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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 19 DE OUTUBRO DE 2014.

 São Paulo da Cruz profundo devoto da Sagrada Paixão
Nasceu em Ovada (Itália) em 1694, de piedosos pais, que muito educaram o filho no Cristianismo. Foi o segundo de 16 filhos. Quando jovem de oração e contemplativo, fez uma aliança com colegas, a fim de meditarem a Paixão e morte de Jesus.
De início, trabalhou com o pai e não sentia o chamado ao sacerdócio, mas, ao apostolado. Aos 19 anos, ouvido uma exortação do pároco, sentiu-se profundamente comovido e resolveu entregar-se inteiramente ao serviço de Deus. Assim, partilhou com um Bispo, o impulso de propagar a devoção à Paixão e morte daquele que morreu por amor à humanidade e salvação de cada um.
Enviado pelo Bispo, tornou-se instrumento de conversão para milhares, até que o Bispo ordenou-o sacerdote e, mais tarde, o Papa deu a licença para aceitar candidatos em seu Noviciado.
Nasceu desta maneira a Congregação dos Padres Passionistas, com a finalidade de firmar nos corações dos fiéis um grande amor à Paixão e morte de Nosso Senhor, através das missões populares. Além da Congregação dos Passionistas, fundou também um instituto feminino de estrita clausura: as Irmãs Passionistas.
Profundo devoto da Sagrada Paixão, o fundador São Paulo da Cruz desde que começou o apostolado sozinho não abandonou o hábito preto, a cruz branca e as duras penitências, como se alimentar de pão e água e dormir no chão. Depois de muito evangelizar (também através de seus muitos escritos) e alcançar milagres para o povo, associou-se à Cruz e à Nossa Senhora das Dores, para entrar como vitorioso no Céu em 1775, somando 81 anos de idade. O Papa Pio IX canonizou-o em 1867. O seu corpo venera-se na basílica dos santos João e Paulo.
São Paulo da Cruz, rogai por nós!


19.10.2014
29º Domingo do Tempo Comum — ANO A
VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO )
__ “A César o que é de César, mas a Deus o que é de Deus!” __
Dia Mundial das Missões
Dia da Infância Missionária
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Sabemos que muitas páginas foram escritas sobre o poder na história da humanidade. Poder usado para construir história e poder mal utilizado que destruiu milhões de vidas humanas, civilizações e culturas. Dizem os historiadores que o poder é enfeitiçante e os psicólogos alertam que o poder pode tornar-se patológico. Muitos dão tudo para ter mais poder e tantos o constroem na base da força. Até mesmo a Igreja, como é do nosso conhecimento, escreveu páginas violentas para aumentar seu poder temporal. Foram em outros tempos, mas seja de lição e memória, pois a missão da Igreja não consiste em disputar poder, mas em cultivar o Reino de Deus no mundo de modo profético, lembrando ao poder político que não é dono do povo, mas servidor do mesmo. Neste mês dedicado às missões, celebramos hoje o Dia Mudial das Missões e da Infância Missionária.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo, Dia Mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária, além de nossa contribuição concreta nas coletas, a Igreja nos pede que assumamos a missão como compromisso batismal para todos os dias. Lembremo-nos de que se encerra hoje, em Roma, o Sínodo dos Bispos sobre “Os Desafios Pastorais da Família no Contexto da Evangelização”. Agradeçamos a Deus pelo Sínodo e rezemos para que as famílias tenham a iluminação do Espírito para enfrentarem os desafios do nosso tempo.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Diversas, e às vezes divergentes, são as interpretações dadas à célebre frase-resposta de Jesus aos que queriam armar-lhe uma cilada: uma frase de efeito, como que evasiva, com a qual Jesus responde sem se perturbar; uma resposta irônica, como se Jesus quisesse dizer: só quando se tem que pagar os impostos aparece o problema da consciência; uma definição precisa dos limites do campo e das relações recíprocas entre Estado e Igreja. De qualquer modo, é claro que o que importa é o reino de Deus. É o único absoluto a ser buscado. Jesus veio pregar o reino; esta é a realidade fundamental e clara. Diante deste anúncio, tudo passa para segundo plano. Com isto, Jesus não quer negar a função de César, mas quer atingir seus adversários que não compreenderam sua missão e esquecem a questão decisiva.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!

DAI A CESAR O QUE É DE CESAR...
Antífona da entrada: Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Do ponto de vista missionário Deus envia um rei pagão, Ciro, para libertar e salvar o povo da escravidão. Paulo ensina que a missão de pregar o Evangelho é resposta à açao do Espírito Santo na vida do evangelizador. Jesus mostra a importância da fidelidade à missão para não se deixar levar pela manipulação dos fariseus e nem pela lógia política de César. Abramos nossos corações às leituras sagradas, a fim de discernir como melhor servir a Deus e atuar de forma coerente nas estruturas sociais e políticas deste mundo.
