Promotor de justiça acusou Manfred von Richthofen, asassinado em 2002, de ter desviado dinheiro e de manter conta na SuíçaREPRODUÇÃO TV RECORD
Suzana von Richthofen deu entrevista à Record e desencadeou novo debate sobre o assassinato do próprios pais
Andreas von Richthofen quebrou na capital paulista o silêncio 12 anos depois da morte dos pais. O rapaz, que tinha só 15 anos quando aconteceu o crime, concedeu ontem uma entrevista à Rádio Estadão. Ele defendeu o pai, Manfred Albert von Richthofen, das acusações de que teria desviado dinheiro da Desenvolvimento Rodoviário S. A. (Dersa), quando trabalhava na estatal de São Paulo.
Na segunda-feira passada, o promotor Nadir de Campos Júnior afirmou no programa SuperPop, da RedeTV!, que Manfred mantinha contas na Europa e que a beneficiária era a filha Suzane, cúmplice do assassinado do pai e da mãe. O dinheiro seria resultado de desvios ocorridos nas obras do trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas, realizadas pela Dersa.
Andreas, que divulgou uma carta à radio, contestou as acusações: “Se há contas no exterior, que o Sr. (promotor Campos Júnior) apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber. Mas que se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o Sr. se retrate e se cale a esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender”, acrescenta.
Manfred e a mulher, Marísia von Richthofen, foram mortos na casa em que moravam em 2002. A filha, Suzane, que tinha 19 anos na data do crime, foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão pelas mortes. Também foram sentenciados o namorado dela na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian.
Andreas, na carta, classificou o crime como “nojento” e chamou ela e os outros dois acusados de assassinos. “Entendo que sua raiva e indignação para com estes três assassinos seja imensa, e muito da sociedade compartilha esse sentimento. E eu também. É nojento”, afirma ele na carta ao promotor.
Suzane se abre
Suzane também ficou mais de 10 anos sem falar sobre o crime, até conceder um entrevista ao Programa do Gugu, na Record, na semana passada. Ela forneceu detalhes sobre o assassinato dos pais e afirmou que o crime foi planejado durante meses por ela, Daniel e Christian.
“Todos dizem que eu sou a mentora, a cabeça de tudo. Não é verdade. Uma cabeça só não pensa em tudo. É uma junção de tudo, concorrência de ideias. Eu fiz parte, mas os três bolaram aquilo. Eu acho que o Cristian sabia menos da situação”, disse. (da Folhapress)
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