Para evitar corte de energia, até abril nível dos reservatórios precisa chegar a mais de 40% da capacidade de armazenamento
São Paulo - O risco de o Brasil ser obrigado a enfrentar um racionamento de energia em 2015 cresceu diante do fraco volume de chuvas registradas entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Para que a restrição de energia não venha a se confirmar, o volume de chuvas precisará crescer consideravelmente até o final de abril, segundo projeções da consultoria PSR. De acordo com o diretor Marco Antonio Siqueira, o racionamento se tornará inevitável se a chuva acumulada entre fevereiro e abril ficar em até 70% da média histórica para o período. Os dados de fevereiro, contudo, indicam chuvas equivalentes a apenas 51% da média, de acordo com a previsão mais recente do Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico.
"O primeiro mês está fraco. Por isso precisaremos de muita chuva nos meses de março e abril", pontua o especialista da PSR. Até o momento, segundo Siqueira, a energia natural afluente (ENA) na região Sudeste/Centro-Oeste, a mais importante do País em termos de armazenagem, está em 44% em fevereiro. O risco de haver um racionamento em 2015, segundo ele, está atualmente em 58% - era de 40% no final do ano passado.
Para que o racionamento seja evitado, o nível dos reservatórios precisa chegar ao final do mês de abril em mais de 40% da capacidade de armazenamento. Tal marca permitiria ao Brasil superar o período seco, até o final de outubro, e chegar ao fim de 2015 com uma marca equivalente a 15% da capacidade. Este é o patamar considerado necessário pela PSR para que o racionamento seja evitado, mas o próprio número traz contornos preocupantes. Siqueira lembra que, no final do ano passado, o nível dos reservatórios era maior do que os 15% citados e, mesmo assim, o Brasil enfrenta neste momento um cenário de risco crescente de desabastecimento.
Siqueira destaca que o cenário preocupante já era sabido desde o início do ano passado, quando o período úmido registrou volume de chuvas muito abaixo da média. Naquele momento, o governo federal deveria ter incentivado medidas de eficiência energética a partir de um corte de 4% no fornecimento elétrico.
Esse porcentual, de acordo com Siqueira, é um patamar que o ocasionaria efeitos menos negativos à economia nacional. Com a demora no anúncio de medidas de redução de consumo, um corte de apenas 4% neste momento pode ser insuficiente. "Seria um mínimo que poderia não danificar muito a estrutura econômica. Mas agora, talvez, esse número pode ser incipiente. A questão é que não temos mais tempo a perder. Se adiar mais um, dois, três meses, o governo aumenta o buraco", alerta Siqueira, que participou ontem do Fórum de Comercialização de Energia: Outlook 2015, promovido pela Blue Ocean em São Paulo.
Apesar do cenário preocupante, o especialista destaca que não acredita na possibilidade de o governo anunciar um racionamento de energia durante o período chuvoso. Qualquer sinalização, portanto, deveria ocorrer somente a partir do mês de maio. "Se demorar demais, corremos o risco de que o corte necessário seja maior, como foi em 2001", disse o especialista, ao comparar o atual momento ao período do racionamento no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o corte de energia foi da ordem de 20%.
"O primeiro mês está fraco. Por isso precisaremos de muita chuva nos meses de março e abril", pontua o especialista da PSR. Até o momento, segundo Siqueira, a energia natural afluente (ENA) na região Sudeste/Centro-Oeste, a mais importante do País em termos de armazenagem, está em 44% em fevereiro. O risco de haver um racionamento em 2015, segundo ele, está atualmente em 58% - era de 40% no final do ano passado.
Para que o racionamento seja evitado, o nível dos reservatórios precisa chegar ao final do mês de abril em mais de 40% da capacidade de armazenamento. Tal marca permitiria ao Brasil superar o período seco, até o final de outubro, e chegar ao fim de 2015 com uma marca equivalente a 15% da capacidade. Este é o patamar considerado necessário pela PSR para que o racionamento seja evitado, mas o próprio número traz contornos preocupantes. Siqueira lembra que, no final do ano passado, o nível dos reservatórios era maior do que os 15% citados e, mesmo assim, o Brasil enfrenta neste momento um cenário de risco crescente de desabastecimento.
Siqueira destaca que o cenário preocupante já era sabido desde o início do ano passado, quando o período úmido registrou volume de chuvas muito abaixo da média. Naquele momento, o governo federal deveria ter incentivado medidas de eficiência energética a partir de um corte de 4% no fornecimento elétrico.
Esse porcentual, de acordo com Siqueira, é um patamar que o ocasionaria efeitos menos negativos à economia nacional. Com a demora no anúncio de medidas de redução de consumo, um corte de apenas 4% neste momento pode ser insuficiente. "Seria um mínimo que poderia não danificar muito a estrutura econômica. Mas agora, talvez, esse número pode ser incipiente. A questão é que não temos mais tempo a perder. Se adiar mais um, dois, três meses, o governo aumenta o buraco", alerta Siqueira, que participou ontem do Fórum de Comercialização de Energia: Outlook 2015, promovido pela Blue Ocean em São Paulo.
Apesar do cenário preocupante, o especialista destaca que não acredita na possibilidade de o governo anunciar um racionamento de energia durante o período chuvoso. Qualquer sinalização, portanto, deveria ocorrer somente a partir do mês de maio. "Se demorar demais, corremos o risco de que o corte necessário seja maior, como foi em 2001", disse o especialista, ao comparar o atual momento ao período do racionamento no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o corte de energia foi da ordem de 20%.
André Magnabosco
Agência Estado
Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário