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sexta-feira, 25 de abril de 2014

AOS 35 ANOS ,OLODUM MANTÉM RAÍZES E LUTA PELA AFIRMAÇÃO DA CULTURA NEGRA

Difícil imaginar um brasileiro que tenha passado pelas décadas de 1980 ou 1990 sem ouvir “Ilha, ilha do amor, Madagascar” ou “Canta, canta Salvador, canta, canta. Canta meu amor”, sempre embaladas pelo som forte dos tambores. Autor dessas e de muitas outras músicas populares, o Olodum comemora, hoje (25), 35 anos. Criado como alternativa carnavalesca dos negros em Salvador, o grupo virou expoente da cultura afro-brasileira. Cultura que ajudou a divulgar em 35 países espalhados por todos os continentes.
Até os anos 70, os grandes blocos do carnaval da Bahia eram compostos majoritariamente por brancos. Para garantir a festa da população negra e enfrentar o racismo, em 1974, foi criado o Ilê Aiyê, que no último carnaval recebeu homenagem pelos seus 40 anos. Depois daquela iniciativa, outras comunidades produziram seus blocos, como o Malê Debalê (1979) e o Muzenza (1981), muitas vezes reunindo moradores de bairros específicos. No caso do Olodum, o Maciel-Pelourinho.
O local – cujo nome faz referência à coluna de pedra que servia para castigar negros escravizados – havia perdido centralidade na economia de Salvador e, até os anos 80, sobrevivia estigmatizado como espaço de “marginais”. Sobrados eram ocupados por famílias pobres e por prostitutas. Por manterem o local, o fotógrafo Pierre Verger chegou a afirmar que “devia se erguer no Pelourinho um monumento às putas”. Ali, nos cortiços e pelas ladeiras do “Pelô”, como chamavam os moradores, a negritude conseguiu se reafirmar por meio da cultura.
Salvador - O bloco Olodum se apresenta nas ruas do Pelourinho
Salvador - O bloco Olodum se apresenta nas ruas do PelourinhoRoosewelt Pinheiro/ Arquivo Agência Brasil
Os negros da Bahia fizeram da música, da religiosidade e da linguagem, expressões de resistência. Reunindo todos esses elementos, o Olodum surgiu como projeto cultural e político de luta contra o preconceito. O presidente do grupo, João Jorge Rodrigues, destaca que o trabalho tinha como objetivo tornar conhecida a história africana. “Nos primeiros carnavais, fomos muito criticados porque falamos do Egito. Não entendiam que o Egito fazia parte da África. Nós pesquisamos e mostramos que o Egito é África, que Madagascar é África, que Etiópia é África.”
A escolha carregava profundo caráter político de valorização das tradições negras. “Nós queríamos mostrar que esses países africanos produziram elementos fundamentais para a história, como a ciência e o alfabeto”, diz. “Queríamos trazer à tona a dimensão da diversidade da África, pois sempre houve uma visão hollywoodiana dos personagens da história desses países: eles sempre foram retratados como brancos”, completa o presidente do Olodum.
“Sei que o mar da história é agitado”, afirma o grupo em Canto ao Pescador, cuja letra mostra outra matriz cultural do Olodum: a nordestina. As referências se multiplicam, da figura do pescador à citação a Oloxum, passando pelo cantor baiano Dorival Caymmi. Os sucessos fizeram com que as letras do Olodum, palavra yorubá que significa “Deus dos Deuses”, entrasse para o repertório do brasileiro.
Toda a preparação do carnaval pretendia ser educativa. Os temas que seriam abordados eram pesquisados, transformados em apostila e, depois, entregues aos compositores e possíveis cantores para que se apropriassem dos fatos e se identificassem com as histórias. Em Revolta Olodum, o grupo faz referência à Revolta dos Búzios, também conhecida como Conjuração Baiana, assim como à Guerra de Canudos e ao cangaço: “Pátria sertaneja, independente / Antônio conselheiro, em Canudos presidente”.
Historiador e integrante do Movimento Negro de Campina Grande, Jair Silva considera que as ações dos blocos afro foram fundamentais para a afirmação da identidade negra, no Brasil: “É um movimento que escreve história, que tem esse compromisso de desvendar fatos que foram negados pela cultura branca que ainda é hegemônica em nosso país.” De acordo com Jair, ao falar da luta pela liberdade, o Olodum, que se assume como movimento social, “criou autoestima para a comunidade negra da Bahia”.
“No início, era uma coisa bem de cada comunidade, de ir para o ensaio do bloco, inventar as danças, o cabelo, as roupas. O conteúdo das letras sempre apontando para o negro como bonito, potente, inteligente”, conta a antropóloga Goli Guerreiro, autora do livro A Trama dos Tambores – a Música Afro-Pop de Salvador. De acordo com ela, a movimentação gerada pelos blocos, especialmente pelo Olodum, foi “extraordinária”. “Vários territórios da cidade de Salvador começaram a se antenar para afirmar uma negritude, que tem a ver com autoestima, com a estética afro-baiana que ganhou uma altivez, um gostar de ser o que é, de ser negro”.
A movimentação musical e rítmica gerada nos anos 80 teve no samba-reggae “a coroa da estética baiana”, diz Goli Guerreiro. Criado por músicos baianos, entre eles Neguinho do Samba e Mestre Jackson, o ritmo se tornou característico do Olodum. Para a antropóloga, essa criação expressa a intensa circulação de informações existente entre os blocos afro e deles com o que circulava no mundo da música, como o som de Michael Jackson, de Fela Kuti e outros. “Essa troca de informações do mundo atlântico permite que cada cidade faça sua combinação de referências e invente algo próprio, local, mas que aponta para uma dinâmica continental”, diz.
Marcado pela presença intensa da percussão composta por tambores de tipos diferentes e tocados por cerca de 200 músicos, o samba-reggae mostrou tanta potencialidade que foi apropriado pelos blocos de trio elétrico. Nos anos 90, bandas do que, mais tarde, viria a ser chamado axé music, incluíram instrumentos harmônicos, como a guitarra, e diminuíram a quantidade de percussionistas para que o ritmo parasse não só nos trios, mas também nas “paradas de sucesso” das rádios e nas lojas de discos.
O sucesso acabou fazendo com que blocos tradicionais também se adaptassem. Boa parte deles criou bandas para fazer shows, introduziu a guitarra e buscou o mercado musical, onde as músicas do Olodum e demais ganhavam projeção na voz de outros cantores. Expressiva exceção é o tradicional Ilê Aiyê, que até hoje participa dos carnavais com os tambores e os pés no chão.
Salvador - Olodum anima o carnaval na capital baiana
Salvador - Olodum anima o carnaval na capital baianaMarcelo Gandra/Agecom























