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domingo, 23 de novembro de 2014

LEWIS HAMILTON VENCE EM ABU DHABI E SE TORNA BICAMPEÃO MUNDIAL DE F-1.

Hamilton, que foi campeão em 2008, venceu pela 11ª vez em 2014 especialmente graças a uma grande largada

EFE/cbm
Emirados Árabes - O inglês, que foi campeão em 2008, venceu pela 11ª vez em 2014 - e a 33ª na carreira - especialmente graças a uma grande largada, na qual deixou Rosberg, que havia sido o pole position, para trás. Daí em diante, abriu uma vantagem suficiente para ser administrada nas 55 voltas no belo circuito de Yas Marina.
Quem também teve motivos para comemorar foi o brasileiro Felipe Massa, que chegou em segundo e deixou a esperança de render em 2015, com uma Williams cada vez mais promissora, melhor do que neste ano, quando foi superado na maioria das vezes pelo companheiro na equipe inglesa, o finlandês Valteri Bottas. Por sinal, Bottas ficou logo atrás do brasileiro, completando o pódio, após fazer corrida de recuperação. Em quarto chegou o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, e em quinto o inglês Jenson Button (McLaren), que pode ter feito sua despedida da Fórmula 1.
Hamilton não escondeu a alegria no pódio
Foto:  Reuters
O alemão Nico Hulkenberg (Force India), que teve corrida atribulada devido à perda de cinco segundos como punição por uma manobra em tentativa de ultrapassagem, chegou em sexto, seguido pelo companheiro de equipe, o mexicano Sergio Pérez. O alemão Sebastian Vettel (Red Bull) foi o oitavo colocado, logo à frente do espanhol Fernando Alonso, para cujo cockpit irá na Ferrari em 2015. Em décimo ficou o outro piloto da escuderia italiana, o finlandês Kimi Raikkonen.

Precisando chegar pelo menos em segundo lugar para ser campeão ainda que Rosberg vencesse a corrida no belo circuito de Yas Marina, Hamilton teve a largada de seus sonhos, ultrapassando o alemão e abrindo vantagem de 1s6 sobre ele após três voltas. Felipe Massa também levou a melhor contra seu companheiro de equipe, Valteri Bottas, pulando para terceiro. O finlandês, aliás, acabou superado por outros quatro carros, caindo para oitavo.
O cenário favorável a Hamilton só aumentou nas voltas seguintes. Na nona, a diferença para Rosberg chegou a 2s4, e a Mercedes aproveitou para autorizar sua primeira parada nos boxes, já que Massa, em bom ritmo, se aproximava. O trabalho no pit foi eficiente (2s7), e o inglês logo retomou a ponta, após o brasileiro (2s9) e o alemão (2s6) pararem. Enquanto isso, duas batalhas por posições chamavam a atenção. Nico Hulkenberg (Force India) acabou punido com a perda de 5s nos boxes após atingir o carro de Kevin Magnussen (McLaren) na disputa pelo quinto posto. E os ex-companheiros de Toro Rosso, Daniel Ricciardo (da Red Bull) e Jean-Éric Vergne, que vinham logo atrás, se engalfinharam a cada curva, para deleite dos espectadores.
Por fim, o australiano passou à frente. Na frente, Massa acelerava para tentar se aproximar das Mercedes, e não só seu carro mostrava rendimento superior ao do segundo colocado Rosberg, como o do alemão apresentava problemas no sistema de recuperação de energia (ERS), fazendo-o reclamar no rádio da equipe que tinha a sensação de perda de potência. A diferença entre os dois passou a cair abruptamente. Na 24ª volta, o alemão deu uma escapada que acabou sendo decisiva para que Massa encostasse de vez. E, na 27ª, o brasileiro o ultrapassou na reta principal, sem encarar resistência. Era a concretização do adeus das chances de Rosberg conquistar o título da temporada.
Na volta seguinte, o motor da Lotus de Pastor Maldonado, que vinha em 15º, estourou, e o venezuelano teve que abandonar a prova, com o carro pegando fogo. Nos boxes, os mecânicos não pareceram se incomodar - alguns até chegaram a aparecer rindo na transmissão oficial. Hamilton, sem a ameaça de Rosberg, começou a poupar seu carro, com aval da Mercedes. Com isso, Massa conseguiu tirar, em média, um segundo de atraso por volta, e centralizar as atenções na corrida. A essa altura, Rosberg já fazia as contas para saber em que posição teria que chegar para ser campeão em caso de abandono do companheiro de equipe. Chegou a perguntar a respeito pelo rádio, mas não obteve resposta. No momento, era o sétimo colocado. Não era suficiente. Massa, apostando na vitória, fez sua segunda parada e colocou pneus supermacios. Continuou o ataque a Hamilton, dividia a tela da transmissão com ele, mas não conseguiu encostar.
Além da dose de sorte pelo infortúnio de Rosberg, Hamilton venceu com autoridade, mostrando saber administrar a vantagem e poupar o carro quando foi preciso. E se em outros anos, mesmo após 2008, deixou-se levar por impulsos e teve prejuízos por más decisões, vem se consolidando como um piloto maduro, não apenas talentoso. Hoje com 29 anos, parece ter ainda um horizonte de longo prazo na elite da Fórmula 1. Quanto a Massa, o encerramento do ano foi positivo, e a expectativa para 2015 é de que, com uma Williams competitiva, possa voltar a vencer uma prova, o que não ocorre desde o dia 2 de novembro de 2008 - um amargo GP do Brasil no qual viu o senho do título escapar na última curva, para um tal Lewis Hamilton.
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