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sábado, 4 de outubro de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 05 DE OUTUBRO DE 2014.

 Santa Maria Faustina Kowalska humilde e submissa à vontade de Deus
A misericórdia divina revelou-se manifestamente na vida desta bem-aventurada, que nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira de dez filhos de um casal pobre. Por isso, após dois anos de estudos, teve de aplicar-se ao trabalho para ajudar a família.
Com dezoito anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais disseram-lhe que nem pensasse nisso. A partir disso, deixou-se arrastar para diversões mundanas até que, numa tarde de 1924, teve uma visão de Jesus Cristo flagelado que lhe dizia: “Até quando te aguentarei? Até quando me serás infiel?”
Faustina partiu então para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1 de agosto de 1925. No convento tomou o nome de Maria Faustina, ao qual ela acrescentou “do Santíssimo Sacramento”, tendo em vista seu grande amor a Jesus presente no Sacrário. Trabalhou em diversas casas da congregação. Amante do sacrifício, sempre obediente às suas superioras, trabalhou na cozinha, no quintal, na portaria. Sempre alegre, serena, humilde, submissa à vontade de Deus.
Santa Faustina teve muitas experiências místicas onde Jesus, através de suas aparições, foi recordando à humilde religiosa o grande mistério da Misericórdia Divina. Um dos seus confessores, Padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas.
Santa Faustina sofreu muito por causa da tuberculose que a atacou. Os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938 sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje o Senhor me receberá”. E assim aconteceu.
Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.
Santa Faustina, rogai por nós!


05.10.2014
27º Domingo do Tempo Comum — ANO A
VERDE, GLÓRIA, CREIO – III SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "A Igreja é a nova vinha do Senhor" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Iniciamos, irmãos e irmãs, o mês de outubro, dedicado a refletir sobre a importância da missionariedade na vida da Igreja. Por natureza, a Igreja é missionária. Ouviremos, no Evangelho, Jesus se apresentando como “pedra angular”, ou seja, pedra fundamental, onde se constrói a comunidade. Somos uma comunidade cristã, porque construímos nossa vida, nossa existência sobre Jesus Cristo. Ele é o primeiro missionário, enviado pelo Pai ao mundo, para aqui plantar um novo modo de ser e viver. Como comunidade, e comunidade alicerçada em Jesus Cristo, também somos seus discípulos missionários. E, como nos dirá São Paulo, o discípulo missionário é aquele que se ocupa com o que é verdadeiro, respeitável, puro, amável, honroso. Em suma: com aquilo que merece louvor.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: A liturgia utiliza a imagem da vinha para falar do amor de Deus e da missão de seu povo, que é convidado a corresponder com bons frutos. Hoje iniciamos o Mês das Missões, e o tema da Campanha Missionária deste ano é: “Missão para libertar”. Voltamos a refletir sobre o tráfico humano. Deus nos criou com a mesma dignidade e nos conduz para a liberdade.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A alegoria da vinha inaugura o tema das núpcias de Javé com Israel, tema que voltará frequentemente na literatura bíblica. Às vezes, Israel é designado como vinha, outras vezes, como a esposa acariciada e depois repudiada. Nesse cântico de Iasaías, as duas linhas se misturam perfeitamente, através de uma como que superposição de imagens. A intervenção do profeta lembra o papel do amigo do esposo. A figura da vinha, como aliás a da esposa, se tornam como que um exemplo da história da salvação, do modo de agir de Deus perante seu povo e o mundo inteiro. O amor de Deus pelos homens se revela de modo dramático, mas por fim é sempre o amor que triunfa sobre a recusa e a infidelidade do homem.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!

O JUÍZO DE DEUS SOBRE SEU POVO
Antífona da entrada: Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 13,9ss)
Oração do dia
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Sob a imagem da vinha, comum à primeira leitura e ao evangelho, a ideia central da palavra deste domingo é a transferência do Reino de Deus a seu novo Povo, a Igreja que se fundamenta como pedra angular; um povo que produz frutos para Deus. Ouçamos, com todo o coração, as leituras de hoje, que nos convocam à missão.
Primeira Leitura (Isaías 5,1-7)
Leitura do livro do profeta Isaías.
5 1 Eu quero cantar para o meu amigo seu canto de amor a respeito de sua vinha: meu amigo possuía uma vinha num outeiro fértil.
2 Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço.
3 E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha.
4 Que se poderia fazer por minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava vê-la produzir uvas, só deu agraço?