Goli avalia que a entrada no mercado e o fato de ter virado atração turística trouxe mudanças nas letras do samba-reggae. “As músicas ficam menos contundentes do ponto de vista ideológico, falam mais da alegria, de forma geral”. Já o presidente do Olodum, João Jorge, explica que o grupo buscou sustentabilidade para continuar existindo, adentrando, para isso, também no mercado internacional. “No mercado Brasil, um grupo que faz música, livro, que inspirou o funk e o rapnacional não é de nenhum significado, mas no exterior, sim.”
Ele defende que o grupo não perdeu as raízes, a vinculação à luta por igualdade e a ideologia do Pan-africanismo – expressa inclusive nas cores adotadas pelo grupo: verde, vermelho, amarelo, preto e branco, conhecidas como referências da luta contra o racismo. Destacando a projeção internacional do Olodum, o reconhecimento e a parceria com 49 artistas internacionais, dentre os quais Paul Simon, Michael Jackson e Alpha Blondy, ele afirma que o grupo é a “antena parabólica do candomblé: tem os pés no chão e a cabeça no mundo”.
“Se o futuro nos pertence / Então temos que lutar”
O chão do Olodum, diz João Jorge, continua a ser o Pelourinho. Desde 1983, quando foi criado o Projeto Rufar dos Tambores, o grupo oferece aulas de percussão para moradores do bairro Maciel-Pelourinho. Desde 1984, quando o então bloco de carnaval tornou-se o Grupo Cultural Olodum, desenvolve atividades de educação em diálogo com diversas linguagens artísticas.

OS CATÓLICOS QUE SÃO CONTRA A CANONIZAÇÃO DE JOÃO PAULO 2º-.



João Paulo 2º (Getty Images)
O funeral de João Paulo 2º em 8 de abril de 2005 contou com a presença de milhares de pessoas
Os gritos de Santo Subito (“santo logo”, em tradução livre do italiano) que no dia 8 de abril de 2005 romperam o silêncio solene do funeral de João Paulo 2º terão seu pedido atendido em 27 de abril no mesmo lugar, a Praça de São Pedro do Vaticano, quando Karol Wojtyla será canonizado. Porém, nem todos os cristãos defendem a santidade do papa polonês.
O processo de canonização do pontífice número 264 foi o mais rápido de toda a história moderna, respondendo, do ponto de vista do Vaticano, a uma demanda dos fiéis sobre uma figura extremamente popular e carismática.

No entanto, desde que se iniciou, primeiro a beatificação e em seguida a canonização, surgiram vozes que discordam e pedem mais tempo para esse processo ou que simplesmente seja suspenso.Seu funeral se tornou um evento enorme assistido por centenas de milhares de pessoas, entre elas quatro reis, cinco rainhas e 70 presidentes e primeiros-ministros.

