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sábado, 31 de janeiro de 2015

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 01 DE FEVEREIRO DE 2015.

 Santa Veridiana - Uma peregrina da Igreja
Santa Veridiana era conhecida pela sua compaixão para com os mais pobres, oferecendo-lhes tudo que podia. Além das práticas de penitência que oferecia através de peregrinações.
Nasceu em Florença, em 1182, numa família nobre que respeitava as opções de Veridiana com relação a Deus. Ela trabalhou com um tio comerciante e o ajudou a administrar seus negócios, mas percebeu que sua vocação era muito mais do que administrar; era deixar que o próprio Deus cuidasse dela e de sua história.
Jovem de oração, de penitência e contemplação, priorizou a vontade do Senhor, por isso chegou a um ponto em que deixou tudo para seguir a vontade de Deus, trabalhando e servindo-O por meio dos pobres e peregrinos.
Na época em que administrava o comércio do tio, já ajudava os pobres. Mas, agora, ela se doava para os seus irmãos mais necessitados. Ficou gravemente ferida, quando, ao fazer uma peregrinação pelos túmulos de São Pedro e São Paulo, foi a pé e descalça pedindo esmolas. Santa Veridiana ofereceu todos esses seus sacrifícios pela conversão das pessoas.
Uma mulher possuída pelo Espírito Santo, foi dócil à vontade de Deus e viveu o restante de sua vida acamada, enferma, oferecendo-se ao Senhor, aconselhando muitas pessoas e intercedendo por todos. Seus alimentos eram pão e água.
Mulher penitente e feliz, viveu até os 60 anos de idade consumindo-se de amor a Deus para o bem dos irmãos.
Santa Veridiana, neste tempo marcado pelo hedonismo e pela busca desenfreada por prazeres, nos aponta, denuncia que não é este o caminho da felicidade, mas apenas um: Nosso Senhor Jesus Cristo.
Peça a intercessão dessa santa para que todos possam, na oração, na penitência, na doação ao irmão, encontrarmos a verdadeira felicidade.
Santa Veridiana, rogai por nós!


01.02.2015
4º Domingo do Tempo Comum — ANO B
VERDE, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Tu és o Santo de Deus" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Ainda em nossos dias, vemos pessoas admiradas com o ensinamento de Jesus porque é feito com autoridade. Contudo, o ensinamento de Jesus não é teórico, mas existencial. Ele ensina um estilo de vida: viver de acordo com o projeto de Deus e assumir o estilo de vida baseado no Evangelho. Assumir este ensinamento é encontrar a alegria de ser livre. Conhecemos o ensinamento de Jesus? Vivemos de acordo com o ensinamento de Jesus?.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: O ensinamento com autoridade e os milagres que libertavam do mal faziam de Jesus o sinal do amor de Deus pela humanidade. Celebremos a Eucaristia com o fervor dos que acreditam na Redenção.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A liturgia deste domingo lança a pergunta: quem é Jesus para mim? A esse interrogante não existe subterfúgio, pois é uma inquietação que interpela a todos. O conhecimento que Jesus quer que tenhamos dele é mais profundo. Tal conhecimento provém de uma grande proximidade e de uma experiência vivencial. A nossa Liturgia nos garante que Deus não se conforma com os projetos de egoísmo e de morte que invadem o mundo e que escravizam os homens, e afirma que Ele encontra formas de vir ao encontro para lhes propor um projeto de liberdade e de vida plena. Elevamos o nosso coração numa reta vontade de não nos perder em distrações, para que não ocorra que nos peça contas por não ter escutado a sua Palavra, devido às impurezas de coração.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo entoemos alegres cânticos ao Senhor!

TU ÉS O SANTO DE DEUS!

