Jovem de 22 anos teve mãos e pés decepados após briga com homem.
Caso ocorreu no dia 2 de agosto, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
Dez dias depois de ter sofrido agressões brutais do marido, Gisele Santos, de 22 anos, relembra os momentos de terror vividos dentro de casa, em São Leopoldo, no Vale do Sinos do Rio Grande do Sul. Ela chegou a ligar para a mãe para se despedir, achando que morreria em instantes. Teve as mãos, o pé esquerdo e parte do direito decepados. Hoje, amigos e familiares fazem uma campanha para arrecadar fundos para comprar próteses, além de pedir doações de fraldas e lenços umedecidos para a recuperação da jovem.
O caso ocorreu em 2 de agosto, um domingo. Ela lembra que os dois tiveram uma discussão pela manhã, o que viria a causar a tragédia horas depois. Os dois haviam se mudado para uma casa no bairro Vicentina há dois meses. A relação durava quase sete anos, sempre acompanhada por brigas. Decidida a se separar, ela anunciou para o companheiro:
“Ou você sai de casa, ou saio eu”, sentenciou. “Aí, ele começou a chorar e pedir perdão”.
Sem aceitar, Élton Jones Luz de Freitas, 25 anos, trancou a porta e colocou a chave dentro do bolso. Gisele lembra que, quando tentou ligar para a mãe pela primeira vez para pedir socorro, também teve o celular arrancado das mãos pelo marido. Ela tentou afastá-lo com um chute. Foi quando o homem pegou um facão em cima do armário para agredí-la.
O primeiro golpe foi na cabeça. Incrédula, ela viu que estava sangrando. Em seguida, vieram as demais agressões.
“Eu gritava que perdoava ele, para ser se ele parava. Mas ele continuou. Logo em seguida, tentei me fingir de morta. Só que ele me deu uma facada na barriga e eu gritei. Aí ele disse: ‘está viva ainda, desgraçada’. Eu só gritava que Deus perdoasse ele pelo que estava fazendo”, conta ela. “Aí, ele botou uma jaqueta e saiu, me dizendo: ‘Estou indo dar um beijo na minha mãe, que eu sei que vou ser preso. E você está morta”.
Gisele ficou sozinha, gritando por socorro. Até que uma vizinha teve coragem para entrar no quarto. Naquela hora, achava que iria morrer em poucos instantes.