos ao Senhor!

QUEM É JESUS PARA NÓS
ATENÇÃO: Se desejar, você pode baixar o folheto desta missa em:

Folheto PULSANDINHO (Diocese de Apucarana-PR): ainda não publicado

Folheto "O POVO DE DEUS" (Arquidiocese de São Paulo):http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/sites/arquidiocesedesaopaulo.pucsp.br/files/48%2021%C2%BA%20DTC_0.pdf
Antífona da entrada: Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).
Oração do dia
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Ouçamos com atenção o apelo que a Palavra de Deus nos faz neste domingo, convocando- -nos a aprofundar nossa fé em Jesus Cristo.
Primeira Leitura (Isaías 22,19-23)
Leitura do livro do profeta Isaías.
22 19 “Depor-te-ei de teu cargo e arrancar-te-ei do teu posto.
20 Naquele dia chamarei meu servo Eliacim, filho de Helcias.
21 Revesti-lo-ei com a tua túnica, cingi-lo-ei com o teu cinto, e lhe transferirei os teus poderes; ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá.
22 Porei sobre seus ombros a chave da casa de Davi; se ele abrir, ninguém fechará, se fechar, ninguém abrirá;
23 fixá-lo-ei como prego em lugar firme, e ele será um trono de honra para a casa de seu pai”.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.

Salmo responsorial 137/138
Ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Completai em mim a obra começada!
Ó Senhor, de coração eu vou dou graças,
Porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
E ante o vosso templo vou prostrar-me.
Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
Porque fizestes muito mais que prometestes;
Naquele dia em que gritei, vós me escutastes
E aumentastes o vigor da minha alma.
Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres
E de longe reconhece os orgulhosos.
Ó Senhor, vossa bondade é para sempre!
Eu vos preço: não deixeis inacabada,
Esta obra que fizeram vossas mãos!

Segunda Leitura (Romanos 11,33-36)
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos.
11 33 Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos!
34 Quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi o seu conselheiro?
35 Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído?
36 Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém!.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.

Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja; e os poderes do reino das trevas jamais poderão contra ela! (Mt 16,18)

