SÃO PAULO - Já passava das 23h de ontem quando a seleção brasileira, debaixo de chuva e com mais de uma hora e meia de atraso, chegou à concentração, num hotel nas proximidades do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. No cenário da abertura da Copa do Mundo, cerca de 200 torcedores ignoraram o frio da noite paulistana. E se havia mais gente esperando os jogadores do que na última chegada à cidade, cinco dias antes, para o amistoso com a Sérvia, havia também muito mais segurança. Um esquema cinematográfico, ostensivo, que assustou até hóspedes que estavam no hotel por razões que não eram ligadas ao Mundial.
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No meio da segunda maior metrópole da América Latina, a seleção ficará quase isolada, cercada de segurança por todos os lados. A operação, que conta com 150 homens, envolve funcionários de uma empresa de segurança privada, policiais militares, policiais federais e Exército. Os agentes de segurança circulam pelo hotel sem parar. Os andares por onde passarão os jogadores, sejam os pisos dos quartos ou os dos salões ocupados por reuniões e refeições, foram completamente isolados. Até o acesso pelos elevadores foi bloqueado. Durante a tarde de ontem, uma varredura foi feita pelo esquadrão antibombas, que chegou à concentração com um grande aparato de equipamentos.
- Quanta segurança, quantas armas expostas... Por que? Bem, ao menos parece que vamos ter uma noite tranquila de sono - brincou um hóspede americano, instantes após ter se assustado. Ele está na capital paulista a negócios que nada têm a ver com a Copa do Mundo.
À noite, quando a seleção chegou ao hotel, hóspedes não puderam sequer usar os elevadores ou as escadas para chegar aos seus quartos. Isto porque os jogadores subiam para seus apartamentos. Os funcionários do hotel explicavam que os elevadores não poderiam ser usados, ao mesmo tempo que os atletas, por qualquer pessoa estranha à delegação.
Foram montados bloqueios num raio de uma quadra em torno da concentração. O hotel auxiliava no esforço para filtrar quem podia se aproximar. Num dos bloqueios, há uma tenda e uma mesa onde a lista de hóspedes é conferida. Uma espécie de posto avançado da recepção do hotel. Quem não estiver registrado como hóspede ou comprovadamente a serviço, é impedido de passar. Ou seja, se um hóspede quiser receber um parente no hotel, segundo informaram funcionários, estará impedido.
Apenas como comparação, na semana passada, quando a seleção chegou a São Paulo para seu último amistoso antes da Copa do Mundo, torcedores que aguardavam do lado de fora do hotel puderam até entrar na área do estacionamento, bem próximo de onde os jogadores desembarcaram do ônibus que os trazia do aeroporto. Na ocasião, a delegação ficou em um hotel diferente do que usará a partir desta terça-feira, em sua concentração para o jogo com a Croácia.
Nas ruas ao redor da concentração, policiais militares circulam o dia todo em grupos. Outros ocupam as esquinas próximas. Há uma preocupação também com a aproximação de manifestantes. O fim da greve dos metroviários na capital paulista trouxe certo alívio. Na segunda-feira, véspera da chegada da seleção, a estação Ana Rosa do metrô, localizada a cerca de 1,5km do hotel, foi palco de tumulto.
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