— São João Câncio
João nasceu em Kety, na diocese de Cracóvia, Polônia, em 1390; estudou na Cracóvia e foi ordenado sacerdote. Durante muitos anos foi professor da Universidade de Cracóvia; depois foi pároco de Ilkus. À fé que ensinava uniu grandes virtudes, sobretudo a piedade e a caridade para com o próximo, tornando-se um modelo insigne para seus colegas e discípulos.
Enquanto nas regiões vizinhas pululavam as heresias e os cismas, o bem-aventurado João ensinava na Universidade de Cracóvia a doutrina haurida da mais pura fonte, e explicava ao povo com muito empenho, em seus sermões, o caminho da santidade, confirmando a pregação com o exemplo da sua humildade, castidade, misericórdia, penitência e todas as outras virtudes próprias de um santo sacerdote e de um zeloso ministro do Senhor. Ao longo do dia, uma vez cumprido o seu dever de ensinar, dirigia-se diretamente à igreja, onde durante muito tempo se entregava à oração e à contemplação diante de Cristo na Eucaristia.
Tanto nas pequenas como nas grandes adversidades, João teve sempre em mente algo de bem superior ao prestígio, à carreira e ao bem-estar materiais: "Mais para o alto!"repetia sempre. Em todas as circunstâncias, só tinha Deus no seu coração, só tinha Deus na sua boca.
Morreu em Cracóvia, com a idade de oitenta e três anos, no ano de 1473.
São João Câncio, rogai por nós!
23.12.2012
4º Domingo do Advento — ANO C
(ROXO, CREIO, PREFÁCIO DO ADVENTO IIA – IV SEMANA DO SALTÉRIO)__ "A chegada do novo exige mudanças" __
NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
(Valorizar os símbolos do Advento: coroa, velas, manjedoura vazia...)
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Quase todos os dias encontramos mulheres grávidas. Reparamos, pelo menos naquelas que são nossas conhecidas, o quanto a chegada de uma criança modifica a vida. O corpo se transforma, têm expectativas em relação ao neném, arrumam roupinhas, exigem mais cuidados. O corpo sagrado da mulher é como um tesouro que silencioso guarda uma vida! A chegada do novo exige mudanças. O tempo do Advento que hoje estamos encerrando foi tempo de preparar nossa vida para acolher o novo. Mudamos alguma coisa por causa da criança que vai chegar? Neste sentido, a liturgia de hoje nos convida a refletir sobre o verdadeiro significado do Natal e sobre a importância de valorizar o Natal com o mesmo sentimento que transbordava do coração de Maria, no encontro com sua prima Isabel.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: O último Domingo do Advento coroa a preparação para a celebração do Natal. Por isso na coroa do Advento se acende a última vela, simbolizando a chama que aqueceu nossos corações em preparação à celebração do nascimento de Jesus. Voltados para a encarnação do Verbo e ansiosos por celebrar seu nascimento, façamos desta Eucaristia um verdadeiro culto de ação de graças.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Cristo quis nascer em Belém por dois motivos. Primeiro, porque "é da descendência de Davi segundo a carne", como se diz na Carta aos Romanos (1, 3). É a Davi que foi feita uma promessa especial a respeito de Cristo, segundo o livro dos Reis: "Oráculo do homem posto no alto, do Messias do Deus de Jacó" (23, 1). Por isso quis nascer em Belém, onde nascera também Davi, para que, pelo mesmo lugar do nascimento, aparecesse a realização da promessa que lhe tinha sido feita. É o que mostra o evangelista ao dizer: "Porque era da casa e da família de Davi". E, em segundo lugar porque, como diz Gregório: "Belém quer dizer 'casa do pão'. E o próprio Cristo afirma: 'Eu sou o pão vivo, que desceu do céu'".
