SEM POLICIAMENTO, LOCAL VIROU CENÁRIO
IDEAL PARA GUERRA ENTRE GANGUEIROS RIVAIS
Armados
de, acredite, baladeiras, correntes e gargalos de garrafas, duas
gangues, a do Ginásio e do Jardim das Oliveiras, "animaram" o monótono
encerramento de férias em Camocim. As duas gangues, que o comando da PM
se recusa denominar dessa forma, como se elas não fossem uma realidade
na cidade, promoveram um "arrastão" na famosa e bela beira-mar de
Camocim por volta das 22:45h do sábado (28). Sem um único policial
presente ao local, que costuma ficar lotado nos finais de semana, a
vagabundagem começou o quebra-quebra, com direito a tiros de baladeira,
usando como munição pedras e "bilas", desde o início do Restaurante Onda
do Mar, passando pelos Restaurantes "O Euclides" e Timoneiro,
finalizando na "arena romana" em forma de Tenda Eletrônica, que estava
montada como atração do final de férias, em uma realização da Prefeitura
Municipal. "Quando vi os clientes invadindo o restaurante, achei que fosse uma chuva grossa caindo", disse ao blog, o funcionário de um dos estabelecimentos.
De
certa forma houve chuva sim, mas de pedras e bilas atiradas a esmo,
oriundas de um "magode" de drogados e vagabundos que vivem à margem da
lei, sob o manto da impunidade e omissão das autoridades pagas através
de impostos altíssimos que vão pra conta de quem trabalha e cumpre seus
compromisso junto ao governo. "Minha filha saiu correndo, apavorada com aquela cena, só vista por ela em filmes",
falou um indignado Vereador Jarbas Ferreira, que na sessão da próxima
quarta-feira, disse que vai cobrar ações por parte das autoridades,
saber se a polícia havia recebido um ofício para garantir a segurança no
local e também enviar um "pedido de socorro", do povo de Camocim, ao
Secretário de Segurança do Estado. A guerra entre as gangues se estendeu
até o mercado público, um verdadeiro bordel a céu aberto, local onde
comerciantes de bem dividem espaço com viciados, traficantes e todo a
escória possível e imaginável. O local, que recebe um serviço "porco"
apelidado de reforma, desde 2009, também abriga gangues.
Ainda
ontem, em conversa sobre o assunto, soubemos que o policiamento era
pouco porque havia poucos homens. Aqui repito o que falei quando escutei
isso: pois que se diga isso ao Prefeito, ressaltando que, por conta
disso, a PM não tem como cumprir o exigido. E mais: se o Prefeito sabe
que policiais estão de folga, então que peça para os mesmos entrarem de
serviço, garantindo suas diárias. O que não pode é a população ficar à
mercê de uma barbaridade dessa, como se ainda vivesse na idade da pedra,
e da pedra de baladeira.
Ainda
como desculpa, alegam que um policial não pode dá um "cascudo" em um
gangueiro que imediatamente abrem um processo contra esse mesmo
policial. É aí onde entra o Ministério Público e Justiça, pois sabendo
da gravidade das gangues, deveriam propor uma parceria com as polícias,
para "limpar" Camocim dessa praga desgraçada. Enfim, no meu entender e
certamente de grande parte da população, falta ousadia, vontade de
resolver. Enquanto isso, o povo agora já não sabe para onde ir, em uma
cidade que tem pouco a oferecer nesse sentido. O jeito vai ser ficar
vendo o Faustão. Piada do dia: só falta agora convocarem mais uma
audiência pública sobre o assunto, daquelas que geralmente vão do nada a
lugar nenhum. Violência não se resolve com discursos, mas sim com
ações.fonte camocim online:postado por camocim belo mar blog