Definição da retomada da contribuição sobre o combustível deverá ser decidida pela nova equipe econômica
Há cerca de seis anos, a Cide foi retirada da lista de impostos que incidem sobre a gasolina e, calculada para cada litro do combustível, estava no patamar de R$ 0,28 na época
FOTO: NATASHA MOTA
Menos de um mês após o aumento no preço da gasolina - de 3% da Petrobras para as distribuidoras e 7% pelos postos -, os consumidores cearenses (assim como todos os brasileiros) já possuem motivos para esperar um novo baque no orçamento. Isso porque, de acordo com a edição publicada ontem pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro Guido Mantega (Fazenda) apresentou à presidente Dilma Rousseff um projeto que prevê o retorno da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina.
Sobre se o retorno da contribuição é realmente necessário, Costa disse preferir se abster, pois "é uma imposição do governo, independente se você gosta ou não dela". "É uma decisão da presidente, assim como na Justiça. A gente só resta acatar o que foi definido e pronto", completa o assessor do Sindipostos-CE.
Expectativa sobre o valor
Há cerca de seis anos a Cide foi retirada da lista de impostos que incidem sobre a gasolina - "ainda no início do primeiro governo Dilma" - e, calculada para cada litro do combustível, estava no patamar de R$ 0,28 na época.
A tendência, conforme publicou o periódico paulista ontem, é de uma volta parcial deste valor de 2008, caso a medida seja realmente aprovada.
Atualmente, o preço médio da gasolina nos postos do Ceará é de R$ 3,17 - o segundo mais caro do Nordeste, atrás apenas da Bahia (R$ 3,60). O aumento de mais de R$ 0,20 se deu após o anúncio da Petrobras no último dia 6 de novembro, no qual ela reajustou em 3% o preço do combustível das refinarias para as distribuidoras, o que, agora, pode ser ainda maior com a incidência da Cide.
Discussão com nova equipe
No entanto, a definição de que a contribuição será realmente efetivada sobre o combustível só virá a partir da próxima segunda-feira (1º de dezembro), quando a presidente Dilma Rousseff deve se reunir com a nova equipe econômica - já anunciada na semana passada. Caberá então ao novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, uma posição decisiva sobre a proposta entregue por Mantega na última terça-feira (25). Além dele, deverá ter papel importante na decisão Alexandre Tombini, que foi mantido como presidente doBanco Central - e esteve na reunião de entrega do projeto na terça, na companhia de Mantega e também do ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante.
Armando de Oliveira Lima
Repórter
Diário do Nordeste
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