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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

MORADOR ALERTOU PROBLEMAS EM ADUTORA NO RIO; OBRA EM FÁBRICA PODE TER SIDO A CAUSA,DIZ A POLÍCIA.

Pouco mais de um ano antes do rompimento de uma adutora da Cedae (Companhia de Abastecimento e Esgoto) que deixou uma criança morta e 16 pessoas feridas em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, na terça-feira (30), um morador da região havia denunciado um vazamento na tubulação. A Polícia Civil informou que uma obra em uma fábrica de guaraná ao lado do local onde a adutora quebrou pode ter provocado o acidente.
"A Guaracamp passou máquinas no terreno e colocou entulho sobre a sinalização da Cedae. E passou a usar a área para trajeto de caminhões", disse a delegada Tatiene Damaris. A empresa não se pronunciou.
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Rio de Janeiro registra casos de rompimento de adutoras70 fotos

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30.jul.2013 - Criança de três anos é resgatada após sua casa ter sido atingida pela água que vazou da tubulação subterrânea da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto) no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, nas imediações da estrada do Mendanha. A menina chegou a ser levada para ao hospital da região, mas morreu após uma parada cardiorrespiratória Leia mais Jadson Marques/Estadão Conteúdo

No dia 25 de maio de 2012, o consumidor Wagner Castilho endereçou uma solicitação ao presidente da companhia, Wagner Victer, no site "Reclame Aqui". Desde então, ele fez cinco reclamações no portal, pedindo que a Cedae trocasse tubulações de ferro na estrada do Mendanha, número 4.501, onde morava.
A última reclamação foi feita no dia 25 de julho de 2013, cinco dias antes de a adutora se romper na altura do número 4.500 da mesma estrada.

VEJA O LOCAL DO ACIDENTE

No site, Castilho dizia que as tubulações poderiam se romper a qualquer momento devido à corrosão causada pela água barrenta que passava por dentro delas.
"Peço, gentilmente, para que a Cedae do Rio de Janeiro, na pessoa do presidente Wagner Victer, tome as devidas providências para que sejam trocadas as tubulações de ferro que apresentam este problema de oxidação aqui em Campo Grande, altura da estrada do Mendanha, 4.501. As antigas tubulações deverão ser trocadas por outras novas que resistam à corrosão", diz um trecho da reclamação.

"As tubulações que existem aqui na região devem ter quase um século de uso e podem se romper a qualquer momento, inundando residências, matando pessoas, destruindo veículos e fazendo com que milhares de moradores fiquem sem água. Os moradores que forem atingidos por esta futura inundação poderão entrar com processos para ressarcimento moral e material", afirmou o morador.



Veja vídeos sobre os casos de rompimento de adutora no RJ - 7 vídeos





A resposta para a reclamação de Castilho, feita em 2012, chegou no dia 25 de abril de 2013, às 15h44. Nela, a Cedae pergunta ao consumidor se o problema ainda existe. "Tendo em vista do tempo decorrido, solicito informar se o problema persiste. Caso ainda não tenha sido realizada a solicitação, peço que por favor informe o endereço completo e a matrícula para que possamos analisar o pleito", dizia a companhia.
Dois dias depois, Castilho respondeu à Cedae. Ele informou os dados pedidos pela companhia e avisou que a água continuava muito suja. Sem obter outra resposta da empresa, ele reclamou mais duas vezes no site. Em 13 de junho, às 16h42, o consumidor disse que nada havia mudado.
"Tudo continua como antes, ou seja, o descaso e a omissão da Cedae RJ e do seu presidente, Wagner Victer, e do desgovernador Sérgio Colbralau prevalecem contra quem paga as contas de água em dia. Se fosse a água para o consumo do Eike Batista ou para o Fernando Cavendish o problema já estaria resolvido, mas como é para um simples cidadão que se f***! Brasil País de Tolos!", escreveu no site.
Já no dia 25 de junho, às 13h12, Castilho fez nova reclamação. "A Cedae, ou Nova Cedae como é o novo slogan da empresa, ainda continua prestando péssimos serviços ou não presta serviços em Campo Grande. A minha reclamação inicial realizada em junho de 2010 ainda não foi atendida ou sequer respondida. Sr. Wagner Victer, te faço um desafio. Traga a sua mãe para beber água da torneira da minha casa! Talvez seja melhor não dar a água pra ela, pois a velhinha vai passar mal... O meu convite está de pé! Um forte abraço para o senhor, para a sua mãe e funcionários da Nova Cedae!", afirmou o consumidor.
Um mês depois, no dia 25 de julho, cinco dias antes de a adutora se romper, o consumidor fez a consideração final. "Extremo desrespeito ao consumidor. Bando de irresponsáveis que não estão nem aí para a qualidade do serviço/produto que comercializam. Se fosse num país de primeiro mundo, o sr. Wagner Victer e os seus cupinchas da Cedae estariam presos, mas aqui é a república da banana e esses péssimos administradores não são punidos! Fora, Wagner Victer!".
*Com informações do Estadão Conteúdo/camocim belo mar blog

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