'Capilaridade é o jogo', diz empresário sobre últimos negócios fechados.
2 dias após assinar contrato da TAP, ele anunciou parceria com a United.
David Neeleman, fundador e CEO da Azul Linhas Aéreas de 55 anos e o novo nome por trás TAP-Portugal, está colecionando novos amores. Dois dias após assinar em Portugal o contrato da privatização da TAP, o empresário anunciou em São Paulo acordo com a United Airlines, no qual a companhia norte-americana investirá comprará 5% do capital da empresa brasileira por US$ 100 milhões.
"Nós amamos todo mundo", brincou o americano-brasileiro, que posou para fotografias exibindo o celular com um adesivo com as logomarcas da Azul e da TAP unidas por um coração, e um botom com os símbolos da Azul e da United também ao lado de um coração.
Segundo o empresário, estes últimos negócios fortalecem e impulsionam as operações da Azul, terceira maior empresa do setor aéreo no Brasil atualmente com uma frota de 140 aeronaves, e não inviabilizam eventuais futuras parcerias com outras aéreas estrangeiras.
"Queremos tudo. E com a força que temos em regional isso ajuda a gente fazer mais de tudo", disse Neeleman a jornalistas, ao ser questionado se o objetivo é aproximar a Azul das rivais Gol e TAM, que possuem hoje uma operação no mercado internacional bem mais estruturada. "Capilaridade é o jogo. Tendo capilaridade, você ganha", acrescentou.
Parceria entre Azul e TAP
Neeleman entrou na TAP através do consórcio Gateway, formado em parceria com o empresário Humberto Pedrosa. O grupo venceu a disputa de privatização de 61% da TAP.
Neeleman entrou na TAP através do consórcio Gateway, formado em parceria com o empresário Humberto Pedrosa. O grupo venceu a disputa de privatização de 61% da TAP.
Na quarta-feira (25), o empresário anunciou que o consórcio pretende investir até 800 milhões de euros na TAP-Portugal e expandir as rotas para os Estados Unidos e Brasil, com o objetivo de que a endividada companhia aérea comece a dar lucros já em 2016.
Apesar das regras da União Europeia impedirem que companhias aéreas da regiçao sejam controladas em mais de 50% por um proprietário não europeu, o empresário não descarta uma entrada da Azul no capital da TAP.
"É capaz. Vamos ver o que é vantagem para os dois. Agora é cedo. Mas como mesmo pai, tudo é possível quando tem 2 irmãos", disse.
Neeleman disse ainda o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), parceiro de Neeleman na Azul, pode ser ser uma das fontes de financiamento do consórcio.
"Temos opções para isso. É uma coisa que não vai ser de risco, o BNDES não vai comprar ações. Pode ser financiamento ainda através da Azul, talvez. Temos um relacionamento bem forte com o BNDES", afirmou.
'O Brasil vai voltar'
Sobre a situação econômico do país, o empresário admitiu que tem sido difícil manter o otimismo, mas disse ter esperança que "o Brasil vai voltar". Veja vídeo
Sobre a situação econômico do país, o empresário admitiu que tem sido difícil manter o otimismo, mas disse ter esperança que "o Brasil vai voltar". Veja vídeo
"Estaria mentindo se estivesse dizendo que estou otimista. Sou otimista é sobre o Brasil no longo Brasil", afirmou Neeleman. "O Brasil vai voltar. Talvez algumas das coisas que a gente está pasando hoje foram necessárias. Não sei, não vou julgar. O Brasil tem muita oportunidade. É uma pena que as coisas acontecem, que a gente vá para trás um pouco, mas talvez vai ser para o bem. Tenho grande esperança que o Brasil vai voltar muito forte", completou.
O empresário criticou ainda a política de subsídios no país. "Vindo dos EUA, eu não sou um cara que gosta de subsídios. Em vez de faze risso, baixa os nossos impostos e deixa a gente regular o mercado com mercado", defendeu.
Embora não tenha dado detalhes sobre o destino dos US$ 100 milhões que serão investidos pela United, o empresário afirmou que o aporte ajudará a dar fôlego no caixa da empresa em momento de economia mais fragilizada. "É bom, dinheiro é bom", resumiu.
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