Onde a Copa já começou
A rotina de Fortaleza mudou. Em 2014, a capital cearense será uma das sedes a abrigar a Copa do Mundo no Brasil. Investimentos têm sido feitos em vários setores. Ao redor do estádio Castelão, por exemplo, o setor imobiliário ganha com as obras de infraestrutura
notícia 0 comentários
A dois anos da Copa do Mundo de 2014, a rotina de Fortaleza, uma das cidades-sede do Mundial, mudou. Boa parte das iniciativas para atender aos padrões estabelecidos pela Fifa está em andamento. Os investimentos cobrem desde as áreas de capacitação, equipamentos, tecnologia, mobilidade urbana e rede hoteleira. A expectativa do Ministério do Turismo é receber cerca de 8 milhões de visitantes no Brasil.
Tendo o futebol como atração, as obras da Copa de 2014 – presentes na Matriz de Responsabilidades que inclui itens como aeroportos, portos, mobilidade urbana e estádios - irão representar investimentos da ordem de R$ 1,577 bilhão só em Fortaleza. Desse total, R$ 819,6 milhões serão investidos pelo Governo do Estado do Ceará, R$ 261,4 milhões pela Prefeitura de Fortaleza e R$ 496,8 milhões pela União. O Estado tem ainda 38 obras de suporte à Copa do Mundo que, somadas às contidas na Matriz de Responsabilidade, totalizam R$ 8,9 bilhões.
Dentre elas, a reforma e a modernização do estádio Arena Castelão. E é a aproximação com o estádio Castelão que tem gerado o aumento na oferta de imóveis na área. As imobiliárias dão conta da valorização dos imóveis no entorno do Castelão. O metro quadrado da região já varia de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil e força as construtoras a verticalizar cada vez mais os bairros do local. Um apartamento novo, no bairro Passaré, um dos mais disputados, já está 70% mais caro. Em 2008, saía por R$ 70 mil. Hoje, não é vendido por menos de R$ 120 mil.
Para o presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE), Marcos Novaes, a Copa do Mundo e as consequências desse evento, como maior infraestrutura urbana, geraram mudanças no comportamento do mercado imobiliário de Fortaleza. “As regiões próximas às vias de acesso ao estádio Castelão e a outros equipamentos, como os terminais do VLT, já tiveram e ainda terão uma valorização significativa no metro quadrado”, afirma. Há quem acredite que valorização mesmo virá depois da Copa.
O vice-presidente da Associação das Administradoras de Imóveis do Ceará (AADIC), Germano Belchior, argumenta que a valorização dos imóveis dos bairros próximos ao Castelão é efeito da logística que passam a ter com as obras de infraestrutura da região. Mas vê com cautela o aumento de preços. “Depois da Copa é que a valorização sustentável se mostrará”, destaca.(Colaborou Luar Maria Brandão)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Dentre as obras do Estado, de mobilidade urbana, destacam-se: a duplicação da CE-040, iniciando no entroncamento da CE-453 até Beberibe (concluída), duplicação da CE-040 no trecho de Beberibe/Lagoa do Uruaú e Fortim/Aracati (em andamento).
NÚMEROS
8
milhões de visitantes é o previsto pelo Ministério do Turismo de pessoas que virão ao Brasil
3,5 mil
reais é quanto tem custado, em média, o metro quadrado na área do entorno do Castelão.fonte:O povooline/camocim belo mar blog