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sábado, 22 de agosto de 2015

A SANTA PALAVRA DE DEUS DESTE SÁBADO DIA 22 DE AGOSTO DE 2015.

— Nossa Senhora Rainha - Mãe da Igreja
Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a Memória de Nossa Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal Suenens: “Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar”.
Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a realeza da Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo Anselmo).
Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (Atos 1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”.
Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!


NOSSA SENHORA RAINHA
BRANCO, PREFÁCIO DE MARIA – OFÍCIO DA MEMÓRIA )
Antífona de entrada:
A rainha está à vossa direita com suas vestes de ouro, ornada de esplendor (Sl 44,10).
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes a mãe do vosso filho nossa mãe e rainha, dai-nos, por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometida aos vossos filhos e filhas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 9,1-6)
Leitura do livro do profeta Isaías.
9 1 O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz.
2 Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos.
3 Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã.
4 Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das chamas;
5 porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz.
6 Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 112/113
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e por toda a eternidade!
Louvai, louvai, ó servos do Senhor,
louvai, louvai o nome do Senhor!
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e por toda a eternidade.
Do nascer do sol até o seu ocaso,
louvado seja o nome do Senhor!
O Senhor está acima das nações,
sua glória vai além dos altos céus.
Quem pode comparar-se ao nosso Deus,
ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono
e se inclina para olhar o céu e a terra?
Levanta da poeira o indigente
e do lixo ele retira o pobrezinho,
para fazê-lo assentar-se com os nobres,
assentar-se com os nobres do seu povo.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo;
és bendita entre todas as mulheres da terra! (Lc 1,28)