Primeira Leitura (Isaías 45,1.4-6)
Leitura do livro do profeta Isaías.
45 1 Eis o que diz o Senhor a Ciro, seu ungido, que ele levou pela mão para derrubar as nações diante dele, para desatar o cinto dos reis, para abrir-lhe as portas, a fim de que nenhuma lhe fique fechada:
4 "É por amor de meu servo, Jacó, e de Israel que escolhi, que te chamei pelo teu nome, com títulos de honra, se bem que não me conhecesses.
5 Eu sou o Senhor, sem rival, não existe outro Deus além de mim. Eu te cingi, quando ainda não me conhecias,
6 a fim de que se saiba, do levante ao poente, que nada há fora de mim. Eu sou o Senhor, sem rival";
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 95/96
Ó família das nações, daí ao Senhor poder e glória!
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Manifestai a sua glória entre as nações
e, entre os povos do universo, seus prodígios!
Pois Deus é grande e muito digno de louvor,
é mais terrível e maior que os outros deuses,
porque um nada são os deuses dos pagãos.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus.
Ó família das nações, ai ao Senhor,
ó nações, daí ao Senhor poder e glória,
dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!
Oferecei um sacrifício nos seus átrios.
Adorai-o no esplendor da santidade,
terra inteira, estremecei diante dele!
Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”,
pois os povos ele julga com justiça.
Segunda Leitura (1 Tessalonicenses 1,1-5)
Leitura da carta de são Paulo aos Tessalonicenses.
1 1 Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo. A vós, graça e paz!
2 Não cessamos de dar graças a Deus por todos vós, e de lembrar-vos em nossas orações.
3 Com efeito, diante de Deus, nosso Pai, pensamos continuamente nas obras da vossa fé, nos sacrifícios da vossa caridade e na firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, sob o olhar de Deus, nosso Pai.
4 Sabemos, irmãos amados de Deus, que sois eleitos.
5 O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Como astros no mundo, vós resplandeçais, mensagem de vida ao mundo anunciando; da vida a palavra, com fé, proclameis, quais astros luzentes no mundo brilheis (Fl 2,15s)

EVANGELHO (Mateus 22,15-21)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 22 15 reuniram-se então os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.
16 Enviaram seus discípulos com os herodianos, que lhe disseram: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens.
17 Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?"
18 Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: "Por que me tentais, hipócritas?
19 Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto!" Apresentaram-lhe um denário.
20 Perguntou Jesus: ´De quem é esta imagem e esta inscrição?"
21 "De César", responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons servindo-vos com liberdade, para que, purificados pela vossa graça, sejamos renovados pelos mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Filho do Homem veio dar a sua vida para a salvação dos homens (Mc 10,45).
Depois da comunhão
Dai-nos, ó Deus, colher os frutos da nossa participação na eucaristia para que, auxiliados pelos bens terrenos, possamos conhecer os valores eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
O Sínodo dos Bispos
O Papa Francisco convocou a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, com o título: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”, para 05 a 19 de outubro de 2014. Sínodo dos Bispos é uma reunião de vários dias, convocada pelo Papa, com Bispos convidados do mundo todo, para tratar de determinado assunto da Igreja, de doutrina ou de pastoral (família, Eucaristia, sacerdotes, etc). Há os Sínodos ordinários a cada quatro anos e os extraordinários que o Papa convoca a qualquer tempo. Após o Sínodo, o Papa emite um documento chamado Exortação Apostólica, na qual resume e aprova as principais conclusões às quais os Bispos chegaram durante as reuniões.
Dia Mundial das Missões
Neste ano, o Dia Mundial das Missões, 19 de outubro, está marcado por uma série de temas e eventos. Em Roma, o papa Francisco conclui a assembleia extraordinária do Sínodo dos bispos, que tratou dos “desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização”.
A família ocupa um lugar privilegiado no plano criador e salvador de Deus; ela é importante para a pessoa, a comunidade humana e para a própria Igreja e sua missão. Por isso, os problemas enfrentados pela família e o casamento interessam muito o trabalho evangelizador da Igreja.
Ela conta muito com a família no seu trabalho evangelizador; e os desafios da família precisam ser encarados com novo interesse. Foi o que o Sínodo tentou fazer durante essas últimas semanas. Os frutos aparecerão com o tempo e com a graça de Deus.
Neste mesmo dia, o papa Francisco beatifica Paulo VI, o grande papa que levou avante o Concílio Vaticano II e guiou a Igreja para colocar em prática as suas decisões. Foi também um papa missionário; é dele a Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, de 1975, que continua sendo uma referência importante para o trabalho missionário e evangelizador. Que ele interceda do céu pela Igreja dos nossos dias, que quer e precisa colocar-se “em estado permanente de missão”.
