Diocese local emitiu comunicado oficial neste sábado (15).
Padre foi excomungado após defender temas polêmicos como a união gay.
A Diocese de Bauru (SP) emitiu umcomunicado oficial neste sábado (15) informando que o Vaticano oficializou a excomunhão do Padre Roberto Francisco Daniel, conhecido como padre Beto. A nota informa que após processo de mais de um ano, o padre foi considerado excomungado pela Santa Sé e, portanto, não pode mais celebrar nenhum ritual da Igreja Católica e nem participar da comunhão.
A Diocese informou também que recebeu o comunicado oficial do Vaticano no dia 14 de outubro, mas somente neste sábado se manifestou sobre o assunto. A Diocese entrou com o pedido de excomunhão do padre em abril do ano passado, depois da divulgação de vários vídeos onde o sacerdote fala de assuntos polêmicos, como a defesa da união entre pessoas do mesmo sexo, infidelidade no casamento, entre outros.
A Diocese informou também que recebeu o comunicado oficial do Vaticano no dia 14 de outubro, mas somente neste sábado se manifestou sobre o assunto. A Diocese entrou com o pedido de excomunhão do padre em abril do ano passado, depois da divulgação de vários vídeos onde o sacerdote fala de assuntos polêmicos, como a defesa da união entre pessoas do mesmo sexo, infidelidade no casamento, entre outros.
No comunicado emitido neste sábado, assinado pelo padre doutor Tiago Wenceslau, juiz instrutor enviado pelo Vaticano para realizar os procedimentos canônicos desse caso, a Diocese informa que a decisão é definitiva e somente pode ser revista no caso de pedido de perdão das ações cometidas pelo padre, que foram consideradas heresias pelo direito canônico, como explica o trecho:
“A causa da excomunhão não foi uma punição irrogada pelo Bispo ou pelo Papa, mas em virtude dos seus atos cismáticos e heréticos que, pela prática dos mesmos, o Sacerdote foi atingido – automaticamente – pela censura de excomunhão."
O comunicado informa ainda que o padre não pode realizar mais nenhum sacramento da Igreja Católica e pede aos fiéis que não “participem de possíveis ‘atos de culto’ que forem celebrados pelo referido padre”.
A nota diz ainda que o processo não está na instância diocesana por isso todas as informações estão contidas apenas no comunicado e nenhum integrante da Diocese irá se manifestar sobre a decisão.
‘Para mim não muda nada’
Ao ser informado do comunicado da Diocese de Bauru, padre Beto disse que a oficialização da excomunhão não altera em nada a realidade que ele vive desde que deixou a Igreja em abril do ano passado, antes mesmo da divulgação da sua excomunhão pelo Bispo Diocesano, Dom Caetano Ferrari. “Recebi com muita naturalidade essa decisão. Era de se esperar depois da reunião do Papa Francisco com os bispos para discutir a questão da família, que a Santa Sé confirmasse a minha excomunhão dada pela Diocese de Bauru. Mas, para mim não muda nada, porque continuo seguindo a minha vida, seguindo os preceitos de Jesus, me sinto próximo de Deus”, afirma.
O padre também destacou que a decisão de deixar a Igreja Católica foi tomada por ele mesmo no ano passado. “A minha decisão de deixar a Igreja já tinha sido tomada e a ratificação ou não da minha excomunhão não muda nada”, completa.
E apesar de ter procurado anteriormente a Justiça para tentar reverter o processo de excomunhão, em entrevista ao TEM Notícias neste sábado, o padre foi taxativo em dizer que não se arrepende dos posicionamentos que tomou e que não pretende voltar a Igreja. “Eu não penso em retornar, eu acho que a Igreja tem a sua postura e espero que ela mude, se torne uma igreja mais flexível, menos hierarquizada, mas isso é problema dela agora não é mais meu.”
Sobre a celebração de rituais, o padre disse que continuará abençoando casais e crianças se for chamado pelos interessados.
Ao ser informado do comunicado da Diocese de Bauru, padre Beto disse que a oficialização da excomunhão não altera em nada a realidade que ele vive desde que deixou a Igreja em abril do ano passado, antes mesmo da divulgação da sua excomunhão pelo Bispo Diocesano, Dom Caetano Ferrari. “Recebi com muita naturalidade essa decisão. Era de se esperar depois da reunião do Papa Francisco com os bispos para discutir a questão da família, que a Santa Sé confirmasse a minha excomunhão dada pela Diocese de Bauru. Mas, para mim não muda nada, porque continuo seguindo a minha vida, seguindo os preceitos de Jesus, me sinto próximo de Deus”, afirma.
O padre também destacou que a decisão de deixar a Igreja Católica foi tomada por ele mesmo no ano passado. “A minha decisão de deixar a Igreja já tinha sido tomada e a ratificação ou não da minha excomunhão não muda nada”, completa.
E apesar de ter procurado anteriormente a Justiça para tentar reverter o processo de excomunhão, em entrevista ao TEM Notícias neste sábado, o padre foi taxativo em dizer que não se arrepende dos posicionamentos que tomou e que não pretende voltar a Igreja. “Eu não penso em retornar, eu acho que a Igreja tem a sua postura e espero que ela mude, se torne uma igreja mais flexível, menos hierarquizada, mas isso é problema dela agora não é mais meu.”
Sobre a celebração de rituais, o padre disse que continuará abençoando casais e crianças se for chamado pelos interessados.
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Entenda o caso
Declarações polêmicas do padre acerca de temas como a homossexualidade, fidelidade e necessidade de mudanças na estrutura da Igreja Católica nas redes sociais causaram um pedido de retratação ao padre por parte da Diocese de Bauru em abril de 2013. Como o padre não se retratou e decidiu deixar a Igreja Católica, a Diocese decidiu pela excomunhão no dia 29 de abril de 2013.
Declarações polêmicas do padre acerca de temas como a homossexualidade, fidelidade e necessidade de mudanças na estrutura da Igreja Católica nas redes sociais causaram um pedido de retratação ao padre por parte da Diocese de Bauru em abril de 2013. Como o padre não se retratou e decidiu deixar a Igreja Católica, a Diocese decidiu pela excomunhão no dia 29 de abril de 2013.
No documento, divulgado na época na página da Diocese em Bauru (confira aqui o documento na íntegra), o Bispo Dom Caetano Ferrari afirmava que a decisão é consequência dos atos do padre e que nenhum católico, muito menos um sacerdote poderia se valer do direito de liberdade de expressão para atacar a fé, na qual foi batizado.
* Com colaboração Fábio Leopissi, TV TEM.
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