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sábado, 2 de fevereiro de 2013

LEITOR FAZ MOCHILÃO PELO HIMALAIA E INDICA 'VIAGEM DE AUTOCONHECIMENTO'.


Catarinense percorreu via encrustada na rocha; 'aventura de verdade'.

Mande também a sua sugestão de lugar que merece ser mais visitado.


Cordilheira do Himalaia vista do Lago Karakul, na China (Foto: João Vicente Soprana/VC no G1)Cordilheira do Himalaia vista do Lago Karakul, na China (Foto: João Vicente Soprana/VC no G1)
Entre agosto e setembro de 2011, o leitor João Vicente Soprana viajou pela Ásia por 55 dias – 25 deles passados exclusivamente no Paquistão, onde percorreu do Norte do país, próximo à China, até a capital Islamabad. Durante o mochilão, Soprana também visitou a Cordilheira do Himalaia, mais alta cadeia montanhosa do mundo, uma experiência que ele caracteriza e indica como uma "viagem de autoconhecimento".
Soprana se diz apaixonado por montanhas, e aproveitou uma viagem da irmã e do cunhado para fazer o "trecho mais inusitado possível". "Eu e meu irmão encontramos com eles no Quirguistão e fomos descendo até Nova Délhi, na Índia". Apesar da paisagem ter sido determinante para a escolha do destino, ele acredita que a convivência com os povos locais tenha sido o grande destaque do mochilão."Você se sente vivo, sabe? A própria natureza te dá um chute na cara e te faz valorizar muito o que você tem em casa", relata. Enquanto viajava, Soprana cruzou a Karakoran Highway, uma das vias mais perigosas do mundo. "Muitos trechos dela são no meio do Himalaia. É uma estradinha encrustada na rocha: para baixo são 500 metros de queda e, para cima, 1,5 km de montanha. Existem algumas partes em que é preciso esperar para passar por causa do vento. É uma aventura de verdade".

Leitor fotografou cabra perto da cidade de Skardu, no Paquistão, a 4.500 metros de altitude (Foto: João Vicente Soprana/VC no G1)Leitor fotografou cabra perto da cidade de Skardu,
no Paquistão, a 4.500 metros de altitude
(Foto: João Vicente Soprana/VC no G1)
"[No Paquistão], a gente visitou várias vilas de quase 70 etnias. A pessoa mora em um lugar que não tem luz e fala a língua da etnia deles, o paquistanês [urdu, língua oficial] e inglês. Você acha que o cara é um coitado no meio do nada, mas ele fala três, quatro idiomas", conta. "A gente tem a opinião formada pelo que vê na TV. Nós dormimos dentro de uma cabana com uma família típica, comemos a comida deles, conversamos. Então meu maior ganho foi aprender a cultura e ver que isso que sabemos não é exatamente o que acontece".
Participe você também. Mande uma foto e diga por que o seu destino não tão visitado é especial para merecer uma viagem. Para enviar a sua colaboração, use a ferramenta do VC no G1. Você também pode indicar um passeio ou local menos óbvio de cidades campeãs da preferência, como Paris, Nova York e Buenos Aires - ou seja, "recomendo visitar a torre Eiffel" não vai entrar na nossa seleção das melhores sugestões.
Veja outras dicas dos leitores do G1:
'É inexplicável a sensação de ver aqueles paredões imensos', diz mochileira de cânions na trilha do Rio do Boi, em SC (Foto: Ana Carolina Montoaneli/VC no G1)'É inexplicável a sensação de ver aqueles paredões imensos', diz mochileira de cânions na trilha do Rio do Boi, em SC (Foto: Ana Carolina Montoaneli/VC no G1)
Ana Carolina Montoaneli conheceu a região dos cânions na Serra Gaúcha em junho de 2012 e, apesar de ter se apaixonado pelo que viu, ficou um pouco frustrada por não ter conseguido visitar a trilha do Rio do Boi, em Santa Catarina. Era inverno, e o caminho exige a travessia do rio com o nível da água pela barriga, algo impraticável com temperaturas a -10ºC. Porém, em janeiro de 2013, ela voltou e realizou seu sonho.
"É uma experiência que não tem dinheiro que pague", conta. "É inexplicável a sensação de olhar para cima e ver aqueles paredões imensos. Quando você está lá embaixo, se sente muito pequeno e percebe como ainda tem tanta coisa para conhecer".
Ao contrário de outras caminhadas da região, o passeio pelo Rio do Boi é feito no nível da água – daí o seu grande atrativo. "Você vai subindo o rio e as paredes dos cânions vão se fechando. As vistas me fascinam", diz Carolina.
Para ela, a caminhada exige muita concentração do turista, visto que 70% da trilha é feita sobre as pedras e dentro do rio. "Você não está acostumado, exige muito equilíbrio. É preciso aprender a andar de novo, não dá para bater papo. O pessoal costuma falar que lá é uma trilha mais intimista".
E é por tudo isso que Carolina sugere uma visita ao Rio do Boi. "Eu não tenho ideia se existe um outro lugar aqui no Brasil como esse. Ano que vem eu volto com certeza", comenta.

