Subsolo do Cais é ‘campo minado’, diz secretário estadual do Ambiente, Carlos Min
Do Metro RJ
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O armazém 30, do Cais do Porto, corre sérios riscos de sofrer novas explosões. A afirmação é do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, após mais uma vistoria realizada ontem, por técnicos da pasta e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Na segunda-feira, a explosão de um bueiro de águas pluviais deixou um morto e dois feridos. “O local tem quase 100% de explosividade”, segundo Minc.
Na boca da rede pluvial, as medições mostraram 100% de risco de explosão nos dois bueiros. Hoje (ontem), as avaliações mostraram entre 91 e 100% de risco. Para se ter uma idéia, acima de 20% a chance de explosão já é alta. Ou seja, ainda há risco eminente de explosão”, explicou Minc.
Por conta dos riscos, parte do armazém 30 foi interditada. Essa foi a quarta vistoria desde o acidente, que aconteceu quando três funcionários faziam a soldagem de uma placa de aço próximo à uma galeria de água. Segundo as investigações, a explosão ocorreu por causa de gases emitidos por óleo combustível que estava acumulado na galeria.
O problema, agora, é descobrir de onde veio o óleo. A empresa responsável pelo acidente ainda não foi identificada. Por enquanto, há suspeitos: Chevron, Ipiranga, Tecmar e Manguinhos. Ontem, o Inea notificou as quatro pelo vazamento.
A desconfiança maior, no entanto, recai sobre a Manguinhos, porque ela tem um duto que passa exatamente entre os dois bueiros que explodiram.
“No domingo a empresa operou até as 20h. Eles têm que esperar o navio sair para deixar a água entrar no duto e levar o óleo restante de volta para a empresa, que faz a decantação, separa o óleo da água. A Tecmar foi notificada por precaução, mas ela fica em uma área mais afastada”, disse Minc.
A responsabilidade da empresa Triunfo Logística, que opera na área do acidente, já foi afastada porque ela não utiliza óleo.
Os técnicos continuam vistoriando a área para saber de onde veio o óleo. Um trabalho de contenção está sendo feito do armazém 24 a 30 do Cais do Porto com ecobarreiras, caminhões coletores e ventilação nos dutos para limpeza de todas as galerias que foram contaminadas pelo óleo.
Plantas defasadas
O secretário reclamou da falta de plantas atualizadas das redes subterrâneas do Porto. A Docas foi notificada para entregar o mapeamento, mas este estava defasado. Também entregaram as plantas a Rio-Águas e a concessionária Porto Novo. Esta tinha o material mais atualizado.
“A rede subterrânea aqui é um enigma, um labirinto. Estamos fazendo um jogo de gato e rato, para conseguir um tipo de informação que teríamos que ter previamente. Em português, isso aqui é um campo minado”, reclamou Minc.fonte notíciasdaband.com.br:postado por camocim belo mar blog
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