Antífona de entrada:
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome nos gloriemos em vosso louvor (Sl 105,47)
Oração do dia
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Um novo profeta se faz presente entre nós. Ele foi prometido por Deus a Moisés e tem nos lábios e no coração a Palavra de Deus. Este profeta, qual novo Moisés, liberta-nos do mal com a força de sua Palavra e traz consigo um ensinamento novo, feito com autoridade, inspirador de um estilo de vida diferente. Ele se chama Jesus. Ouçamos as leituras com o fervor e a esperança dos que se libertaram ao ouvirem a palavra de Jesus.
Primeira Leitura (Deuteronômio 18,15-20)
Leitura do livro do Deuteronômio.
Moisés falou ao povo, dizendo: 18 15 “O Senhor, teu Deus, te suscitará dentre os teus irmãos um profeta como eu: é a ele que devereis ouvir.
16 Foi o que tu mesmo pediste ao Senhor, teu Deus, em Horeb, quando lhe disseste no dia da assembléia: ‘Oh! Não ouça eu mais a voz do Senhor, meu Deus, nem torne a ver mais esse fogo ardente, para que eu não morra!’
17 E o Senhor disse-me: ‘está muito bem o que disseram;
18 eu lhes suscitarei um profeta como tu dentre seus irmãos: pôr-lhe-ei minhas palavras na boca, e ele lhes fará conhecer as minhas ordens.
19 Mas ao que recusar ouvir o que ele disser de minha parte, pedir-lhe-ei contas disso.
20 o profeta que tiver a audácia de proferir em meu nome uma palavra que eu lhe não mandei dizer, ou que se atrever a falar em nome de outros deuses, será morto”.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 94/95
Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus!
Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o rochedo que nos salva!
Ao seu encontro caminhemos com louvores
e, com cantos de alegria, o celebremos!
Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,
as ovelhas que conduz com sua mão.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:
“Não fecheis os corações como em Meriba,
como em Massa, no deserto, aquele dia,
em que outrora vossos pais me provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras”.
Segunda Leitura (1 Coríntios 7,32-35)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
7 32 Irmãos, eu gostaria que estivésseis livres de preocupações. O homem não casado é solícito pelas coisas do Senhor e procura agradar ao Senhor. 33 O casado preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar à sua mulher, 34 e, assim, está dividido. Do mesmo modo, a mulher não casada e a jovem solteira têm zelo pelas coisas do Senhor e procuram ser santas de corpo e espírito. Mas a que se casou preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar ao seu marido. 35 Digo isso para o vosso próprio bem e não para vos armar um laço. O que eu desejo é levar-vos ao que é melhor, permanecendo junto ao Senhor, sem outras preocupações.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
O povo que jazia nas trevas viu brilhar uma luz grandiosa; a luz despontou para aqueles que jaziam nas sobras da morte (Mc 4,16).