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
4ª SEMANA DO ADVENTO — ANO LITÚRGICO "C"
Antífona da entrada: Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo; abra-se a terra, e brote o Salvador! (Is 45,8)
Oração do dia
Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Cristo é sempre o centro da liturgia eclesial, na qual celebramos seu mistério ao longo do ano. Mas este cristocentrismo vai adquirindo tonalidades e cores diferentes segundo os tempos e momentos litúrgicos. Próximo já o nascimento de Jesus, a figura de sua Mãe Maria adquire um acento relevante neste quarto domingo do Advento.
Primeira Leitura (Miqueias 5,1-4)
Leitura da profecia de Miquéias.
5 1 Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo passado.
2 Por isso, (Deus) os deixará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel.
3 Ele se levantará para (os) apascentar, com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. Os seus viverão em segurança, porque ele será exaltado até os confins da terra.
4 E assim será a paz. Quando o assírio invadir nossa terra e pisar nossos terrenos, resistir-lhe-emos com sete pastores e oito príncipes do povo".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 79/80
Iluminai a vossa face sobre nós,
convertei-nos para que sejamos salvo!
Ó pastor de Israel, prestai ouvidos.
Vós que sobre os querubins vos assentais,
aparecei cheio de glória e esplendor!
Despertai vosso poder, ó nosso Deus,
e vinde logo nos trazer a salvação!
Voltai-vos para nós, Deus do universo!
Olhai dos altos céus e observai.
visitai a vossa vinha e protegei-a!
Foi a vossa mão direita que a plantou;
protegei-a, e ao rebento que firmastes!
Pousai a mão por sobre o vosso protegido,
o filho do homem que escolhestes para vós!
E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!
Dai-nos vida, e louvaremos o vosso nome!
Segunda Leitura (Hebreus 10,5-10)
Leitura da carta aos Hebreus.
10 5 Eis por que, ao entrar no mundo, Cristo diz: "Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo.
6 Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam.
7 Então eu disse: 'Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade'.
8 Disse primeiro: 'Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado'" (quer dizer, as imolações legais).
9 Em seguida, ajuntou: "Eis que venho para fazer a tua vontade". Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia.
10 Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis a serva do Senhor; cumpra-se em mim a tua palavra! (Lc 1,38).
EVANGELHO (Lucas 1,39-45)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
1 39 Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.
40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
41 Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 E exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
43 Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
44 Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
45 Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!"
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que o mesmo Espírito Santo que trouxe a vida ao seio de Maria santifique estas oferendas colocadas sobre o vosso altar. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: A virgem conceberá e dará à luz um filho; e ele será chamado "Deus-conosco" (Is 7,14).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, tendo nós recebido o penhor da eterna redenção, fazei que, ao aproximar-se a festa as salvação, nos preparemos com maior empenho para celebrar dignamente o mistério do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
BÊNÇÃO FINAL E REENVIO DOS CRISTÃOS
Logo após os avisos e comunicações, quem preside concede a benção final aos participantes da celebração. Em tempos mais significativos do Ano Litúrgico ou da vida da comunidade, convém enriquecer esse momento com bênçãos solenes e orações sobre o povo, conforme se prevê no Missal Romano. A missa celebrada chega, assim, ao seu final. Mas, na verdade, ela não acaba nunca. Permanece, de fato, a obrigação de pôr em prática, na vida de cada um, aquilo que o Espírito do Senhor, naquela concreta Eucaristia, sugeriu e inspirou.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Natal: Noite: Is 9,1-6; Sl 95; Tt 2,11-14; Lc 2,1-14
Aurora: Is 62,11-12; Sl 96; Tt 3,4-7; Lc 2,15-20
Dia: Is 52,7-10; Sl 97(98);Hb 1,1-6; Jo 1,1-18
4ª Sb At 6,8-10;7,54-59; Sl 30 (31); Mt 10,17-22
5ª 1Jo 1,1-4; Sl 96 (97); Jo 20,2-8
6ª 1Jo 1,5-2,2; Sl 123 (124); Mt 2,13-18
Sb 1Jo 2,3-11; Sl 95 (96); Lc 2,22-35
Domingo. SAGRADA FAMÍLIA Eclo 3,3-7.14-17a ; Sl 127 (128),1-2.3.4-5 (R/. cf. 1); Cl 3,12-21; Lc 2,41-52
ou à escolha: 1Sm 1,20-22.24-28; Sl 83(84),2-3.5-6.9-10 (R/. cf. 5a); 1Jo 3,1-2.21-24; Lc 2,41-52
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Na Esperança dos Pobres, Deus mesmo está presente
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Há algo que passa quase despercebido nessa liturgia, a primeira leitura faz uma referência á pequenina Belém, de onde surgirá o Messias, na profecia de Miquéias. O texto não exalta o grande Rei Davi com sua força e seu grande poder durante o seu reinado, mas foca em primeiro lugar aquilo que ele era em Belém, antes de ser ungido: um simples Pastor, o versículo 3 confirma isso quando afirma que “Ele não recuará, apascentará com a Força do Senhor...em um segundo momento diz também...com a majestade de do nome do Senhor.Mas a ação primeira mencionada pelo Profeta é o verbo apascentar...
