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domingo, 16 de março de 2014

HUMORISTA RENATO ARAGÃO É INTERNADO EM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO.


Comediante deu entrada no Hospital Barra D'Or neste sábado (15).
Ator, que fez mais de 40 filmes, interpreta o personagem 'Didi Mocó'.

Do G1 Rio/CBM

Humorista Renato Aragão interpreta o personagem Didi (Foto: Márcio de Souza/TV Globo)Humorista Renato Aragão interpreta o personagem Didi (Foto: Márcio de Souza/TV Globo)












O humorista Renato Aragão, de 79 anos, deu entrada no hospital Barra D'Or, na Zona Oeste do Rio, depois de se sentir mal na manhã deste sábado (15). Ele teria passado mal após a festa da filha, na noite de sexta (14), com uma crise hipertensiva.
Intérprete do personagem Didi, que completou 50 anos em 2010, o ator foi nomeado embaixador da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Além do trabalho na televisão, Renato Aragão já fez mais de 40 filmes. Parte deles com os amigos do grupo "Os Trapalhões", que deixou de ser produzido em 1995 após 18 anos de existência.

RURALISTA MOSTRA VIGOR AOS 88 ANOS.

CANINDÉ
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Quinca conta que trabalha na agricultura de sequeiro há 75 anos , apesar das secas seguidas e da falta de apoio ao homem do campo
FOTO: ANTÔNIO CARLOS ALVES
Canindé. Anos seguidos de seca, políticas públicas ineficientes para a fixação do homem no campo e a saúde que se debilita à medida que se envelhece. Nada disso esmoreceu o agricultor Joaquim Alves de Sousa, que chega aos 88 anos ainda trabalhando na agricultura e, especialmente, tirando o seu sustento na agricultura de sequeiro.
O exemplo de Joaquim Alves, conhecido no meio rural por Quinca, mostra o quanto a persistência do homem do campo traz resultados positivos para aqueles que carregam a esperança nordestina de dias melhores, mesmo com a idade avançada.
Com a demora na distribuição das sementes do Governo do Estado, ele plantou com sementes próprias 10 quilos de grãos, sendo sete de milho e três de feijão em uma área de dois hectares às margens do Rio Canindé que corta o distrito de Ipu, Monte Alegre. "O plantio não está melhor porque faltaram chuvas nos últimos dias, mas já tirei feijão verde dessa roça", disse.
Rotina
"Todos os dias, minha rotina começa às 5 horas, nos tratos culturais do roçado e só retorno para casa ao meio-dia. Faço isso de segunda a sábado'', diz com orgulho o produtor rural.
Segundo ele, fazem 75 anos que trabalha como agricultor. "Vivo disso e da minha aposentadoria. Fico doente se ficar sem fazer nada no trabalho na agricultura", ressalta

AVENIDA DA UNIVERSIDADE EM FORTALEZA-CE:MANTÉM CASARÕES DO INÍCIO DO SÉCULO XX.

CONSERVAÇÃO
universidade
Há 15 anos Convento do Instituto das Filhas de São José preserva a fachada FOTO: NATINHO RODRIGUES
Estruturas guardam memórias da via que cresceu como principal ligação entre os bairros Benfica e Centro

Em Fortaleza, é comum encontrar vias que mudam de nome, a partir do cruzamento com outras ruas, mesmo que o trajeto não seja alterado. Isso acontece, por exemplo, com a Avenida João Pessoa, que passa a chamar-se Avenida da Universidade, a partir do cruzamento com a Rua Padre Cícero e se transforma em Rua General Sampaio, a partir do cruzamento com a Rua Antônio Pompeu.
Essa avenida é uma das principais ligações entre o bairro Benfica e o Centro de Fortaleza. De acordo com a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), a via tem um fluxo diário de cerca de 27.300 veículos.
Porém, para quem está acostumado com o trânsito intenso da Capital nos dias atuais, fica difícil imaginar que, em outros tempos, o bairro Benfica e a Avenida da Universidade eram refúgio para os que queriam uma vida mais calma, afastada do Centro da cidade de Fortaleza, que crescia.
A Avenida da Universidade, que só passou a ser chamada assim no início dos anos 1960, de acordo com o pesquisador e diretor do Museu da Imagem e do Som, Miguel Ângelo de Azevedo, mais conhecido como Nirez. A outrora chamada Avenida Visconde de Cauhype foi morada de muitas famílias importantes para a economia da capital cearense, no século XX.

100 ANOS DE ESCRITORA QUE DEFINIU FAVELA COMO QUARTO DE DESPEJO.

LITERATURA 

A metáfora é forte e só poderia ser construída em primeira pessoa. Relatos como este foram descobertos no final da década de 1950 nos diários da escritora Carolina Maria de Jesus
“Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.” Ametáfora é forte e só poderia ser construída dessa forma, em primeira pessoa, por alguém que viveu essa condição. Relatos como este foram descobertos no final da década de 1950 nos diários da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo, ela trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo. O centenário de nascimento de uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil é comemorado hoje, 14.
Nascida em Sacramento (MG), Carolina mudou-se para a capital paulista em 1947, momento em que surgiam as primeiras favelas na cidade. Apesar do pouco estudo, tendo cursado apenas as séries iniciais do primário, ela reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o cotidiano da favela, um dos quais deu origem ao livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países.
“É um documento [sobre o] que um sociólogo poderia fazer estudos profundos, interpretar, mas não teria condição de ir ao cerne do problema e ela teve, porque vivia a questão”, avalia Audálio Dantas, jornalista que descobriu a escritora em 1958. O encontro ocorreu quando o jornalista estava na comunidade para fazer uma reportagem sobre a favela do Canindé. “Pode-se dizer que essa foi a primeira [favela] que se aproximou do centro da cidade e isso constituía o fato novo”, relembrou. Ele conta que Carolina vivia procurando alguém para mostrar o seu trabalho.