As figuras de linguagem são os recursos estilísticos atribuídos à linguagem, conferindo-lhes mais expressividade.
As figuras de linguagem são os recursos estilísticos atribuídos à linguagem, de modo a conferir-lhe um caráter mais enfático
Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Rimas, sonoridade, ritmo, nostalgia, beleza, encantamento... indescritíveis seriam as características das quais utilizaríamos para definir a poesia. Ela, por sua vez, permite-nos enlevar diante dos efeitos de sentido que o artista (no caso, o poeta) consegue provocar, tendo em vista as intenções a que ele mesmo se propõe. Assim, esses efeitos de sentido mantêm uma estreita ligação com a possibilidade que nos é concedida, enquanto leitores, de atribuirmos distintas interpretações à linguagem – aspecto esse que somente prevalece em virtude do caráter subjetivo da modalidade em questão (a poesia).
Dessa forma, cabe-nos compreender que, dependendo da finalidade discursiva atribuída a um dado discurso, o emissor pode se utilizar de distintos recursos, de modo a dizer algo de outra forma, de uma forma mais atraente, mais criativa. É exatamente nesse aspecto que subsidiam os assuntos abordados pela seção que a partir de agora você passará a estabelecer familiaridade. Ela, por excelência, tratará das chamadas figuras de linguagem, que nada mais são que os recursos estilísticos dos quais o emissor faz uso para atingir seus reais objetivos, seja para entreter, emocionar ou até mesmo para persuadir.