EVANGELHO (Marcos 1,21-28)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
1 21 Dirigiram-se para Cafarnaum. E já no dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e pôs-se a ensinar.
22 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
23 Ora, na sinagoga deles achava-se um homem possesso de um espírito imundo, que gritou:
24 "Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!
25 Mas Jesus intimou-o, dizendo: "Cala-te, sai deste homem!"
26 O espírito imundo agitou-o violentamente e, dando um grande grito, saiu.
27 Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade; além disso, ele manda até nos espíritos imundos e lhe obedecem!"
28 A sua fama divulgou-se logo por todos os arredores da Galiléia.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Para vos servir, ó Deus, depositamos nossas oferendas em vosso altar; acolhei-as com bondade, a fim de que se tornem o sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! (Sl 30,17s)
Depois da comunhão
Renovados pelo sacramento da nossa redenção, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da salvação eterna nos faça progredir na verdadeira fé. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 02 A 08 DE FEVEREIRO DE 2015:
2ª Vd - Ml 3,1-4; Sl 23; Hb 2,14-18; Lc 2,22-40
3ª Br - Hb 12,1-4; Sl 21; Mc 5,21-43
4ª Vd - Hb 12,4-7.11-15; Sl 102; Mc 6,1-6
5ª Br - Hb 12,18-19.21-24; Sl 47; Mc 6,7-13
6ª Vd - Hb 13,1-8; Sl 26; Mc 6,14-29
Sb Vd - Hb 13,15-17.20-21; Sl 22; Mc 6,30-34
Dom. Vd -: 5º DTC: Jó 7,1-4.6-7; Sl 146(147); 1Cor 9,16-19.22-23; Mc 1,29-39 (Curas na Galiléia)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. CALA-TE E SAI DELE!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A primeira bicicleta que ganhei, aos oito anos, tinha duas rodinhas de sustentação para facilitar o equilíbrio no aprendizado, e o futuro ciclista deveria fazer de conta que elas não existiam, para que o treinamento surtisse efeito. Por puro comodismo comecei a me exibir para os familiares, imprimindo velocidade nos pedais e até largando das mãos, para mostrar que estava seguro, mas na verdade colocava toda minha segurança nas rodinhas auxiliares, que não deixavam a bicicleta cair em minhas arrojadas manobras.
A turma me olhava com uma pontinha de inveja, quando eu passava “esnobando” com a bicicleta, meus familiares sentiam-se orgulhosos e tudo ia bem até que apareceu um chato, um estraga-prazer de nome Odair, colega de escola, garoto de grande vivacidade e inteligência, que me desafiou. “Ah quero ver você andar sem essas rodinhas aí...!”.
Tentei em vão argumentar, que as rodinhas não eram importantes, mas o Odair pegou de brabo e comentou com a turma, que eu não sabia andar coisa nenhuma, e que só estava enganando a todos. Lembro-me que fiquei quase duas semanas de “beiço caído” sem falar com ele, entretanto, com o passar dos dias fui vendo que tinha razão, se não tivesse coragem de tirar as rodinhas auxiliares, nunca iria aprender de verdade, a andar de bicicleta, porque a minha habilidade de ciclista não passava de uma mentira.
Essa é exatamente a missão do profeta: denunciar todas as nossas falsas seguranças, mostrando-nos a verdade que tem de ser buscada e cultivada, em nossa relação com Deus e com os irmãos, para que a nossa vida de cristãos não seja uma grande mentira em uma religião só de aparência.
No Antigo Testamento os profetas lembravam ao povo a fidelidade à aliança, toda vez que dela se afastavam. A Palavra de Deus manifestada através de Moisés, antes de ser uma norma rígida era um dom, pois oferecia orientações seguras de como viver bem e ser feliz, sob o amparo e a proteção do Deus da Aliança, nesta relação exclusiva e particular “Vós sereis o meu povo e eu serei o Vosso Deus”. Mas os profetas e todos os demais que falaram ao povo em seu nome sofreram muito, foram rejeitados, incompreendidos e até perseguidos e mortos, pois muitos não estavam dispostos a ouvir a Verdade que os faria mudar de vida.
O evangelho desse domingo faz uma apresentação solene de um novo, único e verdadeiro profeta que não vem para fazer mais promessas, mas sim para cumpri-las uma a uma. O seu múnus profético se revela na comunidade onde irá realizar um sinal, como prenúncio da sua obra de salvação, que tem na libertação do homem o seu ponto mais alto, naquele sábado na sinagoga, a comunidade conheceu Jesus de Nazaré, o Messias de quem falaram todos os profetas. O seu ensinamento causava admiração, pois ensinava com autoridade e não como os mestres da lei.
Ensinar com autoridade não é falar grosso, gritar e dar murros na mesa, como certos pregadores, que gostam de fazer terrorismo religioso, mas é mostrar primeiro a vivência daquilo que se ensina, unir fé e vida, celebrar aquilo que se Crê, é ter uma fé encarnada na história, é sempre falar em nome de Deus.
A palavra é libertadora porque gera vida nova, renova o homem por inteiro, Jesus é a palavra viva, o Logus de Deus, o Verbo encarnado no meio dos homens. Para surpresa de todos, na comunidade há um homem possuído por um espírito do mal que conhece Jesus, inclusive manifesta esse conhecimento em palavras bonitas “Sei que tu és o Santo de Deus”, sabe, portanto quem ele é e a que veio, mas não o aceita, não admite que o seu ensinamento interfira no modo de pensar e viver. Parece que Marcos fala às autoridades religiosas do seu tempo, e ao homem da modernidade, que apenas o conhecimento da pessoa de Jesus e sua missão, sem o compromisso de vida com o santo evangelho, jamais vai nos conferir uma fé autêntica.   Jesus ornamenta muitos lugares públicos e está em uma correntinha no peito de muita gente, mas falta uma abertura maior para que as atitudes dos que nele dizem professar a fé sejam realmente atitudes de um cristão.
