Foram avaliadas áreas no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.
Degradação de nascentes e barragens são apontadas como ameaças.
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Planaltos e chapadões que circundam o Pantanal, onde nascem os
principais rios da bacia, seriam as áreas que enfrentam os maiores
riscos. A pesquisa avaliou regiões no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina
e tem como objetivo subsidiar os governos dos quatro países no
desenvolvimento de uma agenda de adaptação do Pantanal às alterações do
clima.“A bacia do rio Paraguai apresenta alto risco ecológico potencial, requerendo ações urgentes e prioritárias de proteção das cabeceiras”, afirma o estudo.
As barragens e hidrelétricas, apontadas como fatores de risco, devem aumentar no Pantanal nos próximos anos. De acordo com o relatório, existem 115 barramentos previstos para a década, 75% de pequenas centrais hidrelétricas, o que deve elevar os riscos ambientais.
"Barramentos ameaçam a duração e a intensidade dos ciclos de cheias e vazantes, colocando em cheque a vida, economias e populações que dependem do equilíbrio ecológico do Pantanal”, considerou Albano Araújo, coordenador da Estratégia de Água Doce do Programa de Conservação da Mata Atlântica e das Savanas Centrais da The Nature Conservancy.
Entre as atividades humanas, as maiores ameaças seriam a pecuária e a agricultura. Desmatamento, hidrovias, rodovias e mineração também são apontados no estudo como fatores de risco.
Cabeceiras, nas bordas do Pantanal, enfrentam os maiores riscos, segundo pesquisa (Foto: Divulgação / WWF)
PreservaçãoA pesquisa avalia que seriam necessárias novas medidas de preservação do Pantanal. Uma delas seria a criação de novas unidades de proteção, principalmente em áreas de cabeceiras. Atualmente, existem 170 áreas protegidas na bacia do rio Paraguai, mas elas não estão distribuídas de forma adequada, critica o estudo.
Outra medida seria a implantação de medidas de conservação em terras privadas, por exemplo, melhores práticas de manejo de água e solo em atividades agropecuárias. No caso das hidrelétricas, uma possível solução, de acordo com a pesquisa, seria a implementação de esquemas de operação que mantenham os ciclos de cheias e vazantes de modo semelhante ao natural.
O Pantanal é a maior planície inundável do planeta. Seus ciclos anuais de cheias e secas são fundamentais para a vida de milhares de espécies, além de terem importantes impactos econômicos, como a fertilização natural dos campos.natureza do brasil:postado por camocim belo mar blog
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