Aposentada contou que nunca estudou porque o pai não permitia.
Idosa participa do programa Vitória Alfabetizada.
Aos 72 anos, a aposentada Eva Rosa dos Santos nunca foi para a escola. Ela não sabe ler e nem escrever, mas espera ansiosa para as aulas de alfabetização na Associação de Moradores do bairro onde mora, em Vitória. Assim como ela, outros adultos da capital, que não tiveram a oportunidade de estudar quando crianças, participam do programa Vitória Alfabetizada, que promete alfabetizar 4 mil pessoas até 2016. Eles mostram que nunca é tarde para aprender.
Dona Eva contou que nunca estudou porque o pai não deixava. "Meu pai não quis me colocar na escola. Ele dizia que colocar menina mulher na escola era pra aprender a escrever carta para namorado", lembrou.
A aposentada espera que o aprendizado facilite atividades cotidianas. "Quero aprender para pelo menos conseguir ler o número de um ônibus, saber ler e escrever direitinho. E em nome de Jesus eu vou conseguir, estou pelejando", falou.
A aposentada espera que o aprendizado facilite atividades cotidianas. "Quero aprender para pelo menos conseguir ler o número de um ônibus, saber ler e escrever direitinho. E em nome de Jesus eu vou conseguir, estou pelejando", falou.
'Quero fazer faculdade'
Um outro exemplo é a dona de casa Eliane Sant'ana, de 29 anos. Ela contou que não sobrou tempo para concluir os estudos, porque sempre dedicou a vida à família. "Tive que ficar na batalha, corre ali, corre aqui e veio essa oportunidade da alfabetização e me inscrevi. Agora eu vou à luta porque quero fazer uma faculdade de administração de empresas", disse.
Um outro exemplo é a dona de casa Eliane Sant'ana, de 29 anos. Ela contou que não sobrou tempo para concluir os estudos, porque sempre dedicou a vida à família. "Tive que ficar na batalha, corre ali, corre aqui e veio essa oportunidade da alfabetização e me inscrevi. Agora eu vou à luta porque quero fazer uma faculdade de administração de empresas", disse.
Ela também contou que espera o início das aulas, em agosto, na Associação de Moradores de Consoloação, em Vitória. "A ansiedade é grande e eu não vejo a hora de começar para eu mostrar para os meus filhos o que é estudar e caminhar com a cabeça erguida", afirmou Eliane.
Analfabetismo
Uma pesquisa feita no município de Vitória apontou que os maiores índices de analfabetismo estão na região da Grande Maruípe e São Pedro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Espírito Santo possui quase 120 mil pessoas com idade entre 15 e 59 anos que ainda não sabem ler e escrever. Aproximadamente 4 mil pessoas somente em Vitória. A pesquisa revelou ainda que na capital são 2.162 mulheres analfabetas, contra 1.774 homens.
Uma pesquisa feita no município de Vitória apontou que os maiores índices de analfabetismo estão na região da Grande Maruípe e São Pedro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Espírito Santo possui quase 120 mil pessoas com idade entre 15 e 59 anos que ainda não sabem ler e escrever. Aproximadamente 4 mil pessoas somente em Vitória. A pesquisa revelou ainda que na capital são 2.162 mulheres analfabetas, contra 1.774 homens.
Quem tiver interesse em participar do Vitória Alfabetizada, deve procurar a liderança comunitária do bairro. A intenção do programa é atender prioritariamente pessoas na faixa etária produtiva, com idade entre 15 e 59 anos.
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