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quinta-feira, 9 de julho de 2015

DOAÇÃO DE CORDÃO UMBILICAL NO CEARÁ SALVA VIDA EM TODO O PAÍS.

Coleta funciona de forma simples e segura logo após o parto. Não afeta a saúde da mãe ou do bebê
Procedimento considerado ainda novo no Ceará, a doação de sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco, apresenta importantes resultados clínicos para o tratamento de algumas doenças. Desde 2012, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), realiza, através do Banco de Sangue Umbilical e Placentário do Ceará (BSCUP), coleta do sangue.
A coleta funciona de forma simples e segura logo após o parto, e não afeta a saúde da mãe ou do bebê. A doação é realizada em maternidades credenciadas. Após o nascimento, o cordão umbilical é separado do bebê e a quantidade de sangue (cerca de 70 - 100 ml), que permanece no cordão e na placenta, é drenada para uma bolsa de coleta. Em seguida, já no laboratório, as células-tronco são separadas e preparadas para o congelamento. Estas células podem permanecer armazenadas (congeladas) por vários anos no Banco de Sangue de Cordão Umbilical e disponíveis para serem transplantadas a qualquer momento. De acordo com o Hemoce, a doação voluntária é confidencial e nenhuma troca de informação será permitida entre o doador e o receptor.
Benefícios
De acordo com dados do Banco de Cordão Umbilical, de janeiro a abril deste ano, o número de famílias que optaram por coletar e armazenar o sangue do cordão umbilical dos seus filhos cresceu 148%, em relação ao mesmo período em 2014.

As células-tronco são utilizadas para o tratamento de 79 tipos de doenças, sendo que, destas, 36 enfermidades já se encontram em fase de aplicação em voluntários humanos. Para o médico hematologista, Nelson Tatsui, a terapia celular é uma realidade. “Dentre as principais doenças, para as quais as células-tronco tem se mostrado benéficas, estão a Leucemia, Talassemia e Linfomas. Atualmente, há mais de 250 doenças em estudo que poderão ser tratadas com este material. A expectativa é que pesquisas também comprovem a eficiência do material no controle de Diabetes Tipo 1, AIDS, AVC, enfarte e até lesões na coluna e doenças degenerativas”,avalia.
Doação
O Hemoce é o responsável por coletar o material. Caso a mãe tenha interesse em realizar a doação, é necessário entrar em contato com os profissionais do BSCUP, através do telefone (85) 3223.4868 e agendar a sua visita. De acordo com Natércia Bruno, enfermeira responsável pela coleta, nem toda gestante está apta a doar. Entre os critérios, a mulher deve ter entre 18 e 36 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, câncer ou doenças hematológicas. 
“O Hemoce tem um banco nacional. Qualquer pessoa que esteja em tratamento no Brasil e precise de um doador, poderá utilizar o nosso banco”, explica Natércia. 
Bancos privados
Ao contrário dos bancos públicos, preservar as células-tronco do sangue do cordão umbilical em um banco privado não garante o tratamento de doença que a criança possa ter no futuro, segundo garante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
De acordo com a Anvisa, a chance de uma pessoa necessitar de suas próprias células-tronco é extremamente baixa, variando de 0,0005% e 0,4%. Isso ocorre porque nem sempre será possível utilizar o próprio sangue de cordão armazenado. Este uso é contra-indicado em diversas situações, como por exemplo, para tratar doenças de origem genética, já que o sangue do cordão pode carregar o mesmo material genético e os mesmos defeitos responsáveis pela doença manifestada.
No Brasil, entre 2003 e 2010, 45.661 unidades de cordão umbilical foram armazenadas em bancos privados, mas apenas três foram utilizadas para transplante autólogo, ou seja, do próprio doador. A grande maioria dos transplantes que utilizam as células-tronco do sangue de cordão é realizada com células armazenadas em bancos públicos. 
Outra desvantagem dos bancos privados é o alto custo para o armazenamento das células-tronco. O valor gira em torno de R$ 5 mil pela coleta na hora do parto e mais R$ 1 mil por ano para mantê-las congeladas.
Por isso a importância dos bancos públicos, onde há mais chances de ocorrer compatibilidade com quem precisa. 
Em Fortaleza existem, pelo menos, duas clínicas especializadas em armazenamento privado.FONTE:CNEWS

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