Até as 10h, seis mortos foram retirados dos escombros.
Bombeiros ainda procuravam por vítimas.
Pelo menos seis pessoas morreram no desabamento de um prédio ocorrido na manhã desta terça-feira (27) na região de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. A informação foi confirmada às 11h pelo Corpo de Bombeiros. O desabamento total do prédio de dois pavimentos ocorreu por volta das 8h30, na Avenida Mateo Bei, próximo à Avenida Maria Cursi. A estimativa é que cerca de 35 pessoas estavam obra de construção de uma loja da rede Torra Torra no momento do acidente - a maioria delas operários. Segundo a Subprefeitura de São Mateus, antes do início da obra, um posto de gasolina funcionava no local.
Até as 11h, pelo menos 21 pessoas haviam sido socorridas - a maior parte delas com ferimentos de intensidade leve e moderada. Uma das vítimas, em estado grave, foi levada para o Hospital das Clínicas. No horário, os bombeiros ainda procuravam por outras vítimas sob os escombros - esse número pode chegar a dez. Uma vítima soterrada mantinha contato com os bombeiros por celular no horário. Ela relatava dor - as pernas ficaram presas nos escombros.
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Em nota, o Magazine Torra Torra informou que o imóvel não era de propriedade da rede. Segundo a empresa, havia um contrato de locação do prédio e a rede só assumiria o imóvel finalizadas as obras estruturais pelo proprietário - o nome dele não foi informado.
"O Magazine Torra Torra não tem nenhuma responsabilidade sobre a parte de engenharia civil. No momento, uma empresa de engenharia contratada pelo Magazine Torra Torra realizava uma avaliação sobre as condições de uso do prédio. Caso esse laudo técnico fosse positivo, atestando a segurança estrutural, a rede então faria o acabamento para abrigar mais uma unidade. Ressalte-se que o Torra Torra somente entraria com a loja no local, com esse aval técnico. Este é um cuidado que o Magazine Torra Torra toma em todas as lojas da rede, devidamente avaliadas quanto à segurança estrutural, de acordo com engenheiros, para receber nossos empreendimentos", informa o texto.
Casas e pelo menos três carros que estavam nas ruas em volta do prédio foram atingidos pelo concreto que cedeu. No horário, 23 carros dos bombeiros, 69 homens, dois helicópteros e dois cães de salvamento trabalhavam no resgate das vítimas.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Avenida Mateo Bei estava interditada em ambos os sentidos na altura do número 2.221, desde as 9h15. A CET recomenda aos motoristas que evitem trafegar pela região.
De acordo com Palumbo, a obra começou há três meses - a laje tem cerca de 400 metros quadrados. "Há indícios de que alguma coisa não andou bem”, disse Palumbo em entrevista à GloboNews. Segundo ele, houve um “colapso estrutural de uma laje”, abalando a estrutura do prédio.
"Agora é um trabalho demorado, de muita cautela, porque, para fazer a retirada das vítimas que estão debaixo dos escombros, a gente precisa de muita técnica e muita paciência", explicou o capitão. Ele considera o trabalho "bem crítico".
mapa
Os bombeiros orientam os familiares de operários da obra que se dirijam ao centro de operação montado no local para obter informações oficiais sobre as vítimas resgatadas no acidente.
A obra deverá passar por perícia da Polícia Técnico-Científica para apurar as causas do desabamento. Segundo o major Anderson Lima, dos bombeiros, nenhuma das vítimas resgatadas relatou ter ouvido uma explosão ou cheiro de gás natural. Elas afirmam que houve um colapso estrutural.
Por volta das 10h, a Defesa Civil já havia iniciado o isolamento da área no entorno do desabamento paraa avaliação de danos causados a imóveis vizinhos. Quatro famílias tiveram de deixar suas casas para o trabalho de vistoria dos agentes.
Equipes da Congás, da Eletropaulo e da Sabesp davam suporte a toda a operação no local do acidente.
Ônibus e desvios
Na área interditada circulam 22 linhas de ônibus e duas de trólebus, segundo a São Paulo Transporte (SPTrans). Os coletivos realizam desvios por vias próximas para atender os usuários. O trajeto realizado pelo trólebus, que não podem ser desviados, era feito por ônibus convencionais por volta das 9h30.
Na área interditada circulam 22 linhas de ônibus e duas de trólebus, segundo a São Paulo Transporte (SPTrans). Os coletivos realizam desvios por vias próximas para atender os usuários. O trajeto realizado pelo trólebus, que não podem ser desviados, era feito por ônibus convencionais por volta das 9h30.
Os veículos que trafegam pela Avenida Mateo Bei, sentido Centro, são desviados pela Avenida Maria Corisa, Rua Ângelo de Candia e Rua Paulínio Corsi. No sentido bairro, o desvio é feito pela Rua Paulínio Corsi, Rua João Gouveia Francisco, Avenida Maria Corsi, regressando à Avenida Mateo Bei
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