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domingo, 9 de fevereiro de 2014

INFLAÇÃO INICIA O ANO COM MENOR AVANÇO DESDE 2009.

Rio (AE) - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de janeiro com alta de 0,55%, ante uma variação de 0,92% em dezembro de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem. A alta de 0,55% foi a menor para o mês desde 2009, quando ficou em 0,48%. Em janeiro de 2013, o IPCA tinha sido de 0,86%. 

Júnior SantosA queda nos preços das passagens aéreas ajuda a explicar a desaceleração da inflação este anoA queda nos preços das passagens aéreas ajuda a explicar a desaceleração da inflação este ano

O IPCA do mês passado ficou abaixo do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,57% a 0,74%, com mediana de 0,60%. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 5,91% em dezembro para 5,59% em janeiro deste ano.

A queda no preço das passagens aéreas e o aumento mais brando da gasolina foram responsáveis pela desaceleração na inflação oficial na passagem de dezembro para janeiro, informou o IBGE. O índice veio abaixo das expectativas, mas ainda divide especialistas quanto ao possível impacto sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a respeito de novos aumentos na taxa básica de juros (Selic), hoje em 10,5%)

“A inflação no curto prazo pode até estar um pouco melhor, mas o mercado ainda entende como bastante complicada”, lembrou André Guilherme Pereira Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, que prevê mais dois aumentos na Selic, sendo o próximo ainda de 0,50 ponto porcentual, levando a taxa de juros para 11% ao ano na reunião de fevereiro.

Já o diretor de pesquisas para a América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, acredita que haja espaço para uma alta mais modesta, de 0,25 ponto porcentual, diante da redução do ritmo da inflação e da falta de vigor do nível de atividade, especialmente da produção industrial. A taxa do IPCA acumulada em 12 meses passou de 5,91% em dezembro para 5,59% em janeiro.

Influências
O grupo Transportes teve até deflação no último mês, puxada pela queda de 15,88% nos preços das passagens aéreas. Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, o recuo nas tarifas não é comum em época de férias. Uma possível explicação seria a ocorrência do carnaval em março neste ano. “O carnaval é normalmente em fevereiro. Então em janeiro há uma pressão de emendar as férias com o carnaval que já vem. Este ano, o carnaval está lá em março”, disse ela.

Os combustíveis também deram trégua. Depois do repasse em dezembro do reajuste de 4% da gasolina nas refinarias, em vigor desde o fim de novembro, o combustível subiu menos em janeiro, 0,60%. No entanto, os gastos com alimentos ainda pressionam os preços, com aumentos expressivos nas carnes e hortaliças. “Apesar de uma taxa um pouco menor, (os alimentos) se mantiveram num nível ainda bastante alto. Ou seja, comer continua ficando mais caro. Os alimentos continuam aumentando”, afirmou Eulina.

A alta no grupo Alimentação e Bebidas passou de 0,89% em dezembro para 0,84% em janeiro. “Os preços repercutiram alguns problemas climáticos que estão acontecendo, como a seca, que prejudica a pastagem, interfere na alimentação do gado e diminui a oferta”, explicou Eulina, que chamou atenção também para a alta de preços do trigo, causada tanto por efeitos climáticos quanto pela valorização do dólar, que encareceu os derivados, como o pão francês.

O cigarro também pesou no bolso do consumidor no mês. O item foi o que mais contribuiu para a inflação, ao lado das carnes. Mas a consultoria Tendências espera que a pressão de ambos diminua no indicador de fevereiro, que deve mostrar uma inflação pressionada pelos aumentos das mensalidades escolares e de alguns itens administrados.fonte:Tribuna do Norte/camocim belo mar blog

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