Era essa a verdadeira função de um Rei, apascentar seu povo, conduzi-lo, dar-lhe toda segurança, guiá-lo por caminhos e situações seguras, e defendê-lo diante dos perigos. No último parágrafo da primeira leitura, o profeta fala que ele, o Messias, estenderá o seu poder até os confins da terra e ele mesmo será a Paz.Aqui a palavra Poder, não é aquele que manda e domina (desses o nosso povo já está por aqui), mas sim a possibilidade de fazer o bem ao seu povo.
É nessa mesma linha de Davi que virá o Messias, o Rei Davi andou exagerando ao ocupar o trono, andou metendo os pés pelas mãos, esquecendo-se da função primeira de um Rei, que era a de proteger e defender o seu povo, igual nossos governantes de hoje...
Isabel olha para Maria, e iluminada pelo Espírito Santo percebe nela a presença desse Rei Messias, que como Davi tinha origem humilde em Belém, alguém de origem Divina, que iria atender todos os anseios de Vida e Liberdade do seu povo.Está agora explicado por que João Batista deu uma pirueta no ventre de Isabel, ali estava o Resgatador, o Redentor, o Libertador, o Deus dos pobres e pequenos, presente na Esperança e na Fé de Maria Santíssima. A Saudação inicial de Maria é uma bela oração e se resume no desejo a Isabel do “Shalon da Paz”.
Na celebração, quando saudamos os irmãos e irmãs, não se trata de um mero cumprimento aos mais amigos e conhecidos, mas de uma invocação, para que o Cristo da Paz esteja habitando o mais profundo do outro, e quando isso de fato ocorre, a saudação nos alegra e ajuda a aumentar o sonho e a esperança do Reino que Jesus semeou... Lembrando sempre que o lugar preferido de Deus, manifestado em Jesus, é no coração e na vida dos mais simples e pobres, como Davi, Pastor de Belém, e como Maria, aquela que se fez Serva de Deus e do seu povo...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
2. Narrativas da infância de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
As primeiras comunidades de discípulos de Jesus guardavam vivas as memórias tanto do próprio Jesus como de João Batista, pelo qual Jesus foi batizado, transmitidas por aqueles que com eles conviveram ao longo de seus ministérios. Estas memórias, coletadas pelos evangelistas, deram origem às narrativas relativas a este ministério. Mateus e Lucas, de maneira exclusiva, incluem em seus evangelhos as "narrativas de infância" de Jesus. Nestas "narrativas de infância" parece predominar, sobre o seu aspecto histórico, a interpretação teológica sobre a pessoa de Jesus. Este caráter teológico se evidencia nas diferentes abordagens dos dois evangelistas, Mateus e Lucas. Enquanto Mateus centraliza sua narrativa na pessoa de José e na sua genealogia abraâmica, Lucas coloca em foco a pessoa de Maria e articula o nascimento de Jesus com o Templo de Jerusalém. Lucas também tem como característica pessoal apresentar o paralelismo entre João Batista e Jesus desde as narrativas da concepção de João Batista no ventre de Isabel e a de Jesus no ventre de Maria.