A Campanha Missionária tem como tema: “missão para libertar”. O Evangelho é anúncio de libertação de todas as opressões; neste ano, a Campanha da Fraternidade tratou do tráfico humano, que envolve em uma série de escravidões: trabalho escravo, crime organizado, redes de exploração da prostituição e da droga, comércio de órgãos humanos, aviltamento múltiplo da dignidade humana...
O trabalho missionário precisa denunciar constantemente essas formas de escravidão antiga e moderna. A acolhida do Evangelho não pode conviver com a humilhação e a vil exploração das pessoas. Que nossas comunidades sejam espaços de acolhida e amparo às pessoas escravizadas.
Neste Domingo, não deixemos de fazer a nossa oferta generosa na “coleta para as missões”, em todas as celebrações deste final de semana. Cardeal Odilo P. Scherer Arcebispo de São Paulo
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 20 A 26 DE OUTUBRO DE 2014:
2ª Vm - Rm 4,20-25; Lc 1,69-70; Lc 12,13-21
3ª Vm - 2Tm 4,10-17b; Sl144 (145); Lc 10,1-9
4ª Vd - Rm 6,12-18; Sl 123 (124); Lc 12,39-48
5ª Vd - Rm 6,19-23; Sl 1,1-2; Lc 12,49-43
6ª Vd - Rm 7,18-25a; Sl 118 (119); Sl Lc 12,54-59
Sb Vd - Rm 8,1-11; Sl 23 (24); Lc 13,1-9
Dom.-Vd: 30º DTC. Ex 22, 20-26; Sl 17(18); 1Ts 1, 5c-10; Mt 22, 34-40 (O maior mandamento)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O que é de Cesar, e o que é de Deus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Neste, evangelho, a resposta de Jesus “Dai a Cesar o que é de Cesar, dai a Deus o que é de Deus” precisa ser bem trabalhada para que não tiremos conclusões precipitadas. Os Fariseus tentaram colocar Jesus em uma “saia Justíssima”, se a sua resposta pendesse para um dos dois lados, os Sabichões ficariam com a “Faca e o Queijo” na mão, para o condenarem.
A resposta de Jesus, embora pareça pacificadora, é na verdade bem provocante, se considerarmos o fato de que ele quer ver a moeda que eles a apresentam, indagando-lhes de quem é a imagem nela gravada, neste detalhe está a chave para a compreensão do ensinamento.
Os Fariseus querem ser tão espertos, mas na verdade ajudam Jesus em uma aula prática quando apresentam e moeda e dizem que a imagem nela contida é de Cesar. A resposta de Jesus talvez os tenha decepcionado, estavam doidos para darem o “Bote”, mas novamente o Mestre tirou de letra não fazendo o “joguinho” do grupo Farisaico. Mas não podemos olhar para os Fariseus, lá longe na linha do tempo, precisamos prestar mais atenção á nossa postura na relação com as pessoas na comunidade, nas pastorais, nas reuniões do CPP ou do CPC, onde também ás vezes se fazem certas perguntas que só têm como objetivo condenar o outro.
A moeda traz a imagem de Cesar, o Imperador divino, que as pessoas no Império devem cultuar e adorar, é uma imagem que sinaliza domínio e poder sobre todas as pessoas.  Entretanto, o Ser Humano é a imagem e semelhança de Deus, Criador e Salvador, que ao contrário do Poder Imperial, nos promove e nos liberta, da condição de escravos á condição de filhos e Filhas de Deus, temos em nós a imagem libertadora e redentora do nosso Deus, carregamos essa marca desde o Batismo, onde fomos consagrados um dia ao Senhor.
Se os Fariseus fossem um pouco mais inteligentes teriam percebido que a resposta de Jesus foi exatamente uma dura crítica ao paganismo reinante no Império, acima de tudo Deus e nada pode querer estar acima dele. Nos dias de hoje, por acaso também não ocorre o mesmo? Somos todos, homens e mulheres marcados pela Vida que em Cristo Jesus Deus nos deu, entretanto, nos deixamos arrastar por outras imagens que o poder temporal grava em nós, nos seduzindo e nos fazendo escravos.
Jesus não nos quer cristãos alienados, sem compromisso com a ética, moral, política, ao contrário, nos quer como sementes na massa, testemunhas do seu santo evangelho. Exercer a nossa cidadania também é uma forma privilegiada de sermos cristãos, e se ainda houver dúvidas a este respeito, basta nos lembrarmos das palavras do Santo Padre o Papa Francisco que definiu a política como a mais autêntica e verdadeira expressão da caridade. Quem sonega no pagamento de impostos, quem se omite da questão política, é tão corrupto e culpado, como os governantes e legisladores desonestos.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Deus é único e fora Ele não há outro deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
A liturgia da palavra deste vigésimo nono domingo do Tempo Comum apresenta dois aspectos, a meu ver, essenciais para a vida cristã. O primeiro deles, a contar da leitura do profeta Isaías, é a necessidade de fazer uma leitura teológica da história, isto é, ver na história da humanidade a ação salvífica de Deus, pois ele age em meio às vicissitudes da vida e das pessoas. O segundo aspecto é o convite e a necessidade ao discernimento permanente, pois não há para Deus substituto e, por isso, ninguém que se compare a Ele. Deus é único e fora Ele não há outro deus (cf. Is 45,5).
