Milke, de 5 anos, permaneceu a maior parte do tempo ao lado do caixão.
Não foi só a tristeza de amigos e familiares que chamou a atenção durante o velório da assistente social Maria Ribeiro da Silva Tavares, de 102 anos, que há mais de sete décadas prestava apoio para a ressocialização de detentos do regime semiaberto em Porto Alegre. No funeral, o cachorro adotado pela idosa, Milke, de 5 anos, permaneceu a maior parte do tempo ao lado do caixão, encolhido no carpete.
A voluntária morreu no domingo (21). Ela apresentava problemas respiratórios e estava internada há uma semana no Hospital Ernesto Dornelles.
O cão foi abandonado na porta da entidade quando era filhote. A predisposição inata em ajudar de Maria Tavares não falhou: ela acolheu o cãozinho. Ele passou a ser o companheiro inseparável da idosa nos últimos anos. Agora, o animal ficará sob os cuidados dos ex-detentos.
No bairro Teresópolis, Zona Sul de Porto Alegre, fundou o Patronato Lima Drummond foi fundada em 1942, onde prestava ações voltadas à recuperação dos detentos. Atualmente, Maria também estava sob os cuidados de detentos. O sepultamento está previsto para a manhã desta segunda-feira (22) no Cemitério Jardim da Paz.
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