Medida irá paralisar 40% do parque automotivo e mais de 3 mil fábricas.
Estado de alerta máximo não era decretado na capital chilena desde 1999.
A capital chilena enfrentará nesta segunda-feira (22) sua primeira "emergência ambiental" em 16 anos, devido aos altos índices de poluição, uma medida que paralisará 40% do parque automotivo de Santiago, informou a administração municipal.
"Amanhã, emergência ambiental", anunciou em sua conta no Twitter o intendente (prefeito) de Santiago, Claudio Orrego, depois de três dias consecutivos de "pré-emergência ambiental" devido aos níveis críticos de contaminação.
A emergência ambiental é a medida máxima de alerta que a legislação chilena contempla quando os níveis de poluição superam o nível 500 de Material Particulado 2,5.
A medida, a primeira tomada desde 1999, paralisará 40% do parque automotivo de Santiago e mais de 3 mil fábricas e outras fontes fixas de poluição da capital chilena, que tem 6,7 milhões de habitantes.
As aulas de educação física serão suspensas em todos os colégios de Santiago e serão habilitadas vias exclusivas de transporte público, entre outras medidas.
Espremida entre várias montanhas, a capital chilena tem uma localização geográfica que atenta contra seus níveis de ventilação, ao que se soma, nos últimos dias, a pouca chuva e temperaturas elevadas para a época.
Os altos níveis de poluição são registrados em Santiago enquanto o Chile recebe a Copa América, que tem a capital como uma de suas principais sedes.
Neste domingo, com índices de contaminação ambiental críticos, disputou-se em Santiago o confronto entre Brasil e Venezuela. Não há jogos previstos para segunda e terça-feira, mas a maioria das seleções que participam do torneio estão concentradas na cidade.
No entanto, por determinação da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), nenhum jogo do torneio pode ser suspenso por este motivo.
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