Horas após Israel disparar um míssil na entrada de um abrigo da ONU em Gaza e matar ao menos 10 pessoas, o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, declarou que o ataque era "um ato criminoso e moralmente ultrajante".
"Foi uma grave violação das leis internacionais", disse Ban.
Na noite de domingo, Israel anunciou um cessar-fogo humanitário de sete horas, começando na segunda-feira de manhã. A trégua, no entanto, não se aplica à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde fica a escola atacada. O exército israelenses informou ainda que o país pode retomar os ataques durante essas sete horas caso seja atacado.A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, disse que os Estados Unidos estavam chocados por conta do ataque "vergonhoso" deste domingo.
Segundo Mark Regev, porta-voz do governo israelense, o alvo não era a escola, mas três militantes palestinos do grupo Jihad Islâmica que estavam em uma moto próximo ao local no momento o ataque. O grupo, no entanto, não divulgou nada sobre a possível morte de alguns de seus membros.
Para Regev, se os militantes estavam transformando a região da escola em zonas de guerra, então eles deveriam ser responsabilizados pelas mortes.
Três soldados israelenses foram mortos em Rafah em uma emboscada nesta semana. Autoridades israelenses confirmaram no sábado a morte de um deles, Hadar Goldin, que estava desaparecido até então. O governo israelense acreditava que Goldin estava nas mãos do Hamas – o que levou ao fim de um cessar-fogo temporário na sexta-feira.
Durante a madrugada deste domingo, forças israelenses lançaram 13 ataques aéreos contra o território palestino. Dois foguetes palestinos também foram disparados contra Israel.