Mesmo em meio à crise, a Petrobras deseja reajustar em 13%, em relação ao que foi pago em 2014, os salários dos executivos que dirigem a empresa. O pedido será enviado aos acionistas, que devem realizar assembleia no próximo dia 29. A informação é do jornal ‘Folha de S. Paulo’. A proposta coloca um teto médio fixo de 1,6 milhão para cada um dos oito diretores por ano. Os números ficam 22,7% acima do que foi pago em 2014: R$ 1,3 milhão. Além disso, a quantia fica 9% acima do teto pedido no ano passado. O novo valor vale um salário médio mensal de R$ 123 mil, dividido entre os 12 meses do ano mais o 13º salário.
Porém, em relação a remuneração variável, que leva em conta os resultados a serem fornecidos pelos diretores, a proposta é zero. A intenção é pagar, em média, R$ 92 mil a cada um dos diretores, valor 64% abaixo do que foi pago em 2014. Segundo a Petrobras, o valor destas remunerações será reduzido “preventivamente” por conta das incertezas dos resultados de 2014. Em relação ao salário fixo, a estatal afirma que a proposta está de acordo com a inflação de 8,09% prevista pelo Banco Central para 2015, diferente de 2014 que marcou uma inflação de 6,41%.
Itens não previstos, como passagens aéreas e auxílio moradia, ainda não estão incluídos nesta proposta de salário. No período entre janeiro e setembro de 2014, o lucro da Petrobras ficou em 13,4 bilhões, o que foi 22% abaixo do mesmo período em 2013. A produção cresceu 3% e a geração de caixa caiu 11%. Já o salário dos diretores saiu de R$ 8,25 milhões para R$ 9,13 milhões, um crescimento de 10,7%.
A remuneração paga por participação nos resultados entre 2013 e 2014 mudou de R$ 606 mil, com R$ 86 mil por diretor, para R$1,790, um valor de R$ 256 mil por diretor. Os valores pagos em 2014 foram aprovados em assembleia dos acionistas realizada em abril do ano passado.
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