Após o assassinato, ele disparou contra si para simular um assalto.
Ele foi julgado por homicídio duplamente qualificado e fraude processual.
O estudante Sam Michel Alberto de Oliveira foi condenado, nesta quinta-feira (30), a 16 anos de prisão pelo assassinato Lara Cibele Silva Anastácio. O julgamento ocorreu na 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, em sessão presidida pelo juiz Eli Gonçalves Júnior.
O réu foi julgado por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e fraude processual, pois ele teria se ferido com o objetivo de alterar a cena do crime e dificultar a apuração. Por estar detido provisoriamente desde 11 de julho de 2014, ele cumprirá 15 anos de pena.
Cabe recurso, e a defesa já anunciou que pretende recorrer tanto da pena para o crime de homicídio (15 anos e seis meses) quanto para a de fraude processual (seis meses). Caso haja recurso, o julgamento ocorrerá com Sam ainda preso. O júri foi composto por cinco mulheres e dois homens. A identidade de nenhum deles pode ser revelada.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), no dia 3 de julho de 2014, por volta das 7h, Sam Michel Alberto de Oliveira buscou a vítima para levá-la à faculdade. No caminho, desviou o percurso e estacionou na Rua Doutor Waldemar de Alcântara no bairro Cambeba. Em seguida, efetuou dois disparos no rosto dela, que faleceu no local. Após o homicídio, o acusado atirou contra si, de raspão, para simular que ele e a namorada teriam sido vítimas de tentativa de assalto.
Segundo testemunhas, o acusado, na época com 23 anos, e a vítima, então com 19, mantinham relacionamento desde 2011, com brigas frequentes e vários rompimentos motivados por ciúmes do réu. O último término, dias antes do crime, teria revoltado Sam Michel.
De acordo com a polícia, uma das evidências que apontaram o namorado como autor dos disparos que mataram a estudante é a de que os tiros partiram do lado esquerdo da vítima e não de trás, onde estariam os assaltantes, segundo a versão inicial do rapaz. O réu acabou confessando o delito em juízo, mas alegou que não pretendia matar, somente ameaçar. Também afirmou que só atirou porque Lara Cibele reagiu e tentou desarmá-lo.
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