O tratamento que Jesus dá ao homem possuído pelo espírito do mal, é de choque – Cala-te e sai dele!   CALA-TE: porque a palavra que o mal nos propõe é enganosa e mentirosa, traz a morte e não a vida; aprisiona em vez de libertar. O homem da modernidade parece não ter forças para fazer calar tantas vozes mentirosas que seduzem, corrompem, e destrói a dignidade do ser humano, o homem da modernidade se acha importante com o seu conhecimento e o progresso e, entretanto, é totalmente impotente diante das forças do mal, justamente porque não professa uma fé verdadeira e perdeu totalmente a noção do pecado, que contraria a graça de Deus e a sua santa palavra.
As Igrejas cristãs devem ter coragem e ousadia, para fazer calar e expulsar tantos “espíritos do mal” que continua a enganar o ser humano, com propostas sedutoras de vida, arrastando muitos para a morte. Ouçamos o apelo dos nossos pastores e sejamos uma igreja mais profética e menos sacramentalista, mais missionária e menos ritualista, fazendo um ensinamento novo, capaz de derrubar as velharias ideológicas escravisadoras, contrárias aos princípios do Reino Novo, que Jesus inaugurou um dia, lá na sinagoga de Nazaré... Quando mostrou quem ele é, e a que veio...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Jesus é o profeta prometido
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Pe. Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Na primeira leitura, do livro do Deuteronômio, Deus promete, pela boca de Moisés, um profeta semelhante a ele, escolhido entre os membros do povo eleito. Característica desse profeta é que ele falará o que o Senhor mandar e inspirar. Os profetas foram enviados por Deus para conduzir o seu povo e exortá-lo a permanecer fiel à Aliança.
Os profetas chamam a atenção do povo contra a idolatria que ameaça a vida e a fé no Deus único e verdadeiro. Os profetas falam com autoridade porque falam em nome e por inspiração de Deus. Mas a promessa de enviar um profeta semelhante a Moisés não se realizou (cf. Dt 34,10).
O evangelho deste domingo, ao afirmar o ensinamento realizado com autoridade por Jesus, diz, indiretamente, que ele é o profeta prometido e semelhante a Moisés. No seu discurso, depois da ressurreição de Jesus, Pedro afirma que Jesus é não somente semelhante a Moisés, mas maior que ele (cf. At 3,21-22). Cafarnaum fica às margens do mar da Galileia; a sinagoga, a poucos metros da casa de Simão e André. É sábado, dia dado por Deus a seu povo para que, cessando o trabalho, o povo de Deus possa recordar o dom da criação e da Lei, o dom da vida e da liberdade.
O ensinamento de Jesus causa admiração de todos os que estão presentes na sinagoga; a causa da admiração é a “autoridade” do ensinamento, isto é, o ensinamento de Jesus faz sentido e dá sentido à vida das pessoas; ele é um verdadeiro sopro que comunica a brisa suave do Espírito ao coração do ser humano. E o que Jesus faz, nesse dia, naquela sinagoga importante, expulsando de um homem um “espírito impuro”, também é reconhecido por todos os que estão na sinagoga como um “ensinamento novo”.
A palavra de Jesus, qual uma luz, ilumina o coração do homem revelando o mal que o aflige e o distancia do Deus da vida e dos seus semelhantes. A luz da palavra do Senhor descortina o mal para destruí-lo.
Jesus é apresentado como aquele que não somente tem poder de destruir o mal, mas efetivamente o faz. E o ser humano passa a compreender que a sua vida, pela graça de Cristo, não está fadada à submissão do mal, pois, em Cristo, o mal já está vencido. Este é o ensinamento novo!
ORAÇÃO
Mestre, tua vida traça o caminho; teu ensinamento confirma e ilumina os meus passos; a tua graça me sustenta e guia no caminho para o céu. Tu és o mestre perfeito: ensinas, dás o exemplo e fortaleces o discípulo no teu seguimento.
3. VENCENDO O MAL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O Reino anunciado por Jesus provocou as forças do mal, que reagiram de imediato. Sua pregação desmascarava a malignidade de tudo quanto redundava em escravidão para o ser humano e o impedia de se realizar e ser feliz. Jesus se sabia destinado a libertar os oprimidos e escravizados pelo poder do mal.
Evidentemente, o processo de libertação não era fácil. Por um lado, os opressores não queriam abrir mão de suas intenções e métodos. Por outro lado, os oprimidos acabavam por se acostumar à sua situação, já não fazendo mais caso dela.
A libertação começava quando o escravo do mal se insurgia contra sua situação, com a ajuda de Jesus. Tratava-se de uma terrível luta interior! Às vezes, se pensava que a presença de Jesus só servisse para perturbar. Ele, porém, não se deixava intimidar. Sua presença purificava o ser humano dos espíritos imundos que o flagelavam e contaminavam. Livres de toda escravidão, os que tinham sido beneficiados por Jesus tornavam-se sinal do poder efetivo do Reino.
Toda a vida de Jesus foi perpassada de luta contra as forças do mal. Com sua palavra, ele as desarticulava, fazendo o Reino dar seus frutos na história humana. Jesus não cruzava os braços ao se deparar com quem era vítima do mal e do pecado. Sua presença fazia o dinamismo libertador do Reino entrar em ação.
Oração
Senhor Jesus, afasta para longe de mim o mal que me impede de ser livre e de fazer-me servidor do Reino.Fonte:NPD Brasil/CBM

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