EVANGELHO (Mateus 16,13-20)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
16 13 Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?”
14 Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”.
15 Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?”
16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
17 Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.
18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
20 Depois, ordenou aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que, pelo sacrifício da cruz, oferecido uma só vez, conquistastes para vós um povo, concedei à vossa Igreja a paz e a unidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Com vossos frutos saciais a terra inteira: fazei a terra produzir o nosso pão e o vinho que alegra o coração (Sl 103,13ss).
Depois da comunhão
Ó Deus, fazei agir plenamente em nós o sacramento do vosso amor e transformai-nos de tal modo pela vossa graça, que em tudo possamos agradar-vos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
ORIENTALIUM ECCLESIARUM E UNITATIS REDINTEGRATIO:
Incentivo ao Ecumenismo
O Decreto Orientalium Ecclesiarum, numa estrutura muito simples, apresenta questões relacionadas com os ritos: a variedade de ritos não ameaça a unidade, ao contrário, enriquece a Igreja; com os direitos e obrigações das igrejas particulares; com o patrimônio espiritual da Igreja oriental, que deve ser conservado, pois enriquece a Igreja Universal; com os patriarcas; com a disciplona dos sacramentos, onde se reconhece a autoridade dos padres ortodoxos em ministrar sacramentos católicos e vice-versa; com o culto divino; e com a boa convivência entre todos os cristãos. (Darlei Zanon. Fonte: Palara ler o Concílio Vaticano II, Paulus 2012).
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto: http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 25 A 31 DE AGOSTO DE 2014:
2ª Vd - 2Ts 1,1-5.11b-12; Sl 95 (96),1-2a.2b-3.4-5 (R/. 3); Mt 23,13-22
3ª Vd - 2Ts 2,1-3a.14-17; Sl 95 (96),10.11-12a.12b-13 (R/. 13b); Mt 23,23-26
4ª Vd - 2Ts 3, 6-10.16-18; Sl 127(128), 1-2. 4-5 (R/. 1a); Mt 23, 27-32
5ª Vd - 1Cor 1, 1-9; Sl 144(145), 2-3. 4-5. 6-7 (R/. cf. 1b); Mt 24, 42-51
6ª Vd - Jr 1,17-19; Sl 70 (71),1-2.3-4a.5-6ab.15ab e 17 (R/. 15a); Mc 6,17-29
Sab Vd - 1 Cor 1,26-31; Sl 32(33), 12-13.18-198.20-21. (R. cf. 12b); Mt 25,14-30
Dom.-Vd: 22º DTC Jr 20, 7-9; Sl 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 8-9 (R/. 2b); Rm 12,1-2; Mt 16, 21-27 (Participar da cruz)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. QUEM É JESUS PARA VOCÊ?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Dia desses comentei em tom de brincadeira, com um agente pastoral da nossa paróquia, que precisamos fazer uma pesquisa junto à comunidade, para saber se ela está satisfeita com o nosso trabalho, afinal são nossos clientes e deveriam ser constantemente consultados, para saber se estamos atendendo suas necessidades espirituais e pastorais. A pessoa imediatamente retrucou, dizendo-me que este procedimento está relacionado com gestão e marketing, e que nós somos uma igreja e não uma empresa prestadora de serviço.
É verdade que somos uma igreja, que trabalha com a espiritualidade e transcendência, anunciando a salvação oferecida por Jesus, mas por outro lado, essa igreja está edificada no chão da história, trabalhando também com a realidade temporal, influenciando a história ou mesmo sendo influenciada por ela.
O nosso trabalho pastoral, seja ele prestado pelo leigo ou ministro ordenado, teria com certeza uma qualidade melhor, se procurássemos ouvir sempre as pessoas a quem servimos. Como está a minha celebração, o que achou da palestra, e o canto pastoral, os cantores e instrumentistas, o atendimento das pastorais e da secretaria, o pessoal da recepção, enfim, será que temos a humildade de ouvir aqueles a quem servimos para poder servir cada vez melhor? Ou somos avessas a qualquer crítica?
Na verdade, mais do que uma simples pesquisa, se tivermos um planejamento de trabalho, estabelecendo-se metas a serem alcançadas, e estarmos atentos aos resultados obtidos, a evangelização seria muito mais eficiente e com um alcance maior de pessoas. Comportamento de profissionais? Esta era uma palavra até evitada na comunidade, contudo, vivemos novos tempos em que a Igreja deve alinhar Espiritualidade e Profissionalismo em sua ação evangelizadora, caso contrário, estará se omitindo de sua missão primária, que é o anúncio querigmático.
Jesus de Nazaré, Nosso Senhor e Salvador, têm algo a oferecer aos homens, um produto de primeiríssima qualidade e de eficácia comprovada, o trabalho para o reino significa justamente dar acessibilidade à salvação, para toda humanidade, e a Igreja não deve trabalhar visando apenas uma fatia do mercado, ninguém deve ser privado deste anúncio e o envio missionário que Jesus faz aos discípulos é globalizante “Ide por todas as Nações...”.
No evangelho desse domingo, Jesus quer saber se a sua equipe de trabalho que ele próprio selecionou, está preparada para entrar em ação, e faz uma pesquisa sobre seu marketing pessoal, primeiramente ouvindo a opinião deles sobre o que as pessoas diziam a seu respeito. O resultado não desanima Jesus, as pessoas não veem nele nada de especial ou diferente, pois João Batista, Elias, Jeremias ou algum outro profeta de renome, eram pregadores do Messianismo, Jesus era apenas mais um entre eles, claro que esses nomes tinham fama entre o povo, mas Jesus apenas engrossava esta lista.