5 Pois bem, mostrar-vos-ei agora o que hei de fazer à minha vinha: arrancar-lhe-ei a sebe para que ela sirva de pasto, derrubarei o muro para que seja pisada.
6 Eu a farei devastada; não será podada nem cavada, e nela crescerão apenas sarças e espinhos; vedarei às nuvens derramar chuva sobre ela.
7 A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 79/80
A vinha do Senhor é a casa de Israel.
Arrancastes do Egito esta videira
e expulsastes as nações para plantá-la;
até o mar se estenderam seus sarmentos,
até o rio os seus rebentos se espalharam.
Por que razão vós destruístes sua cerca,
para que todos os passantes a vindimem,
o javali da mata virgem a devaste
e os animas do descampado nela pastem?
Voltai-vos para nós, Deus do universo!
Olhai dos altos céus e observai.
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
Foi a vossa mão direita que a plantou;
protegei-a, e ao rebanho que firmastes!
E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo,
e sobre nós iluminai a vossa face!
Se voltardes para nós, seremos salvos!
Segunda Leitura (Filipenses 4,6-9)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
Irmãos, 4 6 não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças.
7 E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.
8 Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.
9 O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos escolhi foi do meio do mundo, a fim de que deis um fruto que dure. Eu vos escolhi foi do meio do mundo. Amém! Aleluia, aleluia! (Jo 15,16).

EVANGELHO (Mateus 21,33-43)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus disse aos sumo sacerdotes e aos anciãos do povo: 21 33 "Ouvi outra parábola: havia um pai de família que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou um lagar e edificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país.
34 Vindo o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolher o produto de sua vinha.
35 Mas os lavradores agarraram os servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
36 Enviou outros servos em maior número que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo.
37 Enfim, enviou seu próprio filho, dizendo: ´Hão de respeitar meu filho´.
38 Os lavradores, porém, vendo o filho, disseram uns aos outros: ´Eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança!´
39 Lançaram-lhe as mãos, conduziram-no para fora da vinha e o assassinaram.
40 Pois bem: quando voltar o senhor da vinha, que fará ele àqueles lavradores?"
41 Responderam-lhe: "Mandará matar sem piedade aqueles miseráveis e arrendará sua vinha a outros lavradores que lhe pagarão o produto em seu tempo".
42 Jesus acrescentou: "Nunca lestes nas Escrituras: ´A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos?´
43 Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, o sacrifício que instituístes e, pelos mistérios que celebramos em vossa honra, completai a santificação dos que salvastes. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Bom é o Senhor para quem confia nele, para aquele que o procura (Lm 3,25).
Depois da comunhão
Possamos, ó Deus onipotente, saciar-nos do pão celeste e inebriar-nos do vinho sagrado, para que sejamos transformados naquele que agora recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
O próximo Sínodo dos Bispos
O Papa Francisco convocou a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, com o título: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”, para 05 a 19 de outubro de 2014. Sínodo dos Bispos é uma reunião de vários dias, convocada pelo Papa, com Bispos convidados do mundo todo, para tratar de determinado assunto da Igreja, de doutrina ou de pastoral (família, Eucaristia, sacerdotes, etc). Há os Sínodos ordinários a cada quatro anos e os extraordinários que o Papa convoca a qualquer tempo. Após o Sínodo, o Papa emite um documento chamado Exortação Apostólica, na qual resume e aprova as principais conclusões às quais os Bispos chegaram durante as reuniões.
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 6 A 12 DE OUTUBRO DE 2014:
2ª Vd - Jn 1,1-2,1.11; (Sl)Jn 2,2.3.4.5.8; Lc 10,25-37
3ª Br - Jn 3,1-10; Sl 129 (130); Lc 10,38-42
4ª Vd - Jn 4,1-11; Sl 85(86); Lc 11,1-4
5ª Vd - Ml 3,13-20a; 1,1-2.3.4; Lc 11,5-13
6ª Vd - At 1,12-14; (Sl) Lc 1,46-478; Lc 1,26-38
Sb Vd - Jl 4,12-21; Sl 96 (97); Lc 11,27-28
Dom.-Br: 28º DTC. N.S. APARECIDA, Est 5,1b-2; 7,2b-3; Sl 44 (45); Ap 12,1.5.13a.15-16a ; Jo 2,1-11 (Bodas de Caná)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. OS FRUTOS DA VINHA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Recorro a lembranças da minha adolescência ao iniciar esta reflexão, tínhamos no fundo do quintal um belo caramanchão de maracujá que meu pai zelava com carinho, lembro que as flores muito bonitas e perfumosas, pareciam os cravos com que Jesus foi crucificado. Na época dos frutos nos deliciávamos com o suco que era uma gostosura e isso sem contar com a sombra fresca em dia de muito calor, onde tínhamos um velho banco de madeira sendo o local preferido para um descanso ou uma leitura.
