Como a grande maioria da população do Chipre, a brasileira Ana Lima, de 37 anos, foi pega de surpresa pela crise no país e há mais de uma semana tenta se adaptar a viver praticamente sem dinheiro.
Sem acesso às contas bancárias, Ana e a família, que vive há 3 anos em Nicósia, capital do Chipre, têm se limitado a comprar o estritamente necessário para comer.
Os bancos no país estão fechados há mais de uma semana, desde que o governo anunciou um acordo com o FMI e o Banco Central Europeu, posteriormente frustrado, para taxar contas bancárias em até 10% em troca de um empréstimo de 10 bilhões de euros (cerca de R$ 26,1 bilhões)."Fomos ao supermercado e compramos água, pão e muito macarrão, que é barato", relatou ela à BBC Brasil.
A proposta foi posteriormente rejeitada pelo Parlamento cipriota, aumentando a incerteza no país. Muitos correram para sacar dinheiro de caixas eletrônicos, que logo ficaram sem recursos. A maioria dos bancos vêm impondo um limite de 100 euros para saques.