Pistoleiros foram capturados há quase duas semanas durante operação do Departamento de Inteligência.
Após denúncia feita pelo “Ceará News”, o governo do estado decidiu liberar recursos para que a Polícia Civil providencie a ida de inspetores e delegados à Goiás com o objetivo de buscar um casal preso naquele estado, sob a suspeita de envolvimento na morte do radialista Glaydson Carvalho. O crime ocorreu na cidade de Camocim (a 373 Km de Fortaleza), em agosto último.
O pistoleiro Tiago Lemos da Silva e a companheira dele, Regina Lopes Rocha, foram capturados há quase duas semanas durante uma operação do Departamento de Inteligência Policial (DIP) do Ceará e a Polícia Civil de Goiás. Os dois foram capturados na cidade de Canedo, na região Metropolitana de Goiânia e se prepararam para seguir em fuga para o estado do Pará, onde estaria escondido o segundo pistoleiro envolvido na morte do comunicador.
A captura do pistoleiro Tiago e de sua companheira representou um passo importante para a investigação do caso, especialmente na busca pela identificação e prisão do mandante do assassinato. Contudo, a falta de dinheiro vinha impedindo a transferência da dupla. O corte no orçamento da Secretaria da Segurança Pública, determinado pelo governador Camilo Santana, vem afetando vários setores da Pasta, especialmente o trabalho de recambiamento de presos.
O jornalista Donizete Arruda fez a denúncia do fato no “Ceará News”. Segundo ele, irritado diante da repercussão que a denúncia tomou, Camilo Santana determinou expressamente ao secretário da Fazenda, Mauro Filho, que liberasse o quanto antes os recursos (cerca de R$ 10 mil) para que a Polícia fosse à Goiás buscar o pistoleiro e sua mulher. A verba deve ser repassada à Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC) ainda nesta terça-feira e a viagem dos agentes pode ocorrer já amanhã (7).
Morte no trabalho
O assassinato do radialista Glaydson Carvalho levou a classe a se manifestar publicamente e a exigir do governo do estado providências para que o crime não caia na impunidade. Uma audiência pública chegou a ser realizada na Assembleia Legislativa sobre o assunto, diante da necessidade da identificação dos mandantes, já que a Polícia conseguiu identificar os autores materiais. Pelo menos, sete pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público por envolvimento no crime.
O radialista foi morto, a tiros, no estúdio da Rádio Liberdade, na cidade de Camocim, na tarde do dia 6 de agosto. Para a Polícia, não restaram dúvidas de que se tratou de um crime de conotação política e foi tramado na vizinha cidade de Martinópole. Glaydson Carvalho fazia severas críticas à administração daquele Município, na pessoa do prefeito James Martins Pereira Barros, e vinha sendo ameaçado. Um sobrinho do prefeito daquele Município foi apontado como um dos cúmplices no planejamento do assassinato. Já um tio do prefeito teria sido o intermediário na contratação dos assassinos. Ele segue foragido.
Fonte: Ceará News 7
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