'Um feito precipitado'

"Nos parece ser um feito precipitado, um processo que não teve tempo suficiente para ser analizado e colocado na balança para entender de forma objetiva o papel que João Paulo 2º desempenhou nas últimas décadas na Igreja", disse o teólogo José Sánchez, do Observatório Eclesial do México, à BBC Mundo.
Esta organização, que se declara de "inspiração cristã ecumênica, mas independente de partidos políticos e de qualquer religião", publicou recentemente um comunicado em que solicitava ao papa Francisco que suspendesse a canonização de João Paulo 2º.
"As razões têm a ver com a realidade que vivemos aqui na América Latina e com como se viveu na América Latina esse pontificado que significou para muitas igrejas um processo de perseguição, de censura, de luta de uma experiência eclesiástica que nasceu em nosso continente a partir das comunidades eclesiais de base e da teologia da libertação", disse Sánchez.
"E nesse sentido também vemos algumas omissões em relação às ditaduras militares na América Latina e que colocam em questão o papel de João Paulo 2º diante de ditadores como Pinochet, ou, em El Salvador, em relação ao caso de Monsenhor Romero, que foi assassinado e não foi homenageado", acrescenta o teólogo.
"Ele foi levado por uma linha da Igreja e deixou de lado outra que também existe, muito mais vinculada com a base, com o social, com o mundo, por assim dizer, com a modernidade", disse à BBC Mundo Raquel Mallavibarrena, membro da Redes Cristianas, um coletivo de que representa grupos cristãos de base na Espanha e que também se manifestou contra a canonização de Wojtyla.

Pederastia

Porém, além das razões ideológicas, aqueles que se opõem à santificação de João Paulo 2º citam um dos capítulos mais polêmicos de seu mandato: os casos de pederastia entre o clero católico.
Na América Latina, sua relação com o fundador dos Legionários de Cristo, o sacerdote mexicano Marcial Maciel, tem para os críticos da canonização um destaque especial.
Maciel, falecido em 2008, acompanhou João Paulo 2º em suas visitas ao México em 1979, 1990 e 1993, e é acusado de ter cometido abusos sexuais contra menores desde a década de 1950.

MENINA NASCE COM QUASE 7 KG NOS EUA.


Ela veio ao mundo com peso de criança de seis meses de idade

Do R7/CBM
Menina, Carisa Ruscak, nasceu com peso de crianças de seis meses de idadeMassachusetts General Hospital/Handout via Reuters










A menina, Carisa Ruscak, nasceu nesta terça-feira (24), em Boston, nos Estados Unidos, pesando 6,57 kg e chamou atenção no hospital. Este peso é comum em crianças de seis meses de idade. A foto da criança foi tirada na quarta-feira (23) no Massachusetts General Hospital.
De acordo com o site do Huffington Post, o bebê pesa quase o dobro do tamanho dos recém-nascidos americanos.
A mãe, Caroline Ruscak, contou que na sala de cirurgia todos ficaram impressionados com o peso da menina.
— Olha o tamanho desse bebê ! Vamos pesa-lá, quanto será que ela pesa?". Senti muita dor quando eu estava grávida, então quando eu vi o tamanho dela, percebi que tudo fazia sentido.

O pai de Bryan Ruscak afirmou que "a menina era grande como ele".

EM GRANJA-CE:POLICIAIS CIVIS DE TIANGUÁ E GRANJA PRENDE QUADRILHA DE ROUBO DE MOTOS QUE AGUIA EM TODA REGIÃO.



No decorrer dos dias 21 e 22 de abril deste ano, uma operação policial desencadeada por policiais civis de Granja e Tianguá desbaratou uma quadrilha envolvida em roubos, furtos e receptação de motos que agia há alguns meses em boa parte da Serra da Ibiapaba, em Granja e municípios circunvizinhos. As investigações apontavam que era na zona rural de Granja que a quadrilha escondia as motocicletas adquiridas de forma criminosa.
Tudo começou quando policiais civis da delegacia de Tianguá começaram a investigar os altos índices de furtos e roubos de motos em algumas cidades da Serra da Ibiapaba, chegando praticamente a dobrar em pouco mais de um ano.
Colhendo informações “aqui e acolá”, os policiais descobriram que a quadrilha tinha seu ponto de apoio em alguns distritos da zona rural do município de Granja e que era coordenada por um integrante de uma família daquela cidade que há alguns meses havia sido toda presa por envolvimento com tráfico de drogas na região.

MISTÉRIO! CORONEL PAULO MAGALHÃES QUE ASSUMIU TORTURAS NA DITADURA MILITAR É ENCONTARDO MORTO.


O coronel Paulo Malhães, 74, ex-agente do Centro de Informações do Exército, foi encontrado morto em sua casa, nesta sexta-feira (25), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com os relatos iniciais, ele foi assassinado por asfixia.
Malhães prestou, há cerca de um mês, um dos depoimentos mais fortes à Comissão Nacional da Verdade, no qual reconheceu envolvimento em torturas, mortes e ocultação de corpos de vítimas da ditadura militar.