Lendo esse evangelho e lembrando-se do meu pai, nas manhãs de verão, cavocando, podando, fazendo limpeza nas folhas do maracujeiro, reflito que é isso que Deus espera de cada um a quem, através do seu Filho, confiou a missão de cuidar do seu reino no meio dos homens. A liderança religiosa daquele tempo se esquivava dessa missão, e ainda aproveitava-se dela, para levar vantagem, isso é como se tivéssemos no quintal um maracujeiro que nos desse flores, folhas, sombra e frutos, sem que lhe déssemos qualquer atenção. Benefício sem dar nada em troca chama-se exploração.
É um pouco isso que acontece nos chamados crimes ambientais, onde o homem explora a natureza, tira dela todo lucro possível, e nada faz para restaurar a perda, daquilo que consumiu. Jesus confiou à igreja a missão de anunciar, e ser expressão do Reino de Deus, ele a arrendou, para que todos os batizados tomassem conta dela, cuidassem com carinho e produzisse os frutos que o mundo precisa.
A comunidade é essa vinha, como igreja ela é sinal e expressão do reino de Deus, a parábola fala que os vinhateiros homicidas, não só negaram dar os frutos aos enviados pelo proprietário, como também foram violentos para com eles, e quando acolheram acolherem o Filho, o fizeram com a intenção de matá-lo para se apossar da sua herança. “Em nossas comunidades cristãs, não espancamos ninguém, e muito menos matamos quem quer que seja” devem estar pensando os leitores, mínguem na comunidade quer apossar-se de algo que pertence a outro. Será que não?
Mas dá para se pensar que, matar alguém, nem sempre significa por um fim a sua vida biológica, podemos matar de muitas formas, desprezo, indiferença, preconceito, divisões, intrigas, calúnias, falta de paciência, compreensão, moralismo exagerado com os que erram. Deus confiou-nos a Igreja para que, como aquele maracujeiro do fundo do meu quintal, ela produza frutos doces, dê sombra, acolhendo e abrigando as pessoas, exale o perfume do amor verdadeiro, da retidão e da justiça, para que a comunidade seja um Oasis no meio desse imenso deserto quente e íngreme, que às vezes é a vida das pessoas, por conta de tantos fatores sociais, econômicos e familiares.
Nesse sentido, olhando por esse ângulo, a palavra de Deus nos questiona se em nossas comunidades as pessoas saem saciadas e felizes. Será que, pertencer a comunidade ou ir a nossas celebrações, é para as pessoas motivo de alegria e prazer? E trazendo a reflexão em nível pessoal, será que nós próprios somos uma videira viçosa, onde as pessoas encontram abrigo e refúgio? Nossos frutos são saborosos, as pessoas comentam sobre a doçura deles, ou trazem um azedume que gera maledicência e até reclamação?
Matar o Filho do Dono da vinha, é não anunciá-lo, não testemunhá-lo, esquecer seus ensinamentos e colocar em nossa vida outros valores e tendências ditadas pelo egoísmo. Na sexta feira santa da paixão, uma grande multidão sempre lota as igrejas e acompanha o Cristo morto, a gente se pergunta por que, e nesse evangelho encontramos a resposta, as vezes somos também meio homicidas e anunciamos um Cristo morto, em nome da modernidade, da ciência, da tecnologia, um Cristo morto pelo relativismo, em lugar de ser simples arrendatários muitas vezes nos achamos donos da vinha que é a igreja, é como se o cristianismo fosse apenas uma filosofia de vida, um pensamento e uma ideologia muito bonita, mas que logo é sufocada pelas ideologias que o mundo nos propõe.