Evangelho (Lucas 1,26-38)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
1 26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Ó Deus, celebrando a memória da virgem Maria, nós vos trazemos nossas oferendas e suplicamos que o Cristo venha em nosso socorro, pois se ofereceu por nós na cruz como sacrifício sem mancha. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Feliz és tu, que acreditaste, porque se cumprirá o que te foi dito da parte do Senhor (Lc 1,45).
Depois da comunhão
Alimentados, ó Deus, pelo sacramento celeste, ao celebrarmos a realeza de Maria, concedei que participemos eternamente do banquete do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (NOSSA SENHORA RAINHA):
"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" Lc. 1,37-38.
Ainda Lucas, nos Atos dos apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho.
Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz Dante na Divina Comédia.
Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos vêem em Maria a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os bens. A Igreja convida o povo a invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de Rainha, porque ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de maternidade divina.
A Virgem Maria Rainha resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de esperança segura para todos os cristãos, já cobertos pela dignidade real do Senhor através do Batismo.
O Papa Pio XII instituiu em 1955 a festa da Virgem Maria Rainha, como conseqüência daquela de Cristo Rei. Inicialmente era celebrada no dia 31 de maio, mês de Maria, encerrando as comemorações com o coroamento desta singular devoção. O dia 22 de agosto era reservado à homenagem ao Coração Imaculado de Maria. Mas, a Igreja desejando aproximar a festa da realeza de Maria à da sua gloriosa ascenção ao céu, invereteu estas datas a partir da última reforma do seu calendário litúrgico em 1969.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Maria de Nazaré
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Em nosso imaginário quando falamos em Rainha, pensamos na da Inglaterra, ou nas que aparecem nas histórias infantis, uma senhora poderosa, sentada em um trono, que tem tudo e todos a seus pés. Linhagem nobre, classe elitizada. Vamos ser sinceros, essa imagem não condiz com a humilde Maria de Nazaré, casada com José, que teve o seu filho em uma cocheira rodeada de animais, por não acharem lugar em uma hospedaria. A Maria Dolorosa aos pés da cruz, vendo seu amado filho agonizante ali pendurado. Rainha desse jeito?
A Mãe de um Rei é Rainha, se formos entender a palavra Rei, em seu contexto e significado, vamos chegar a essa mesma conclusão: Que Rei é Jesus? Ele mesmo dirá diante de Pilatos “O meu Reino não é deste mundo”, quer dizer, não é um reino imposto a força, com seus poderes bélicos, dominando, conquistando á força seu reinado. Esses títulos atribuídos a Maria e seu Filho, como Rei e Rainha, ganharam notoriedade na Idade Média, quando a Igreja detinha o poder civil e religioso. Entretanto, a tradição da Igreja preservou esses títulos de realeza, tanto de Jesus como de Maria, mas sobre outro prisma...
De fato Maria é Rainha, tanto dos apóstolos, dos mártires, dos confessores, das Virgens, da Paz, dos anjos e do Céu como a saudamos na Ladainha, ou como a louva a conhecidíssima antífona “Rainha do Céu, alegrai-vos aleluia, porque merecestes trazer em vosso seio, ressuscitou como disse aleluia, exaltai a Deus aleluia, Exultai e alegrai-vos ó Virgem Maria, porque o Senhor ressuscitou Verdadeiramente aleluia!”.
Entre as Criaturas de Deus Maria está em um grau mais elevado dada a sua grande importância na obra da Salvação, que não poderia acontecer sem o seu SIM. Este título de Rainha exprime então o pensamento de a Santíssima Virgem se avantajar a todas as ordens de santidade e de virtude, Rainha dos meios que levam a Jesus Cristo, e de que, sendo Rainha assunta ao Céu, já era sobre a terra, isto é, Rainha reconhecida pela terra e pelo céu como sendo a criatura mais perfeita e mais avantajada em toda a santidade e semelhança de Deus Criador!
Indiscutível a Soberania de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, Rainha do Céu e da Terra mas sempre sobre esse modo de olhar diferente, pois Maria é Rainha em um Reino que não é daqui e onde a ordem é sempre invertida. Basta vermos como conclui esse belo evangelho da Anunciação “Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”. Serva de Jesus, seu Filho, Serva de Deus e Serva dos homens, Maria de Nazaré não fez outra coisa nesta vida senão servir, começando com Isabel sua parenta avançada em idade e que se achava grávida por obra do Espírito Santo.
O título de Rainha vem da sua relação íntima com Jesus, Rei do Universo, porque todas as coisas foram colocadas a seus pés, pelo Pai que o Glorificou com a Ressurreição. Porém, também Ele se fez Servo do Pai e Servo de todos. Maria é então essa Rainha Servidora, que longe de exigir que todos se curvem diante dela, é ela que se curva diante de todos, que o diga este verso do Magnificat “O Senhor olhou para a Humildade de sua Serva!”.
Que como súditos de Maria, possamos em nossas comunidades ser também servidores, atendendo assim aos desejos da nossa querida Rainha, fiéis á Vontade do Pai!
2. Maria se confia plenamente ao Senhor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Pe. Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas - http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho)
Os relatos evangélicos da infância de Jesus são frutos do aprofundamento e da compreensão da fé cristã. Eles são consequência, assim como todo o evangelho, da ressurreição de Jesus Cristo, que é o fundamento da fé cristã. No texto do anúncio do nascimento de Jesus pelo anjo Gabriel a Maria, a jovem de Nazaré é apresentada como aquela que recebeu o favor de Deus. O favor de Deus a Maria é a sua eleição para ser, segundo a carne, mãe do Filho único de Deus. A iniciativa da encarnação do Verbo é de Deus, mas, para ser plenamente humano, Deus conta com o consentimento livre de Maria, que, com José, seu esposo, dará existência histórica e humana à Palavra eterna do Pai. Assim como a idade avançada de Zacarias e Isabel e a esterilidade desta não foram impedimento para a concepção de João Batista, do mesmo modo a dificuldade humana da virgindade de Maria será superada pelo poder divino na concepção de Jesus. Na resposta a Deus, Maria se confia plenamente ao Senhor, sem reservas nem condições. Nisso ela é modelo de discípulo: ela é a mulher que escuta a palavra e a põe em prática.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu me deixe modelar pelo exemplo de Maria, a serva humilde que se fez capaz de assumir, com total disponibilidade, o projeto de Deus.
3. MARIA, CHEIA DE GRAÇA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
A Igreja, refletindo sobre a mãe de Jesus, foi entendendo, pouco a pouco, toda a verdade desta figura singular. Neste processo, a Igreja chegou a professar que o pecado original, tendo marcado para sempre a história da humanidade, mas não lançou raízes no ser de Maria. Vivendo num mundo de egoísmo, ela não foi contaminada pelo pecado.
Esta graça e privilégio, conferidos por Deus à mãe do Salvador, aconteceram por causa de Jesus Cristo. Deus preparou para receber seu Filho, que seria imune da culpa original, um ventre não corrompido pelo pecado. Maria, de certo modo, experimentou, por antecipação, o fruto da ação de seu filho Jesus, que viria ao mundo para salvar a humanidade do pecado. A mãe foi a primeira a tirar partido da missão do Filho. A santidade do Filho Jesus santificou todo o ser da mãe Maria, desde que fora concebida.
A proclamação do anjo "Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo" fundamenta a total santidade de Maria. Sendo cheia de graça, nela não podia haver espaço para o pecado e para a infidelidade a Deus. E sua existência, desde o início, só podia ser total comunhão com Deus. Por outro lado, toda a vida de Maria foi marcada pela pessoa de Jesus, a quem estaria ligada desde o momento do anúncio da encarnação. A concepção imaculada é, pois, mais uma maravilha da graça de Deus na vida de Maria.
Oração
Senhor Jesus, que a contemplação da concepção imaculada de tua mãe desperte em mim o desejo de romper, definitivamente, com o pecado que maculou a humanidade.FONTE:NPD BRASIL/CBM

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