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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

ESCRITOR BRASILEIRO JULIO MONTEIRO MARTINS MORRE EM LUCCA,NA ITÁLIA.

Ele se tornou um dos representantes mais promissores de uma geração contista no fim dos anos 70
Escritor fluminense radicado na Itália morre aos 59 anos
O escritor brasileiro Julio Cesar Monteiro Martins morreu na quarta-feira, 24, em Lucca, uma comunidade italiana. Nascido em Niterói em 1955, Julio era radicado na Itália, onde vivia há mais de 20 anos.

A informação foi divulgada pela esposa do escritor, Alessandra. "Hoje Julio decidiu nos deixar. Estava na hora, despediu-se tranquilo. Foi em paz, lúcido, protegido pelo amor da família e dos amigos, sem sofrimento. Decidiu adormecer, entrando devagarinho no sono eterno. Enfrentou a doença como guerreiro que era, com coragem, sem poupar forças, com fé", publicou em sua rede social.

De acordo com o jornal italiano "La Nazione", Julio morreu no hospital de Pisa, mas o "último adeus" ocorrerá no sábado, 27, na segunda travessa Croce Verde da Via Romana às 15h (horário italiano), em Lucca.

Ele era escritor, professor, poeta, acadêmico e contador de histórias. Passou a produzir obras em italiano e apreciava seu próprio trabalho, como o livro recente "L'amore scritto", em 2007.

"Escrever em uma língua que não é a sua enriquece consideravelmente uma cultura, porque há um modo de ver e pensar as coisas inteiramente diverso da produção dos escritores que escrevem na sua língua materna", declarou em uma entrevista há 13 anos.

Em português escreveu grandes contos como "Torpalium" (1977), "A Oeste do Nada" (1981), "Muamba" (1985) e "O Espaço Imaginário" (1987).

No fim dos anos 70, o escritor se tornou um representante da geração contista formado por Domingos Pellegrini, Caio Fernando Abreu, Luiz Fernando Emediato e Antonio Barreto.

Trajetória italiana

O escritor se mudou para o país europeu após se envolver em um processo contra o cineasta Cacá Diegues, acusado de ter se apropriado de um roteiro para o filme "Um Trem pras Estrelas". O processo foi custeado com a venda da editora Ânima, que foi fundada pelo próprio Julio Cesar.

Primeiro ele migrou para Portugal e Itália em seguida, onde viveu até a morte. O evento ocorreu em 1994, e em 2001 ele disse que os danos morais causados pelo processo inviabilizariam a vida no Brasil.
 
Redação O POVO Online
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