Jesus, tendo começado seu ministério como discípulo de João Batista, passou, depois, a agir com autonomia e, com seu anúncio revestido da autoridade divina, sobrepujou a figura de João. Contudo, muitos discípulos de João Batista, após sua morte, ficaram à parte do movimento de Jesus, fiéis à figura de João. Assim, tardiamente, as memórias dos dois, feitas pelas comunidades cristãs, foram marcadas pela insistente afirmação da precedência de Jesus sobre João, e os evangelistas, quando tratam do relacionando entre João Batista e Jesus, o fazem em uma perspectiva teológica no sentido de afirmar a subordinação de João a Jesus. Assim, pretendiam atrair para o movimento de Jesus os remanescentes discípulos de João Batista. Neste sentido temos, por exemplo, a declaração atribuída a João afirmando sua submissão a Jesus: "Depois de mim, vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandálias" (Mc 1,7; Lc 3,16; cf. Mt 3,11).
Na narrativa da visitação de Maria a Isabel, esta precedência de Jesus se manifesta na afirmação de que o menino João pulou de alegria no ventre de Isabel, quando a saudação de Maria, portando Jesus, chegou aos ouvidos de Isabel. Em seguida, Isabel afirma: "Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?", e conclui exaltando Maria como sendo bem-aventurada em sua fé.
Maria, em sua maternidade, é bem-aventurada por ter acreditado em tudo o que foi dito da parte do Senhor, e que será realizado. Ao consentimento de Maria, "faça-se em mim segundo a tua palavra", seguir-se-á, depois, o "eis que eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade", como palavras de Jesus, com o título de Cristo, conforme a carta aos Hebreus (segunda leitura). Jesus faz a vontade do Pai, não como um sacrifício, mas, sim, pelo convívio amoroso e misericordioso que comunica a santidade e a vida divina a todos. A antiga religião baseada em vítimas e oferendas, holocaustos e sacrifícios pelo pecado, não é do agrado de Deus.
O evangelho de Lucas, acompanhando o evangelho de Mateus, narrará o nascimento do menino Jesus em Belém de Judá, como sendo o cumprimento da profecia de Miqueias (primeira leitura). Por aquela que aceita conceber o Filho de Deus, nascerá aquele que traz a paz.
Oração
Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.
3. EIS A SERVA DO SENHOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Maria ocupou um lugar de destaque no advento da salvação, aceitando acolher a proposta de Deus de assumir a maternidade do Messias Jesus. A escolha de Maria não se explica, no plano humano. Era uma jovem, já prometida em casamento a um descendente da casa de Davi. Não pertencia a nenhuma família nobre e rica, e habitava numa cidade escondida e mal-afamada. Não passava por sua mente ligar-se, de algum modo, ao Messias. Humanamente falando, ela não possuía os requisitos necessários para ser mãe do Salvador.
O diálogo de Maria com o anjo revelou a imagem que ela fazia de si mesma, bem como o que Deus pensava a respeito dela. Da parte de Deus, era considerada repleta de graça, amada por ele, bendita entre todas as mulheres. Em outras palavras, possuidora dos requisitos necessários para ser colaboradora de seu plano de salvação. Este requeria alguém totalmente disponível para Deus, despojado de si mesmo e dos próprios interesses, e disposto a assumir uma missão superior a tudo que se possa imaginar.
Maria, por sua vez, tinha consciência de suas limitações. Não podia imaginar que Deus a tivesse em tão alta conta. Não conseguia conciliar a concepção do Messias com o fato de não ter conhecido homem algum. Estava longe de compreender o que significa conceber por obra do Espírito Santo. Contudo, como se sabia serva, não receou aceitar cegamente o projeto de Deus.
Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe modelar pelo exemplo de Maria, a serva humilde que se fez capaz de assumir, com total disponibilidade, o projeto de Deus.fonte:NPD Brasil/camocim belo mar blog