Qual a visão que as pessoas do bairro, têm da nossa comunidade onde somos a igreja? Temos algo novo a oferecer ou somos apenas mais um dentro do pluralismo religioso? O que as pessoas dizem do nosso modo de viver, de atuar e de celebrar a fé, fazemos a diferença ou o nosso testemunho passa despercebido?
Pedro falou pelo grupo e sua resposta deixou Jesus satisfeito, ainda havia muito a caminhar e aprender, mas para um começo aquilo estava de bom tamanho, os discípulos atenderam o chamado porque viam nele algo diferente “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo!”, para eles Jesus se distingue dos demais Messias que também pregavam. O grupo estava no caminho certo, Pedro abriu o coração e a mente para Deus, que se revela em Jesus de Nazaré: algo novo vai começar e Pedro demonstrou uma fé bem consistente a ponto de Jesus lhe confiar as “rédeas do seu negócio”, isto é, a Santa Igreja, e ainda lhe garante que a “Concorrência“ não terá contra ela a menor chance... Em uma palavra, o mal, presente na igreja, ou o mal fora dela, não conseguirá impedi-la de levar a bom termo à missão confiada pelo Senhor.
A orientação final, para que os discípulos não digam a ninguém que ele é o Messias, é válido também para nós, que vivemos em outro contexto, na pós-ressurreição, o anúncio do evangelho não passará de uma propaganda enganosa, se faltar-nos a coerência do discipulado, pois somente a vivência e o testemunho autêntico, como fermento na massa e sal do mundo, é que irá convencer as pessoas de que Jesus é o nosso único Deus e Senhor, Salvador e redentor do homem, o amor DIVINO encarnado entre nós e levado até as últimas consequências.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. A confissão de Pedro é revelação do Pai
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Cesareia de Filipe foi construída por Filipe, um dos filhos de Herodes, o Grande, na época do nascimento de Jesus. Aí se encontra uma das fontes do rio Jordão. Jesus sente e sofre pela rejeição da qual ele é vítima. Não obstante todo bem que realiza e toda vida que transmite por sua palavra, a incredulidade cega muitos de seus contemporâneos e os impede de reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus.
A dupla pergunta posta por Jesus aos seus discípulos tem um tom de verificação e revela a consciência de Jesus acerca dessa incompreensão que atinge também os Doze. A confissão de Pedro não é dada por herança, nem por uma faculdade racional; ela é revelação do Pai. É sobre essa fé, comparável a uma rocha inabalável, que a Igreja está fundada.
No entanto, a fé de Pedro precisará passar pela prova da paixão e morte do Senhor, e conhecer o dia radiante da ressurreição para poder ser plenamente vivida e testemunhada. Será preciso um longo itinerário de conversão para abrir-se à novidade do messianismo de Jesus.
ORAÇÃO
Pai, faze de mim um bem-aventurado, como o apóstolo Pedro, revelando-me teu Filho Jesus, e dando-me força para testemunhar minha fé até o fim.
3. QUEM SOU EU
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Esta narrativa da "confissão de Pedro" é encontrada nos três evangelhos sinóticos, de Marcos, de Mateus e de Lucas. Cada um destes evangelistas imprime uma característica pessoal à sua narrativa. Marcos, que é o primeiro dos evangelhos canônicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus encerra seu ministério entre os gentios da Galiléia e das regiões vizinhas, iniciando o caminho para Jerusalém, em ambiente de exclusividade judaica, onde se dará o confronto final com os chefes de Israel.
Marcos se preocupa em mostrar que Jesus rejeita o título messiânico, indicativo de ambição e poder, afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento é a sua vulnerabilidade à morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas. Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situação temporal do episódio narrado, colocando-o em um momento de oração de Jesus. Uma das características de Lucas é justamente registrar com freqüência estes momentos de oração. Lucas conclui sua narrativa, como Marcos, registrando a rejeição sumária de Jesus ao título messiânico.
No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas características dominantes. Mateus acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Mateus escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então freqüentavam. Mateus pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus.
Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Na menção às chaves do Reino dos Céus conferidas a Pedro, com o poder de ligar e desligar, podemos ver uma recorrência da atribuição das chaves do palácio de Davi a Eliacim, administrador real, que terá o poder de abrir e fechar (primeira leitura).
A revelação de Deus, atribuída a Pedro no texto de Mateus, ultrapassa as limitadas formulações da inteligência humana (segunda leitura). Porém, no ato de amor, à semelhança de Jesus, mergulha-se na própria vida divina e eterna.
Fonte:NPD Brasil/CBM.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=323733814258923801

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