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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

CASO GLEYDSON CARVALHO: INVESTIGAÇÃO APONTA QUE MAIS DUAS PESSOAS IRIAM SER EXECUTADAS.

Foto Arte: Site 180 Graus
Sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) como envolvidas no assassinato do radialista Gleydson Carvalho, crime ocorrido na tarde do último dia 6 na cidade de Camocim (373Km de Fortaleza). O crime de pistolagem teria sido motivado pelas severas críticas que o comunicador fazia em seu programa de rádio contra a administração publica do vizinho Município de Martinópole. Dos sete suspeitos, apenas três estão presos.
Conforme a denúncia formulada pelo promotor de Justiça Evânio Pereira de Matos Filho, já há comprovação dentro das investigações, que participaram da trama criminosa as seguintes pessoas: João Batista Pereira da Silva, Daniel Lennon Almada da Silva, Israel Marques Carneiro, Thiago Lemos da Silva, Gisele de Souza do Nascimento, Regina Rocha Lopes e Francisco Antônio Carneiro Portela.  Destes, estão presos Gisele, Francisco Portela e Daniel Lennon.

O promotor se baseou na farta investigação realizada pelas polícias Civil e Militar da cidade de Camocim e Municípios vizinhos, como Martinópole e Senador Sá. O inquérito policial,  presidido pelo delegado regional Herbert Ponte e Silva, apontou que o crime foi premeditado, meticulosamente planejado e que teve motivação política. O radialista teria sido executado “por falar demais”.

Dinheiro

Para praticar o crime foram contratados por cerca de R$ 9 mil os pistoleiros Thiago Lemos da Silva e Israel Marques Carneiro, o “Baixinho”, este último residente no Oeste do estado do Pará.  O casal Gisele e  Francisco Portela se encarregou de  alugar uma casa que serviu de esconderijo para os assassinos após estes matarem a vítima.
Já João Batista Pereira da Silva, o “Batista Dentista”, tio do atual prefeito de Martinópole, foi  um dos principais mentores. Nos dias que antecederam o crime, ele abrigou em sua fazenda, na localidade de Remanso, os pistoleiros e as demais pessoas envolvidas na trama. Fez contatos para a contratação dos matadores e teria dado o dinheiro para que Gisele e  o companheiro alugassem a casa que serviu de esconderijo para os assassinos, na localidade de Serrota, no Município de Senador Sá.

Francisco, Gisele e o pistoleiro Tiago foram denunciados pelo assassinato 
Já Regina Rocha Lopes, mulher do pistoleiro Thiago, participou, juntamente com Gisele, do levantamento da rotina da vítima. O grupo teve,  ainda, o envolvimento de Daniel Lennon Almada da Silva, tesoureiro da Prefeitura de Martinópole. Ele  participou de todo o planejamento do crime e forneceu sua própria motocicleta (apreendida) para a dupla ir até a sede da Rádio Liberdade FM, no Centro de Camocim, invadir a emissora e matar o radialista. A mesma moto foi usada na fuga dos assassinos e, posteriormente, abandonada.
A denúncia revela, ainda, que outras pessoas estão sendo, ainda, investigadas e estas poderão ser denunciadas ao longo da tramitação do processo, principalmente o mandante.
O grupo foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa.

Mais mortes

A investigação também revelou que o mesmo grupo planejava matar mais duas pessoas, além do radialista. As potenciais vítimas não tiveram seus nomes revelados, mas as autoridades acreditam que estas também seriam eliminadas por representar riscos à manutenção do mando político da atual gestão do Município de Martinópole. 

Fonte: Blog do Fernando Ribeiro

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