A cidade de Sharm el-Sheikh fica próxima a Cairo e é conhecida por seu ambiente familiar (Foto: Aline Raibolt)A cidade de Sharm el-Sheikh fica próxima a Cairo e
é conhecida por seu ambiente familiar
(Foto: Aline Raibolt/VC no G1)
A leitora Aline Raibolt conheceu a cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, em novembro de 2012, e indica a visita para quem quiser mergulhar no Mar Vermelho. “Lá é um dos melhores lugares do mundo [para o mergulho]. A água não é fria, tem temperatura de 25°C. Dá para ver os peixes, o fundo do mar. É tudo muito lindo”, relata.
Para Aline, a cidade também é indicada para aqueles que não querem ou tem receio de ficar muitos dias no Cairo por conta da violência nos últimos anos. “Todo mundo fala que o Egito é perigoso. Mas lá [Sharm el-Sheikh] é tudo muito seguro porque eles só têm o turismo para ganhar dinheiro, e estão dispostos a dar segurança aos turistas”, afirma. “Passamos uma semana lá e um dia no Cairo. Saímos bem cedo do hotel, visitamos tudo – as pirâmides, o Museu Nacional – e voltamos no mesmo dia”.
Além da proximidade com a capital egípcia – 1 hora de avião, segundo Aline – Sharm el-Sheikh tem muitos resorts e um ambiente bastante familiar. “Você pode fazer um passeio de camelo e visitar o povo que vive no deserto. Tem dança do ventre, demonstrações da cultura egípcia. Recomendo para quem quiser conhecer um país diferente e com muita história”, diz.

Cachoeira de Urucá fica no município de Uiramutã, em RR (Foto: Lierce Lira/VC no G1)Cachoeira de Urucá fica no município de Uiramutã,
em RR (Foto: Lierce Lira/VC no G1)
A servidora pública Lierce Lira foi à cachoeira de Urucá, no município de Uiramutã, em Roraima, a 300 km da capital Boa Vista, e recomenda o passeio. "Fiquei tão encantada. Outras pessoas foram depois de eu ter compartilhado as fotos no Facebook e também acharam maravilhoso", relata.
Por conta da pouca exploração do turismo na região, o acesso a Uiramutã é feito por uma estrada de terra que, no inverno, só pode ser percorrida por um carro tracionado. "A gente fez umas 10 horas de viagem porque o carro atolou. Tinha pontos em que os índios tocaram fogo e foi preciso dar a volta pelo rio", diz.
No entanto, o esforço valeu a pena para Lierce, e a vista da cachoeira é muito bonita. "Eu também achei bacana por ser no extremo Norte. De um lado você vê a bandeira da Venezuela, do outro a da Guiana".fonte:g1/camocim belo mar blog

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