Das oito pessoas presas nesta terça-feira, três são algumas delas que efetuavam os depósitos em contas fantasmas
Rio - O delegado titular da 27ª DP (Vicente de Carvalho), Felipe Cury, afirmou que as três mulheres presas na 'Operação Overload', realizada nesta terça-feira, atuavam como articuladoras financeiras da quadrilha de tráfico de drogas atuante no estado. Segundo Cury, elas eram responsáveis pelas transações bancárias e faziam depósitos em contas fantasmas. O esquema era liderado pelos traficantes presos Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Luís Cláudio Machado, o Marreta, que ordenavam de dentro dos presídios.
O esquema criminoso foi desmantelado após uma operação da 27ª DP (Vicente de Carvalho) no Juramento e Juramentinho, no ano passado. As trocas de mensagens flagradas na ocasião deram início ao desmembramento do esquema.
Polícia realiza megaoperação em diversas comunidades do Rio
De acordo com Cury, Marcinho VP é ajudado pelos traficantes Fu e Claudinho da Mineira, que estão no Complexo do Chapadão, em Costa Barros. Já Elias Maluco atua através de um traficante que cumpre pena em Bangu.
Sobre os lucros da quadrilha, Cury destacou que nos três municípios da Baixada, os lucros eram de mais de R$ 7 milhões e que as bocas são comandadas por Elias Maluco:
"Isso (lucro) só em três municípios da Baixada (São João de Meriti, Nova Iguaçu e Belford Roxo). Essas bocas de fumo dessas localidades são do traficante Elias Maluco, são administradas pelo traficante Criam, que está em Bangu. Ele coloca pessoas para trabalharem lá na comunidade. Ele controla toda a contabilidade e repassa o lucro para a família de Elias Maluco", disse o delegado, explicando como os traficantes lucram com a venda da cocaína.
"Eles adquirem um quilo de cocaína pura por cerca de R$ 14 mil. Após essa droga ser trabalhada, embalada, colocada para venda, o faturamento total gira em torno de R$ 64 mil. Ou seja, R$ 50 mil de lucro, cerca de 350%. Então a margem de lucro é muito grande", completa.
"Elas (as drogas) chegam em comunidades que não tem UPP, como Chapadão. Caramujo (Niterói) e Salgueiro (São Gonçalo)", diz.
Só em três municípios da Baixada Fluminense (Belford Roxo, São João de Meriti e Nova Iguaçu), o bando chegava a lucrar mais de R$ 7 milhões por mês. Cury disse ainda que as contas bancárias serão analisadas pelo Laboratório de lavagem de dinheiro da Polícia Civil. São 26 mandados de prisão cumpridos. Oito pessoas foram presas nesta terça-feira. Os demais já cumpriam penas.
"As contas bancárias nas quais eram feitos os depósitos serão analisadas pelo Laboratório de lavagem de dinheiro da Polícia Civil. A cocaína comercializada pelo grupo vinha de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, enquanto os armamentos vinham do Paraguai. Um fuzil era comprado por R$ 6 mil, em média, enquanto uma pistola chegava a custar R$ 4,5 mil."
O delegado disse que os criminosos abriram empresas falsas para poder movimentar o dinheiro. "Ao longo do nosso trabalho nós identificamos inúmeras contas bancárias. Foram presas pessoas que atuam realizando essas movimentações financeiras do tráfico. Identificamos inúmeras contas de empresas de fachadas para fazer essa movimentação financeira que é muito alta", afirma.O esquema criminoso foi desmantelado após uma operação da 27ª DP (Vicente de Carvalho) no Juramento e Juramentinho, no ano passado. As trocas de mensagens flagradas na ocasião deram início ao desmembramento do esquema.
Nos oito meses de investigação que culminou na 'Operação Overload', a Polícia Civil identificou que alguns dos principais traficantes do Estado seguem no comando de suas respectivas quadrilhas, mesmo estando presos. Segundo o delegado Felipe Curi, da 27ªDP (Vicente de Carvalho), o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Luís Cláudio Machado, o Marreta, seguem dando ordens, apesar de cumprirem penas em presídios federais.
O delegado garantiu que os traficantes presos dão ordens para outros detentos que estão no Complexo de Gericinó, em Bangu. Ele explicou como acontece o processo. "Eles (os chefes do tráfico) atuam através de pessoas que estão fora da cadeia e algumas que estão presas aqui no Complexo de Bangu. No presídio federal é através dos visitantes. Mas nos do Rio são através de pessoas também, mas, principalmente de telefones", disse o delegado.Polícia realiza megaoperação em diversas comunidades do Rio
De acordo com Cury, Marcinho VP é ajudado pelos traficantes Fu e Claudinho da Mineira, que estão no Complexo do Chapadão, em Costa Barros. Já Elias Maluco atua através de um traficante que cumpre pena em Bangu.
Sobre os lucros da quadrilha, Cury destacou que nos três municípios da Baixada, os lucros eram de mais de R$ 7 milhões e que as bocas são comandadas por Elias Maluco:
"Isso (lucro) só em três municípios da Baixada (São João de Meriti, Nova Iguaçu e Belford Roxo). Essas bocas de fumo dessas localidades são do traficante Elias Maluco, são administradas pelo traficante Criam, que está em Bangu. Ele coloca pessoas para trabalharem lá na comunidade. Ele controla toda a contabilidade e repassa o lucro para a família de Elias Maluco", disse o delegado, explicando como os traficantes lucram com a venda da cocaína.
"Eles adquirem um quilo de cocaína pura por cerca de R$ 14 mil. Após essa droga ser trabalhada, embalada, colocada para venda, o faturamento total gira em torno de R$ 64 mil. Ou seja, R$ 50 mil de lucro, cerca de 350%. Então a margem de lucro é muito grande", completa.
"Elas (as drogas) chegam em comunidades que não tem UPP, como Chapadão. Caramujo (Niterói) e Salgueiro (São Gonçalo)", diz.
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