Animal saiu de coma e faz terapia para estimular musculatura.
Casos de animais feridos são frequentes na região de Ribeirão Preto, SP.
“Ela veio num quadro de coma e não reagia. Isso fez com que não tivéssemos muitas esperanças de reverter o quadro”, contou a veterinária Karin Werther.
O caso da loba Aurora é um dos exemplos dos efeitos da expansão da agricultura e da urbanização na região de Ribeirão Preto (SP). Com as áreas de floresta reduzidas, não é raro encontrar animais silvestres feridos: desde o início do ano, a polícia ambiental recolheu 38 nessa área do estado.Mas desde que começou o tratamento, Aurora já ficou de pé e a veterinária já avalia a possibilidade de devolvê-la à natureza. “Mas aí nós temos outra questão: se esse animal tiver condições de saúde, onde nós vamos soltá-lo?”, questiona. “Não temos mais habitat suficiente.”
“Estes animais normalmente estão em rota migratória, mudando de ambiente, ou estão perdido após fugir de alguma queimada e acabam acuados nas cidades”, disse o policial militar ambiental Emerson Mioransi.
Outros bichos
No Hospital Veterinário de Franca (SP), um tucano se recupera com antibióticos e anti-inflamatórios dos ferimentos causados por uma linha de pipa com cerol.
No Hospital Veterinário de Franca (SP), um tucano se recupera com antibióticos e anti-inflamatórios dos ferimentos causados por uma linha de pipa com cerol.
Em Bebedouro, a vítima do cerol foi um Gavião Carijó. A linha cortou a asa e, na queda, a ave feriu o olho esquerdo e perdeu a visão. A asa foi reconstituída, mas a volta ao habitat natural só será possível se o pássaro se adaptar a enxergar com apenas um olho, como explica o veterinário Newton Fernando Morelli Gestal. “A musculatura já foi recuperada, porém, o olho afetado traz certo desconforto no voo. Ele está inseguro, mas com o passar do tempo, tenho certeza que voltará à natureza”.