O proprietário enviou servos para buscarem os frutos que lhe pertencem, enviou seu próprio Filho que veio para ser acolhido e nos ensinar como produzir os frutos. Estamos em um aprendizado constante com a sua palavra e a eucaristia, temos aulas práticas e o manual de como cuidar da Vinha, que é a Palavra de Deus. Esforcemo-nos para corresponder, e não deixemos que as pragas do pecado destruam ou torne inexpressiva a Vinha do Senhor, pois disso, nós todos, enquanto povo de Deus, iremos um dia prestar contas ao proprietário, que nos confiou sua vinha, seu reino, plantado por Jesus no meio dos homens.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. História do amor de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
A liturgia da palavra deste vigésimo sétimo domingo do Tempo Comum trata de dois aspectos paradoxais: de um lado, o cuidado e proteção de Deus a seu povo e, de outro, a infidelidade do povo a esse imenso amor de Deus. No centro do texto do profeta Isaías, encontramos esta pergunta comovente de Deus: “O que mais eu devia fazer por minha vinha que eu não tenha feito?” (v. 4). No trecho de Isaías como no de Mateus, encontramos duas parábolas da vinha.
A parábola presente no primeiro evangelho é inspirada pela parábola do capítulo quinto de Isaías. Nos quase oito séculos que separam um texto do outro, a situação praticamente não mudou: Deus continua fiel e amando o seu povo, mas o povo continua afundando na areia movediça da ingratidão e da infidelidade.
Ao ler esse trecho de Isaías, tem-se a impressão de que o autor faz uma releitura da criação e do pecado da humanidade (Gn 1–3). Deus plantou uma vinha para que ela pudesse dar frutos. Deus criou a humanidade e elegeu o seu povo para que pudesse viver no seu amor e corresponder a ele por uma vida santa. Mas isso não aconteceu; o fruto não foi o esperado. Muitos dentre os membros do povo de Deus perverteram a justiça e se deixaram seduzir pelo mal (cf. Is 5,20).
O evangelho de hoje também é, através da linguagem própria à parábola, história do amor de Deus. Mas a menção da rejeição e morte do filho do dono da vinha dá à parábola um alcance cristológico. No Antigo Testamento, a vinha é símbolo do povo de Deus (cf. Is 5,7), povo que Deus criou e escolheu e que Ele cuida com amor, como vimos na leitura de Isaías. Entre os membros do povo de Deus, há aqueles que Deus escolheu para, em seu nome, cuidarem e protegerem o povo que a Deus pertence.
Nossa parábola denuncia, em primeiro lugar, aqueles que, ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar da vinha do Senhor. Para isso, rejeitaram todos os que foram enviados por Deus para alertá-los e exortá-los à fidelidade. Trata-se de uma menção ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo lugar, e essa é a intenção mais importante da parábola, ele faz o leitor compreender que a morte de Jesus foi premeditada e é fruto da ganância, da maldade deliberada dos chefes do povo (cf. vv. 38-39).
Apesar do v. 42, a parábola não possui um juízo condenatório; ela é, isso sim, um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus, a viver em conformidade com esse dom e, nele, produzir bons frutos.
ORAÇÃO
Pai, transforma-me numa vinha fecunda onde encontres os frutos de amor, justiça e solidariedade tão esperados. Que eu jamais te decepcione, levando uma vida estéril.
3. QUANDO SE AGE DE FORMA INSENSATA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A relação entre Jesus e a liderança judaica de sua época foi muito tensa e problemática. O Mestre se dava conta da profunda rejeição de que era vítima. Percebia que seus adversários opunham-se à sua pregação. Diante disto, era inútil esperar deles uma mudança de mentalidade que os direcionasse para o Reino.
Jesus questionou a indisposição dos sacerdotes e dos anciãos do povo contra ele. A parábola da vinha mostra que eles herdaram uma mentalidade muito antiga em Israel. Há muito tempo, Deus vinha esperando de seu povo atitudes compatíveis com sua fé. Os servos, enviados para receberem o lucro devido aludem aos que, ao longo dos tempos, tinham vindo em nome de Deus, para conclamar o povo para a conversão e exigir uma mudança radical de vida. Contudo, foram rejeitados. O envio do filho, identificado com Jesus, foi a última tentativa por parte do dono da vinha. O fato de ser o herdeiro da vinha teve seu peso: também ele foi assassinado.
A recusa resultou em aniquilação dos primeiros arrendatários e a cessão da vinha a outro povo que a fizesse frutificar. A insensatez dos líderes do tempo de Jesus custou-lhes caro. Eles não perceberam que era preciso agir logo e dar frutos, antes que fosse tarde demais. A tolerância divina teve seus limites.
Oração
Senhor Jesus, que eu seja suficientemente sensato para produzir os frutos que tu esperas de mim.Fonte:NPD Brasil/CBM.
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