A vítima ficou com medo porque o assaltante estava muito calado e decidiu colocar uma música
Um mulher de 31 anos resolveu cantar durante sequestro relâmpago do qual foi vítima para tentar acalmar o bandido. A abordagem ocorreu no dia 19 de abril, no Lago Norte, no Distrito Federal, enquanto ela saía de um centro comercial. Segundo a mulher, um jovem de 21 anos a abordou com uma faca, anunciou o assalto e entrou no veículo.
A mulher dirigiu por cerca de uma hora e, em um momento muito silêncio, ficou com medo do que o bandido estivesse pensando e sugeriu colocar uma música para tranquilizar o criminoso.
— Ele estava muito calado e eu perguntei se ele queria ouvir alguma música. Ele perguntou o que tinha, eu disse que tinha sertanejo. Eu perguntei para ele se ele se importava se eu cantasse porque ele já estava há muito tempo calado. Eu comecei a cantar e ele falou que gostava da música. Eu falei: "você gosta da música, mas não está cantando. Aí, ele começou a cantar também. A música escolhida foi Mozão, de Lucas Lucco.
Ainda segundo a vítima, o jovem estava aparentemente drogado e alternava momentos de calma e irritação.
— Às vezes ele falava "você não merece isso não" e tinha hora que ele falava "você não vai se apavorar senão eu vou te matar e vão morrer eu e você. Eu comecei a ficar muito preocupada e pensei "eu preciso criar algum vínculo para que ele confie em mim a ponto de achar que eu não ia fazer nada contra ele".
A mulher de 31 anos conduziu o carro em direção ao Paranoá, no Distrito Federal. Durante o percurso, o criminoso pediu para que ela parasse o veículo para ele assumir a direção. Neste momento, a vítima abriu a porta do lado do motorista, saiu correndo em direção a um posto de gasolina e pediu ajuda a policiais militares que passavam pelo local.
O criminioso foi preso duas horas depois do crime, no Paranoá, enquanto carregava um galão de gasolina para abastecer o carro.
Após susto, a mulher, que é mãe de uma criança de quatro anos, disse que passou a ficar mais atenta ao entrar e sair do veículo. Ela acredita que poderia ter evitado o assalto.
— [Percebi que] em um descuido, um vacilo, tudo pode acontecer em fração de segundos. [O sequestro] foi muito rápido, mas eu acho que foi descuido meu sim. Dei mole.