O trecho do profeta Isaías nos remete ao final do século VI a.C. Período do retorno à Judá dos exilados na Babilônia, retorno patrocinado por Ciro, rei da Pérsia, em 538 a.C. A insistência em afirmar que Deus era o único Deus (vv. 5-6) remete o nosso texto a um risco que remonta aos tempos da escravidão no Egito e acompanha o povo de Deus ao longo de toda a sua existência; a saber, a dificuldade em compreender e aceitar que Deus era infinitamente diferente dos ídolos feitos por mãos humanas; que Ele era um Deus pessoal com quem podiam falar e ser ouvidos.
Não era um Deus estático, mas sim profundamente comprometido com a vida do povo que Ele escolheu. Não era de bronze nem de madeira, mas tinha sentimentos e olhos misericordiosos. O perigo era venerar Ciro como deus. Ora, Ciro era ungido de Deus (v. 1), através de quem Deus agiu para fazer o seu povo voltar à terra dada aos ancestrais de Israel (vv. 2-4). Onde o ser humano é libertado de sua escravidão, é Deus quem está na origem dessa libertação.
Os opositores de Jesus querem armar uma armadilha para pegá-lo em alguma palavra. Mas eles mesmos foram pegos pela cilada que prepararam contra Jesus. O leitor do evangelho sabe que o elogio que fazem a Jesus é verdadeiro, mas na boca deles é pura hipocrisia, pois não é, efetivamente, o que pensam de Jesus. Trata-se simplesmente de artimanha maléfica para enredá-lo. Mas Jesus não entra no jogo deles.
A alternativa apresentada para a resposta de Jesus é falsa. A imagem de César na moeda é que trazia problema. A moeda continha uma inscrição em que se afirmava que César Augusto era deus. César reivindicava ser adorado como deus. Se a moeda tinha a imagem de César, que os impostos fossem pagos a ele, no parecer de Jesus. Mas o ser humano é a imagem do Deus que o criou.
O ser humano pertence a Deus e não pode ser escravo do que ou de quem quer que seja. Daí que somente a Deus a vida do ser humano pode ser oferecida, qual um sacrifício vivo. A vida do ser humano pertence a Deus. Deus não está nem pode ser posto em concorrência com as coisas deste mundo.
ORAÇÃO
Pai, por reconhecer-te como centro de minha vida, ensina-me a submeter tudo a ti, e a rejeitar o que pretende polarizar minhas atenções.
3. COISAS LÍCITAS E ILÍCITAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Os fariseus buscavam, sem trégua, desacreditar Jesus diante do povo ou colocá-lo numa situação complicada, de modo a terminar encarcerado pelas tropas romanas. Uma declaração comprometedora saída de sua boca seria uma boa cilada. Por isso, enviaram para armar-lhe ciladas alguns de seus discípulos acompanhados de judeus partidários de Herodes, simpatizantes do poder romano. É bom recordar o ódio que os fariseus nutriam por estes dominadores estrangeiros.
Os emissários agiram com extrema esperteza: trataram Jesus de maneira cortês, louvando-lhe os ensinamentos e a coragem, vendo que não se deixava amedrontar por ninguém. Além disso, apresentaram-se como judeus piedosos, cheios de escrúpulos de consciência.
Propuseram ao Mestre a questão da liceidade ou não de pagar o tributo a César. Jesus, porém, deu-se conta da hipocrisia deles travestida de piedade. Por isso, ofereceu-lhes uma resposta que os deixou confundidos.
Em última análise, a resposta do Mestre serve ainda hoje para discernirmos o lícito e o ilícito. Qualquer coisa é lícita, desde que compatível com o projeto de Deus. O que fere este projeto é ilícito e deve ser rejeitado por quem aderiu ao Reino e procura pautar-se por ele.
Tomando Deus como ponto de referência, é possível determinar, em cada caso concreto, o que é ou não é permitido. Bastava, pois, que os emissários dos fariseus aplicassem este critério à questão do tributo a ser pago ao imperador romano.
Oração
Pai, por reconhecer-te como centro de minha vida, ensina-me a submeter tudo a ti, e a rejeitar o que pretende polarizar minhas atenções.Fonte:NPD Brasil/CBM
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